8º ANO

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Aula dia 03-08 – Geografia/Prof. Paulo 

DICAS PARA ESTUDAR EM CASA E MANTER A ORGANIZAÇÃO

 

1 - Prepare o ambiente para estudar

A escolha do seu cantinho de estudos é muito importante! Encontre um lugar de sua casa em que a chance de distrações seja a menor possível. Um ambiente iluminado e silencioso é o ideal para se concentrar nos estudos. Pode ser em seu quarto, na área, sala, mas de preferência a um local que os moradores da casa não circulem com frequência para não tirar a sua concentração. 

2-  Não fique de pijama
Se você deseja manter o ritmo dos estudos, nada de ficar de pijama o dia todo!

Estar de pijama é garantia de que vai dar vontade de se encostar na cama e tirar um cochilo no meio da manhã/tarde. E o que era para ser apenas um rápido descanso de 20 minutos, pode virar duas ou três horas de sono. E a preguiça depois? Com certeza você vai acordar se perguntando: por que eu fiz isso? 

Levante, tome café e troque roupa. O seu dia será mais produtivo assim!

 3- Estabeleça horários fixos

Vamos pensar na sua vida como estudante: durante o ano letivo, sua escola não começa as aulas na segunda-feira, ela segue horários fixos para o início e para o fim das atividades, além de pausas preestabelecidas para o descanso dos alunos.

É bem provável que você ache essa rotina um tédio, mas os educadores sabem que o seu corpo precisa de hábitos para ter um funcionamento adequado e apresentar um bom rendimento.

Para estudar em casa, você também precisa manter essa disciplina. Crie horários fixos durante a semana para começar — e terminar — os seus estudos. Se em um determinado dia, você precisar mudar os seus horários para realizar outras atividades, volte à rotina normal no dia seguinte. Esses hábitos te ajudarão a disciplinar o seu corpo e a sua mente sem sacrifícios.

 4- Desenvolva um cronograma de estudos

Por mais que a nossa casa não seja uma instituição de ensino, ter um cronograma de estudos, com rotina definida e uma boa organização daquilo que precisará ser estudado ao longo das semanas, é crucial para que você não procrastine os seus estudos quando estiver em casa.

Você pode dividir as matérias a serem estudadas de acordo com o horário de aulas preestabelecidos assim, fica mais fácil criar metas de leitura, realizar exercícios e se preparar com qualidade sem deixar tudo para a última hora, já que estudar requer concentração e disposição do aluno.

 5- Entenda o que funciona para você

É importante que você preste atenção em si mesmo e em como você se sente enquanto estuda em casa para entender o que funciona para você. Porque a disciplina de estudar em casa é algo pessoal, e cabe a cada um descobrir, além dessas orientações gerais, qual é a maneira mais adequada para ela criar sua disciplina de estudos. Para cada pessoa existe um jeito, estudar em casa exige mais autoconhecimento para entender o que funciona melhor para você, o que funciona para uma pessoa é justamente o oposto do que funciona para a outra.

 6-Tenha paciência/ Peça ajuda

A experiência de aulas não presenciais, na forma como está sendo imposta ao cenário brasileiro devido à crise do Covid-19, exigirá de paciência dos alunos com os imprevistos. Você precisará se adaptar e nem sempre é fácil para quem passou a vida inteira frequentando o ensino presencial, se você sentir dificuldade com a nova metodologia, sentir que não está entendendo ou não está conseguindo utilizar os recursos adequadamente, peça ajuda ao seu professor, coordenador.  Muitas escolas estão fazendo o possível para garantir ferramentas, mas sem ao menos terem tempo hábil de testá-las ou capacitar as pessoas para seu uso. Sem falar que muitas vezes a tecnologia nos deixa na mão, então seja resiliente nesta hora.   

 7- Separe o material necessário

Deixe ao seu alcance somente o essencial para o estudo como lápis, borracha, canetas, marcadores, blocos de anotações, caderno e livros. Ter o material próximo evita a necessidade de para a todo momento as atividades para buscar algo e diminui a possibilidade de distrações.

 8- Assista vídeo aulas / Use a internet a seu favor

Assista vídeo aulas para complementar o conteúdo o conteúdo estudado e ter uma variedade de explicações variadas para encontrar a linguagem que você entenda com nitidez. Mas sabemos que a realidade de muitos estudantes é diferente e nem todos têm suporte on-line para o período sem aulas presenciais, se for seu caso use os livros impressos e tenha foco. 

A internet é a principal aliada do estudante que está em casa. O conteúdo on-line permite ao aluno procurar diferentes fontes de informação e complementar o que há nos livros didáticos de sua escola. 

Tenha cuidado com as distrações na WEB

Não há dúvidas a internet é um importante aliado na sua rotina de estudos. Graças a ela, você tem acesso a qualquer informação à distância de um clique, não precisa mais carregar dezenas de livros da biblioteca para casa e pode até assistir aulas no YouTube.

O problema é usar a internet como uma desculpa para perder horas atualizando as suas redes sociais ou em sites que não estão ligados ao que é relevante para os seus estudos naquele momento.

Sobretudo o estudante que está em casa e pela qual tem a flexibilidade na realização de atividades e tarefas, pode haver uma série de deslizes, já que tende a procrastinar enquanto navega por outros sites ou quando desperdiça horas nas redes sociais, deixando as responsabilidades em 2º plano.

O ideal é que, antes de começar a estudar em casa, você separe uma lista do que precisa consultar para os estudos.

Dessa forma, procure organizar um cronograma de estudos e segui-lo com seriedade, reservando as horas certas do seu dia para se dedicar aos seus estudos e evitar perdas em sua aprendizagem.

Se não for usar desligue o smartphone e a TV e só utilize o computador para pesquisas extremamente necessárias. Durante as horas em que precisa se concentrar não se esqueça de avisar à sua família que aquele é o seu horário de estudos e que você não deve ser incomodado.

 9- Estabeleça metas a serem cumpridas

Esse hábito ajuda a manter a organização e serve como motivação. Quando você completa suas metas, se sente movido a seguir estudando mais e mais.

O importante é que essas metas sejam realistas à sua rotina e às suas limitações. Não adianta tentar estudar 12 horas por dia se você não consegue se manter concentrado nem por 2 horas.

E, se perceber que o seu plano não está apresentando rendimentos, mude-o. Observe quais são as suas principais dificuldades e tente adaptá-lo de uma forma que você consiga superá-las e cumprir os seus objetivos de forma realmente produtiva.

 10- Mantenha-se motivado e desenvolva a autonomia

Para cumprir as metas estabelecidas, manter-se motivado é crucial para que, ao longo dos dias, você não desista daquilo que estabeleceu cumprir.

Não adianta chegar do trabalho ou da escola depois de um dia cansativo e partir diretamente para os livros. Mesmo que você se dedique por horas e horas ao estudo, dificilmente conseguirá absorver aquele conteúdo se não estiver motivado.

Antes de começar, tome um banho, coma algo leve e se dedique inteiramente ao que estiver fazendo.

E o mais importante: não deixe de estudar. Até mesmo nos dias em que a sua motivação não ajudar, se dedique a fazer uma revisão de determinado conteúdo ou à leitura de textos mais leves. Motivação não é apenas um estado de espírito, e sim um hábito.

Outro fator de destaque e a autonomia que é uma característica muito importante a ser desenvolvida por quem decide estudar em casa.

Ela ajuda a manter o estudante esforçado, curioso e em constante aperfeiçoamento, seja por meio da busca exaustiva pelo conhecimento ou pela interação professores e colegas que estejam inseridos em seu processo de aprendizagem. 

Dessa forma, habitue-se a tirar as suas dúvidas, busque realizar com excelência as atividades às quais se propuser e vá além do conhecimento oferecido pelos materiais que tiver em mãos, aprofundando sempre mais os seus estudos em prol do seu objetivo.

Afinal, o que definirá o sucesso do estudante é o seu grau de comprometimento com a sua formação.

Sucesso a todos!

 

 


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Aula dia 02-06 – Geografia/Prof. Paulo

AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA

A América  Anglo--Saxônica  é  constituída  por Estados  Unidos  e  Canadá,  países colonizados,  principalmente,  por povos de origem anglo-saxônica, no caso, os ingleses. Esses países apresentam grande desenvolvimento econômico e social.
Também ocupam lugar de destaque no cenário mundial, em especial os Estados Unidos,  que  desempenham  papel  relevante  nas questões  políticas  e  econômicas  e exercem importante infuência cultural em quase todo o planeta.

Canadá
Território e distribuição da população

Observe o mapa, depois responda às questões em seu caderno.
Com 9 984 670 km², o Canadá é o segundo país do mundo em extensão territorial e o maior do continente americano. O espaço canadense é dividido em dez províncias e três territórios.
Em grande parte do território canadense há ocorrência dos climas polar e frio, com invernos longos e rigorosos, marcados por baixas temperaturas e queda de neve. As maiores concentrações populacionais estão ao sul do território e ao longo da fronteira com os Estados Unidos,onde há o predomínio do clima temperado, que apresenta invernos mais curtos e temperaturas mais amenas do que o clima polar.
Em  2018,  o  país  contava  com  uma  população  estimada  de 37 milhões de habitantes, sendo considerado um país pouco populoso.O imenso território e a pequena população fazem com que a densidade demográfica seja bastante baixa, de cerca de 4 hab./km². Dessa forma, além de pouco populoso, o país é também pouco povoado.

Um país, dois idiomas oficiais
O Canadá tem dois idiomas ofi ciais: o inglês, falado pela maioria da população, e o francês, falado principalmente na província de Quebec. Uma pequena parcela da população fala os dois idiomas.
Algumas  vezes  ocorreram  reivindicações  por  independência  da província de Quebec, que abriga a maioria dos descendentes de franceses e tem a língua francesa como único idioma oficial. Em 1980 e 1995 foram realizados plebiscitos para decidir pela independência de Quebec ou sua permanência como parte do território canadense. A separação foi rejeitada pela maioria da população da província nos dois momentos.
Nos últimos anos, o movimento separatista de Quebec perdeu força, pois a província passou a ter maior autonomia política e econômica em relação ao Governo Federal, e foram eleitos governantes contrários à separação.
Outra questão territorial importante envolve os inuítes (povo nativo do Canadá), que reivindicam a posse de terras localizadas no extremo norte do país, ricas em recursos minerais, como prata, cobre, chumbo e zinco, e que são concedidas a grandes mineradoras para exploração.
Em 1999, na tentativa de minimizar o conflito, o governo canadense transferiu aos inuítes para parte dos territórios do Noroeste, constituindo o Território de Nunavut, que passou a ser administrado pelos nativos.

Aspectos populacionais
O Canadá é um país com elevado desenvolvimento socioeconômico. Considerando dados do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado em 2018, o país ocupava a 12ª posição no ranking mundial, com índice de 0,926. A mortalidade infantil é baixa, praticamente não há analfabetos entre a população adulta, e a expectativa de vida é alta. Observe alguns dados canadenses comparados com os brasileiros

A população canadense é formada por elevado número de idosos. O envelhecimento populacional está associado à alta expectativa de vida e às baixas taxas de natalidade. Para cada mil canadenses, ocorrem 11 nascimentos, o que corresponde a aproximadamente 403 mil bebês por ano. Já no Brasil, ocorrem 14 nascimentos a cada mil habitantes, o que corresponde a aproximadamente 2,9 milhões de bebês por ano.
Como acontece em outros países de elevado desenvolvimento humano, o envelhecimento da população tem trazido alguns desafi os ao governo canadense, como tentar resolver o problema de escassez de mão de obra e lidar com o aumento signifi cativo do número de aposentados.
Para garantir os investimentos nas áreas de previdência social e saúde, necessários à população idosa, entre outra medidas, o governo aumentou impostos ao longo do tempo

Políticas migratórias
Para atender às necessidades de mão de obra do país, o governo canadense criou vários programas de imigração. A análise do candidato é feita com base no nível de escolaridade, no domínio das línguas oficiais e nas experiências de trabalho, entre outros aspectos.
Conheça características de alguns programas de imigração no país
 
Aspectos econômicos

A economia canadense, uma das dez maiores do mundo, é caracterizada por agricultura e pecuária modernas, exploração dos recursos naturais e industrialização baseada em grandes empresas. Além disso, o país apresenta disponibilidade de recursos minerais e energéticos e uma densa rede de transportes. Observe o mapa

Agricultura e pecuária
Com condições climáticas rigorosas em grande parte do território, apenas 7% das terras do Canadá são ocupadas por áreas agrícolas ou pastagens. Apesar disso, o país é um dos maiores produtores agrícolas do mundo em decorrência do elevado grau de mecanização e das tecnologias utilizadas no processo produtivo. Os principais produtos cultivados são trigo, aveia, soja, cevada e centeio.

Exploração de madeira
Uma grande quantidade de madeira é extraída das extensas áreas de Taiga que cobrem cerca de 42% do território canadense. Além de ser exportada, é utilizada para a fabricação de celulose (matéria-prima usada na fabricação do papel) e papel-jornal, atividade em que o Canadá se destaca como um dos maiores produtores mundiais.
A exploração de madeira é realizada com reflorestamento – para toda árvore derrubada, outra deve ser plantada, embora o território não esteja livre de explorações ilegais

Recursos minerais e energéticos
Os recursos minerais são explorados especialmente no Planalto Canadense e nas Montanhas Rochosas. Essas formas de relevo são constituídas por rochas magmáticas cristalinas, geologicamente favoráveis à ocorrência de minerais, como ferro, cobre, níquel, chumbo, prata, entre outros.
Os recursos energéticos são explorados principalmente nas Planícies Centrais, onde há importantes jazidas de combustíveis fósseis: petróleo, gás natural, carvão mineral e xisto betuminoso.
Uma questão ambiental que merece ser destacada é a exploração do xisto, que ocorre principalmente na província de Alberta. O processo de extração envolve o uso de componentes químicos e está sujeito a vazamentos que podem contaminar os solos e as águas com metais pesados e compostos químicos. Além disso, esse processo de extração também emite metano, um dos gases do efeito estufa.
Apesar da abundância de combustíveis fósseis, grande parte da energia produzida no Canadá é hidrelétrica, proveniente do intenso aproveitamento dos rios. O país é um dos maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo

Indústria
As indústrias canadenses concentram-se principalmente nas regiões dos Grandes Lagos e do Vale do Rio São Lourenço, com destaque para as indústrias madeireiras, de papel e celulose,m siderúrgicas, automobilísticas, petroquímicas, de maquinários e equipamentos, aeroespacial, de telecomunicações e química.
A adesão ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foi um dos fatores que permitiu maior integração da economia canadense à estadunidense. Atualmente, os investidores dos Estados Unidos controlam parte significativa das grandes empresas canadenses



 





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Aula dia 26-05 – Geografia/Prof. Paulo

FORMAÇÕES VEGETAIS DA AMÉRICA

As formações vegetais são associações específicas de vegetais que se desenvolvem de acordo com o tipo de clima, relevo e solo do local em que se situam. A influência do clima é a de maior relevância, havendo uma relação entre a formação vegetal e a região climática característica.
De acordo com a estratificação ou o tamanho (ou porte) predominante na paisagem, as formações vegetais podem ser: arbóreas ou florestais, arbustivas, herbáceas ou campestres e complexas (reúnem espécies de porte variado).
As formações vegetais, especialmente as florestas, desempenham funções importantes: na proteção do solo, minimizando os efeitos do escoamento superficial; no equilíbrio ecológico; no abrigo das faunas silvestres, propiciando a preservação de espécies; na manutenção dos ecossistemas e dos recursos hídricos.
Por bioma entende-se o conjunto de vida (vegetal e animal) definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria (IBGE).
O mapa abaixo identifica a distribuição da biodiversidade, isto é, a variabilidade de organismos vivos de todos os tipos, abrangendo a diversidade de espécies e a diversidade entre indivíduos de uma mesma espécie.
             
Nível de biodiversidade no mundo (Foto: Reprodução/IBGE)

Climas do mundo (Foto: Reprodução/SIMIELLI, M. Geoatlas. São Paulo: Ed Ática, 2010)
A confrontação dos mapas sobre biodiversidade e climas identifica e reforça  a relação explícita entre o clima (temperatura e umidade) e a formação vegetal. Desse modo, a maior diversidade de plantas e animais encontra-se na região equatorial do planeta (maiores temperaturas e índices pluviométricos), enquanto ao nos afastarmos em direção aos polos nota-se a menor diversidade de espécies (área de menor temperatura e índice pluviométrico).
Os biomas do mundo
Biomas do mundo (Foto: Reprodução/SIMIELLI, M. Geoatlas. São Paulo: Ed Ática, 2010)

Climas e Vegetação

Clima equatorial – florestas equatoriais

Região climática localizada próxima ao Equador com elevadas temperaturas e grande umidade ao longo do ano. Favorecem o desenvolvimento de uma vegetação densa, com árvores de mais de 60 metros de altura. As matas equatoriais abrigam a maior biodiversidade do mundo.
 Entre as florestas mais importantes estão: a  da Amazônia (América do Sul); a do Congo (África); e a da Indonésia e Malásia (Ásia).

 Clima tropical – savanas e florestas tropicais

Nas regiões de clima tropical predominam as elevadas temperaturas e a alternância entre estações secas (inverno) e úmidas (verão). A cobertura vegetal caracteriza-se por duas formações: as savanas e as florestas tropicais. Também aparecem, nas áreas alagadas, pântanos e, junto ao litoral, mangues.
As savanas são formações arbustivas que apresentam raízes profundas, folhas grossas e troncos retorcidos. No Brasil, as savanas correspondem ao Cerrado.

As florestas tropicais são encontradas próximas ao litoral e possuem algumas características das florestas equatoriais: são densas, ombrófilas (presença de umidade praticamente o ano inteiro), heterogêneas, com espécies latifoliadas, estratificadas, com grande biodiversidade. A floresta tropical original do Brasil, denominada Mata Atlântica, recobria trechos das regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Esse tipo de vegetação também é encontrado na África e no Sul e Sudeste asiáticos (clima de monções).


Clima temperado – florestas temperadas e estepes ou pradarias.

O clima temperado abrange parte do hemisfério Norte (América do Norte, Europa e centro da Ásia). No Hemisfério Sul, sua ocorrência é restrita (extremo sul da América do Sul). Caracteriza-se por quatro estações bem demarcadas, percebida nos diversos aspectos da vegetação ao longo do ano. As árvores das florestas temperadas perdem todas as folhas ou parte delas no outono/inverno (decíduas ou caducifólias).
As formações herbáceas também são típicas dessa região climática e recebem o nome de estepes ou pradarias. São muito presentes nos papas argentinos. No Brasil, esse tipo de vegetação é denominado Campos (Rio Grande do Sul). Os pampas ou campos gaúchos apresentam clima subtropical, de transição entre o tropical e o temperado.


Clima mediterrâneo – vegetação mediterrânea
O clima mediterrâneo está restrito a pequenos trechos, normalmente próximo a desertos como na Califórnia (EUA); no Chile; nos norte e sul da África; e no sul da Europa. É caracterizado por verões quentes e secos e por invernos brandos e úmidos. A vegetação predominante é arbustiva, como as oliveiras.
Clima frio – floresta boreal

O clima frio manifesta-se em altas latitudes e abrangendo áreas canadenses, o norte da Europa e a Sibéria (Rússia). As maiores precipitações ocorrem no verão. As temperaturas médias no inverno são inferiores a 0°, inclusive em outros períodos do ano. Nesse clima, desenvolve-se a floresta boreal, cuja vegetação é de grande porte, espaçada e relativamente homogênea, destacando-se o pinheiro.
Os exemplos dessa floresta são a taiga siberiana, a canadense e a escandinava.        

Clima polar – tundra

Nos extremos norte e sul da Terra, o clima é polar. São registradas as mais baixas temperaturas do planeta e a maior parte do solo coberto de gelo permanente, sem vegetação. Durante o verão, o degelo deixa o solo exposto e nele aparece a tundra, cobertura vegetal de pequeno porte.

Clima de montanha – vegetação de altitude

Em altas latitudes, o solo permanece coberto por neve durante boa parte do ano, até mesmo em locais situados em baixas altitudes. Em regiões de baixas latitudes (clima tropical e subtropical), as áreas montanhosas apresentam diferentes formações vegetais: no sopé da montanha, a vegetação é a mesma da região do entorno; já nos locais com mais de 4 mil metros de altitude, a neve recobre o solo durante todo o ano (neves eternas).

Clima desértico – xerófilas

O clima desértico caracteriza-se pela aridez (escassez de água), com baixas precipitações, havendo pouca ou nenhuma vegetação. Em áreas desertas formam-se vários tipos de vegetais: plantas rasteiras (estepes); arbustos espinhosos, quase sem folhas; e cactos. Essas espécies, em conjunto, recebem o nome de xerófilas.
Os principais desertos localizam-se no oeste dos EUA, no norte e sul da África, no Oriente Médio, na Ásia central e no oeste da Austrália.



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Aula dia 19-05 – Geografia/Prof. Paulo


TIPOS DE CLIMA DO CONTINENTE AMERICANO

Na América, os fatores que exercem influencia no clima interagem em diferentes combinações, constituindo diferentes tipos climáticos que se espalham por todo o continente americano. Veja os principais climas do continente americano.

Clima polar
No extremo norte da América, onde o clima polar é dominante, as temperaturas médias anuais são negativas, com a ocorrência de neve praticamente o ano todo. Por essa razão, o solo está sempre coberto de gelo e neve. Durante os meses do verão polar desenvolve-se a tundra, vegetação formada de musgos e liquens.

Clima frio
Ao norte do continente americano, nas altas latitudes, ao sul da região de clima polar, no Canadá, prevalece o clima frio. Nessas áreas os invernos são extensos e as temperaturas estão sempre abaixo de zero grau. Como consequência, durante a maior parte do ano, o solo fica coberto por neve. Os verões proporcionam temperaturas médias próximas dos 10 °C.
Nessas regiões desenvolve-se a taiga, constituída fundamentalmente por coníferas, muito explorada economicamente.

Clima frio de montanha
O clima frio de montanha domina no oeste do continente, onde se localizam as montanhas Rochosas e a cordilheira dos Andes. Nessas áreas as temperaturas médias anuais variam entre 5°C e 15°C.
Em regiões com essas temperaturas prevalece a vegetação de altitude, que apresenta características variáveis, de acordo com a altitude do terreno.

Clima temperado
Áreas de clima temperado proporcionam estações do ano bem definidas, com verões quentes e invernos muito frios. Este tipo de clima ocorre, sobretudo na América do Norte, onde ocupa ampla área. Na América do Sul manifesta-se apenas em pequenas áreas ao sul.
A vegetação predominante dessas áreas é a floresta temperada, com árvores de grande porte e folhagens densas que caem no inverno. Essa vegetação foi praticamente destruída e deu lugar, principalmente, a áreas destinadas à agricultura.
Nas regiões de clima temperado também ocorrem as pradarias, constituídas basicamente por gramíneas e alguns arbustos. No Brasil, as pradarias são chamadas de campos e ocorrem especialmente no Rio Grande do Sul. No Rio Grande do Sul e na Argentina, os campos também são conhecidos como pampas.

Clima subtropical
O clima subtropical ocorre em áreas de passagem entre as zonas temperadas e as zonas tropicais. Os invernos são agradáveis e os verões são quentes, apresentam temperatura média de 18 °C. As chuvas bem distribuídas durante o ano todo. Ocorre no sul do Brasil e no sudeste dos Estados Unidos.
As regiões no Brasil onde esse tipo climático ocorre apresentam vegetação de matas de araucária ou matas dos pinhais.

Clima tropical
Nas áreas onde o clima tropical predomina a temperatura média anual comumente é superior a 200 °C, com ocorrência, normalmente, de chuvas concentradas no verão e invernos secos.
Esse tipo de climático é influenciado pelas massas de ar úmido oriundas do oceano. A umidade permite o aumento das florestas tropicais, como no Brasil e em áreas da América Central. No interior da América do Sul, onde a umidade é menor encontramos as savanas, um tipo de vegetação que vem sendo destruída e suprimida pela agricultura comercial.

Clima equatorial
O tipo climático equatorial, típico de áreas próximas à linha do Equador, apresenta temperaturas elevadas e altos índices de chuvas bem distribuídas o ano todo.
Nessas regiões predomina a floresta equatorial, ou floresta Amazônica, que se diferencia pela diversidade de animais e vegetais.
Clima semiárido
O tipo climático semiárido apresenta altas temperaturas elevadas, normalmente superiores a 25 °C, com chuvas insuficientes e mal distribuídas.
Na região Nordeste do Brasil, o clima semiárido favoreceu o desenvolvimento da Caatinga, tipo de vegetação de estepe que apresenta árvores de pequeno porte, com troncos retorcidos e espinhosos, e cactos, que armazenam água no seu caule.
Na América do Norte há uma ampla área de clima semiárido no centro-oeste dos Estados Unidos. Igualmente na porção centro-sul da América do Sul, na Argentina, encontramos uma grande área desse tipo climático, com regiões recobertas por estepes.

Clima árido ou desértico
Esse tipo climático tem como principais características a escassez de chuvas, as temperaturas elevadas durante o dia e muito baixas à noite. Este clima aparece em áreas dos Estados Unidos, México e Chile.
A vegetação dessas regiões é insignificante, às vezes constituída por plantas espinhosas e de raízes profundas; em outras vezes é inexistente.

Clima da América do Norte

América do Norte possui territórios entre a Linha do Equador e o Círculo Polar Ártico. Sua grande extensão e relevo acidentado geram diferentes formações climáticas. A posição latitudinal (no sentido sul-norte) e o relevo, principais agentes formadores de clima, exercem influência na incidência de radiação solar e temperatura, respectivamente. Outros fatores importantes para a formação dos climas são a proximidade de grandes massas de água e de correntes marítimas, que influenciam áreas mais próximas aos oceanos.
 Os climas da América do Norte dividem-seem: polartemperadosubtropicaltropical e desértico.
Na extremidade boreal do subcontinente, onde há territórios situados para além do Círculo Polar Ártico, predomina o clima polar. Com invernos longos e rigorosos intercalados por verões curtos e brandos, o clima polar possui temperaturas médias de -30°C, podendo chegar a 4°C no verão. Devido às baixíssimas temperaturas, o índice de evaporação é insignificante, causando poucas chuvas. A principal precipitação é a neve, que atinge até 150 milímetros por ano.
O clima subpolar ocupa as porções centrais e ao sul do Canadá, salvo as áreas próximas aos oceanos, e apresenta duas estações: um inverno frio (mínimas de -15°C) e seco e verões brandos (máximas de 5°C), com alguma precipitação chuvosa – mas, ainda assim, considerado seco.
O clima temperado na América do Norte é dividido em quatro subgrupos. O temperado continental ocupa a parte sul do Canadá, parte do Alasca e centro norte dos Estados Unidos, exceto áreas próximas aos oceanos e áreas montanhosas. Apresenta verões quentes (máximas de 20°C) e úmidos, invernos frios (mínimas de -5°C) e secos, sendo outono e primavera estações de transição.
O clima temperado marítimo é encontrado no oeste dos EUA, mais próximo aos oceanos. Esse clima sofre uma influência mais direta da regulação térmica dos mares, tendo uma amplitude térmica menor, com verões frescos (máximas de 15°C) e invernos frios (mínimas de 5°C). Possui as quatro estações bem definidas e uma elevada média pluviométrica distribuída por todo o ano.
clima mediterrâneo é encontrado no oeste dos EUA e possui as quatro estações bem definidas, com invernos amenos (mínimas de 10°C) e verões quentes (máximas de 25°C). As chuvas se concentram no outono e inverno, enquanto o verão e a primavera são secos.
O clima de altitude é observado no alto das Montanhas Rochosas, EUA, e na Sierra Madre, porção central do México, apresentando pouca variação térmica entre verão e inverno, sendo frio durante todo ano com temperatura média de 0°C e chuvas bem distribuídas.
No sudeste dos EUA o clima possui as características típicas de subtropical úmido. Esse clima, na América do Norte, é conhecido por ter verões quentes (máximas de 27°C) e invernos brandos (mínimas de 4°C). A umidade é presente o ano todo, apesar de o verão ser mais úmido que o inverno, não só pela posição latitudinal, mas também pela influência da corrente marítima quente do golfo do México.
A fronteira entre México e Estados Unidos é dominada pelo clima árido, onde encontramos climas desérticos e semiáridos. Os desertos norte americanos podem ser divididos em duas classificações: tropical quente e de latitudes médias. O tropical quente se caracteriza por altas temperaturas, chegando a 50°C, e raras precipitações, que ocorrem normalmente no período do inverno. O deserto de latitudes médias demonstra temperatura média anual mais baixa (14°C) e baixo índice pluviométrico. O semiárido norte americano possui invernos brandos (mínimas de 10°C) e verões quentes (máximas de 27°C), com pluviometria entre 100 e 300 milímetros anuais. No sul do México e sul da Flórida (EUA) encontramos o clima tropical que tem média anual elevada (30°C) e alto índice pluviométrico.

Clima da América Central

O clima é a junção de duas características de um determinado lugar, são elas a temperatura média e a precipitação média, além de suas variações durante o ano. Essas características se formam por diversos fatores como a latitude, relevo, maritimidade/continentalidadecorrentes marítimas e pressão atmosférica. A latitude é a localização em relação à linha do Equador, que divide o mundo em norte e sul, e determina a quantidade de energia solar que chega ao solo. O relevo influencia a temperatura – pois a cada mil metros a temperatura cai em média 6,4°C – e como barreira para a umidade, impedindo que a umidade se disperse de uma determinada área ou mesmo que alcance alguma região. A maritimidade e continentalidade dizem respeito à proximidade ou não de algum grande corpo de água e determina a amplitude térmica, pois a água perde e ganha calor de forma mais lenta que a terra, além de fornecer umidade para a formação de precipitação. As correntes marítimas quentes formam climas mais úmidos e quentes, devido à maior quantidade de evaporação, as correntes marítimas frias formam climas mais secos e frios, por diminuírem o ritmo de evaporação. As zonas de alta pressão evitam que ventos úmidos entrem na sua zona de influência, tornando assim o clima mais seco.
América Central se divide em duas partes, uma continental (ístmica) e outra insular, e se localiza inteiramente entre o trópico de Câncer ao norte e a linha do Equador ao sul, ou seja, numa área tropical. Devido à localização e pequena área, não há grande variação de formações climáticas na América Central. A pouca variação que existe, deve-se às altas montanhas que cortam a parte continental no sentido sul-norte. Acima de 2.800m estão localizadas as “tierras heladas” (terras geladas), com temperatura média anual abaixo de 12°C e uma umidade relativa alta para grandes altitudes, entre 500mm e 2.000mm anuais. Temperaturas entre 12°C e 18°C e um alto índice de precipitação, entre 1.000mm e 4.000mm, são encontrados entre 1.800m e 2.800m. Essa faixa é conhecida como “tierras frías” (terras frias). As “tierras templadas” (terras temperadas) compreendem uma faixa entre 800m e 1.800m de altitude, com temperaturas que variam entre 18°C e 24°C e precipitação que em torno de 1.000mm a 4.000mm anuais, podendo chegar a 8.000mm em algumas áreas.
Os climas tropicais são encontrados nas terras com menos de 800m de altitude, que são conhecidas como “tierras calientes” (terras quentes) e abrangem tanto a parte continental, como a insular. No litoral ocidental da porção continental, norte do Haiti e Antilhas menores (conjunto de pequenas ilhas na porção oriental do mar do Caribe), encontramos o clima de floresta tropical pluvial, com temperaturas elevadas durante todo o ano, médias acima de 24°C, e alto índice pluviométrico dividido entre os 12 meses do ano, de 1.000mm a 4.000mm, podendo ultrapassar esse número em algumas localidades. O clima de savana tropical é encontrado na República Dominicana, Jamaica, Cuba, e oeste da parte continental centro-americana, com temperaturas altas durante todo ano. O que difere esse clima é a concentração de precipitação em seis meses ou menos, criando duas estações quentes, uma seca e outra úmida. O motivo pelo qual a região oeste ístmica apresenta essa formação climática é a corrente marítima fria da Califórnia, que torna o ar mais frio e impede que a umidade chegue ao continente.

Clima da América do Sul

América do Sul possui terras atravessadas por duas linhas latitudinais importantes: a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio. A latitude determina a quantidade de insolação e o ângulo de incidência dos raios solares na terra. Porém, outros fatores também influenciam o clima da América do Sul. A altitude do relevo altera a temperatura, fazendo-a cair em média 6,4°C a cada mil metros acima do nível do mar, além de servir de barreira à umidade de planícies próximas. A maritimidade e continentalidade representam a proximidade ou não de grandes massas de água, influenciando a umidade relativa do ar e amplitude térmica. Por fim, as correntes marítimas podem barrar ou facilitar a entrada de umidade no continente.
A Península de Paraguaná, norte da Venezuela, abriga uma formação incomum para o Caribe, o deserto de Médanos de Coro. O clima é típico de deserto, com temperaturas médias entre 26°C e 30°C e uma precipitação que varia entre 200mm e 500mm anualmente. A porção central e norte do litoral chileno e o litoral do Peru são áreas dominadas pelo clima desértico subtropical e tropical, com precipitação anual menor que 150mm e temperaturas entre 27°C e 13°C. Nessa formação climática encontramos o deserto do Atacama, na fronteira entre Chile e Peru, que é o deserto mais seco do mundo (com apenas cinco dias de chuva por ano). Os desertos chilenos e peruanos são formados pela corrente marítima fria de Humboldt, que impedem a umidade de alcançar o continente, e pela cordilheira dos Andes, que não permitem a chegada da umidade vinda do Pacífico e do Atlântico. A Patagônia argentina possui dois enclaves desérticos de latitudes médias, com precipitação menor que 300mm ao ano e temperatura média menor do que os desertos quentes (cerca de 14°C).
As periferias dos desertos argentinos e venezuelanos, além área central do nordeste brasileiro, são dominadas pelo clima de estepes (semiárido) tropical e subtropical (Brasil e Venezuela) e de latitudes médias (Argentina). As estepes subtropicais e tropicais caracterizam-se por uma baixa precipitação, menor que 600mm ao ano, concentrada em três ou quatro meses. Já a temperatura mantém-se alta durante todo o ano, com média anual de 25°C. O clima no semiárido da Patagônia varia de acordo com a localização. Ao norte encontramos outonos e primaveras brandos e verões e invernos rigorosos. Ao sul o clima é mais severo, com temperatura branda a fria durante o ano todo. Em ambas as regiões a precipitação média não passa de 800mm.
O clima de floresta tropical pluvial (equatorial) é encontrado no norte do Brasil e Bolívia, no litoral central do Brasil, no leste e centro da Colômbia e Peru, nas Guianas e Suriname, e também no sul do Venezuela. É caracterizado pela intensa precipitação, distribuída durante todo o ano, e pelas altas e constantes temperaturas, com média de 27°C durante o ano. O clima de savana tropical ocupa grande parte da Venezuela, da porção central do Brasil e Bolívia e norte do Paraguai, possuindo duas estações: um verão úmido e quente, e um inverno seco e quente, com médias de 27°C e 22°C, respectivamente.
O sul do Brasil, sul e oeste do Paraguai e norte da Argentina são regiões dominadas pelo clima subtropical úmido de verões quentes, apresentando quatro estações bem demarcadas, precipitação bem distribuída e temperaturas variáveis (conforme a estação). Há um enclave na parte central do sudeste brasileiro de clima marítimo da costa oeste, que se distingue pelos verões e invernos brandos. Encontramos no alto dos Andes o clima de montanha, com a temperatura abaixo de 0°C durante o ano todo e pouca umidade, com a precipitação em forma de neve.






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Aula dia 12-05 – Geografia/Prof. Paulo


RELEVO DA AMÉRICA
Aspectos Físicos do Continente Americano
Os aspectos físicos do continente americano são bastante variados, tendo como característica principal as elevadas altitudes em sua porção ocidental.
O Continente Americano é formado por duas grandes massas continentais, uma localizada ao norte e que engloba a América do Norte, Central e o Caribe, e outra localizada ao sul, onde se encontra a América do Sul. Juntas, essas faixas de terra se estendem em uma área superior a 42 milhões de km², tornando-se o segundo maior continente do planeta, ocupando 8% da área terrestre e 28,5% das terras emersas.
Na porção oeste do continente, tanto ao norte como ao sul, observamos a presença de grandes cadeias montanhosas. No continente sul-americano, elas formam a Cordilheira dos Andes, que se formou em função do atrito da Placa Tectônica de Nazca e a Placa Sul-americana. Na continente norte-americano, elas formam acidentes geográficos como as Montanhas Rochosas e os Montes Apalaches, oriundos do choque entre a Placa Norte-americana e a Placa de Juan de Fuca.
A seguir, temos um mapa topográfico, indicando as variações de altitude no continente americano.


As variações do relevo das Américas

Em linhas gerais, o relevo das Américas é proveniente de uma formação geológica antiga, apresentando um número maior de bacias sedimentares e um caráter mais acidentado ao longo da maior parte de suas áreas. Apesar disso, existem ainda alguns escudos cristalinos na porção leste e central da América do Sul, na região da Guiana Francesa, no Norte da América do Norte e na Groelândia. Cadeias orogenéticas recentes podem ser visualizadas na Cordilheira dos Andes e em toda a costa oeste do continente.
A formação de elevadas altitudes no litoral próximo ao Oceano Pacífico dificulta a chegada de umidade advinda desse Oceano para o continente, produzindo alguns desertos e regiões áridas, a exemplo do que ocorre no México e nos Estados Unidos. Na América do Sul, no entanto, essa dinâmica não se aplica em função da presença da Floresta Amazônica, que produz uma intensa quantidade de umidade através de sua evapotranspiração, distribuindo ar úmido para todo o cone sul.  
Em razão de as Américas serem um continente de elevada extensão territorial no sentido norte-sul, suas regiões extremas apresentam baixas temperaturas, influenciadas pelas massas de ar polares. No entanto, massas de ar quente oriundas do interior das massas continentais elevam as temperaturas em regiões como a costa leste da América do Sul, do Norte e Central, além de reduzir a umidade do ar em alguns períodos do ano nas regiões centrais dessas três regiões. Assim, podemos perceber que o continente americano apresenta praticamente todos os tipos de clima existentes no planeta Terra.
O continente é também rico em termos de bacias hidrográficas. Dentre as inúmeras grandes bacias existentes, três delas merecem destaque: a bacia Platina, a do Mississipi-Missouri e a Amazônica, sendo essa última a maior do mundo tanto em extensão quanto em volume de água, propiciando uma riqueza hidrográfica sem igual em todo o mundo.

Relevo da América do Norte
  
América do Norte, de modo geral, é geologicamente antiga, embora possua formações mais recentes. No Canadá, por exemplo, encontram-se rochas de 3,96 bilhões de anos, que estão entre as mais antigas do planeta.
No subcontinente observa-se a presença de planaltos cristalinos e metamórficos, que foram rebaixados pela ação dos agentes do intemperismo, e extensas planícies sedimentares situadas entre os planaltos e as Montanhas Rochosas. As áreas de planaltos antigos ocorrem ao longo da costa atlântica, representada pelo Planalto Laurenciano, no Canadá, e pelos Montes Apalaches, nos Estados Unidos. Essas regiões são ricas em recursos minerais ferrosos, como ferro e manganês.
A formação dos Montes Apalaches ocorreu a cerca de 400 milhões de anos, no período devoniano. Com o tempo, a região foi sendo dividida pelos rios e ações glaciais, originando um grande cinturão de planaltos e montanhas baixas. Assim como o planalto dos Apalaches, o planalto do Labrador também é formado de escudos cristalinos da mesma idade. Esse tempo propiciou desgaste suficiente para formar planícies nas áreas centrais, com muitos lagos originados do degelo dos últimos períodos glaciais.
O aprofundamento da escavação do famoso Grand Canyon foi causado pela água do degelo e, portanto, também tem sua origem na glaciação ocorrida há 10 mil anos. O processo erosivo do Grand Canyon já ocorria desde o período pré-cambriano. Em relação aos processos erosivos que moldam o relevo norte-americano, também se destaca o Rio Colorado, que escavou quase dois mil metros e expôs rochas de mais de 2 bilhões de anos.
Entre o noroeste do Canadá e o estado do Novo México, nos Estados Unidos, estão localizadas as Montanhas Rochosas, onde é possível observar a constituição de cadeias de montanhas paralelas, formando platôs elevados e vales profundos. Esse conjunto de terras mais altas define bem as grandes bacias hidrográficas dos Estados Unidos e do Canadá. As Montanhas Rochosas são uma formação geologicamente recente, formadas pela movimentação das placas tectônicas ao longo da costa do Pacífico, com cumes que chegam a atingir quatro mil metros de altitude. Seu ponto mais elevado é o Monte Elbert, com 4.399m.
Em relação às Montanhas Rochosas, muitos geólogos apontam que somadas às montanhas do Alasca e o conjunto das Sierras Madres mexicanas, elas fazem parte de uma mesma extensão geológica – que poderia ser uma cordilheira contínua ligada aos Andes sul-americanos, não fosse a fenda existente no Panamá que intercala as grandes altitudes. O pico mais elevado da América do Norte é o Monte Denali, com 6.194m.
Mais ao sul, o Planalto Mexicano chama atenção devido à sua dimensão, ocupando um quarto do território do país. Encravado entre as majestosas Sierra Madre Oriental e Sierra Madre Ocidental, o planalto é um prolongamento das grandes planícies ao norte do subcontinente. Situa-se a mais de 1.000m de altitude e avança ao longo de 1.800km, a partir da costa do Rio Bravo, na fronteira com os Estados Unidos.
O relevo do México, predominantemente montanhoso, se caracteriza por ser acidentado e pela presença de muitos vulcões. A Sierra Madre Oriental e a Sierra Madre Ocidental atravessam o território mexicano de norte a sul. A Sierra Madre Ocidental termina em Nayarit, encontrando a Serra Madre do Sul. Na divisa entre elas está o Eixo Neovulcânico, que atravessa o território de leste a oeste, unindo-se à Sierra Madre Oriental na Serra Mixteca, a 3.395 metros de altitude. Nesse eixo, de grande atividade vulcânica, estão os pontos de maior altitude do México: o Pico de Orizaba (5.610m), Popocatépetl (5.462m), Iztaccíhuatl (5.286m), entre outros. As prolongações ao sudeste da Sierra Madre Oriental são conhecidas como Sierra Madre de Oaxaca e a Sierra Madre de Chiapas.

Relevo da América Central 

O relevo da América Central caracteriza-se por duas regiões distintas: a parte continental e a insular. Ambas se constituem basicamente de cadeias montanhosas formadas na era cenozoica, a partir do soerguimento da placa do Caribe sobre a placa do Pacífico. O relevo que se formou no período sofreu mais intensamente com os processos erosivos. As cadeias montanhosas da parte continental e insular do subcontinente se alinham de norte a sul e planícies sedimentares podem ser observadas nas proximidades das áreas litorâneas. A região insular forma um arco, que constitui um prolongamento do relevo da região continental. Portanto, é perceptível que todas essas ilhas são o topo de uma grande cadeia montanhosa, que tem a sua maior parte submersa no oceano Atlântico.
A região continental da América Central forma um istmo, que é uma estreita e alongada faixa de terras ligando as Américas do Norte e do Sul. Desde a porção norte desse istmo, o relevo montanhoso prolonga-se da Serra Madre do Sul, numa sucessão de planaltos e serras de origem vulcânica, formando a Serra Madre Centro-Americana, que segue de Oaxaca, no sul do México (país mais ao sul da América do Norte), até o Panamá, passando pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. No subcontinente centro-americano, os dobramentos modernos que compões a cordilheira são resultantes do choque entre as placas tectônicas, ocasionando o processo de subducção, no qual uma placa é empurrada para debaixo da outra, dobrando-a e elevando o relevo – no caso da América Central, a partir da porção ocidental do istmo.
O choque constante entre as placas tectônicas na região origina uma intensa movimentação, que se manifesta principalmente sob a forma de atividades sísmicas (terremotos) e erupções vulcânicas. Há cerca de 80 vulcões em atividade na região, e alguns deles têm grandes altitudes, como é o caso do Tajamulco (4.220m), na Guatemala, e o Barú (3475m), no Panamá – o que demonstra que os agentes internos que criaram o istmo seguem em atividade.
Na porção centro-sul do istmo, pode-se observar que as montanhas e os vulcões aparecem intercalados com bacias sedimentares que apresentam solos muito férteis, fruto da decomposição de rochas expelidas pelas atividades vulcânicas mais antigas.
As ilhas do Caribe também são montanhosas, embora pouco elevadas. A Serra Maestra Cubana, com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central La Española, que tem como ponto culminante o pico Duarte (3.175m), na República Dominicana, são as formas de maior destaque no relevo da região.
Os arquipélagos que formam a parte insular da América Central constituem um arco de ilhas que se estende do sul da Flórida ao norte da Venezuela, dividindo-se em três conjuntos: as Grandes Antilhas, as Pequenas Antilhas e as Bahamas.
As Grandes Antilhas são ilhas de origem sedimentar. Originalmente, essas ilhas formavam um prolongamento das planícies centrais dos Estados Unidos. Porém, durante a formação do continente, com as constantes oscilações de nível do oceano, o mar acabou encobrindo grande parte do sul da América do Norte, há cerca de um bilhão de anos, formando a área atual do Golfo do México.
Em geral, as Pequenas Antilhas constituem o topo de vulcões submarinos, formados a partir das pressões provenientes do tectonismo. O conjunto formado pelas Pequenas e as Grandes Antilhas se situa entre as placas do Caribe e Sul-Americana, que estão em constante atrito. Em várias ilhas da região, registram-se contínuos movimentos sísmicos e atividades vulcânicas.
As Bahamas complementam a parte insular da América Central, e são formadas por ilhas coralíneas muito extensas, planas e de baixa altitude, o que favorece a formação de lagos, pântanos e manguezais, intercalados com florestas.

Relevo da América do Sul

O relevo da América do Sul é fortemente marcado pela cordilheira dos Andes, que percorre o subcontinente em paralelo ao oceano Pacífico, do sul da Chile até a Venezuela, ao norte. A oeste da cordilheira, cruzando-se algumas dezenas de quilômetros, chega-se à costa. Na parte leste, existem imensas planícies aluviais, como as bacias do Orinoco, do Amazonas e do Paraná, que são delimitadas pelo planalto das Guianas e pelo planalto Brasileiro, encontrando o oceano Atlântico.
É possível caracterizar o relevo sul-americano dividindo-o em dois grandes blocos: a porção centro-oriental, formada por planaltos e planícies, apresentando uma grande estabilidade em seus terrenos desde o final do paleozoico; e a porção ocidental, constituída de dobramentos montanhosos recentes, com terrenos caracterizados pela instabilidade. No interior dessas duas porções, identificamos no subcontinente três grandes zonas estruturais: a parte oriental, constituída por planícies e montanhas muito erodidas como, além dos já citados planaltos das Guianas e Brasileiro, também é o caso da Patagônia; as cadeias montanhosas andinas, de formação recente; e as grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais.
A cordilheira dos Andes é a cadeia montanhosa mais extensa do mundo, estendendo-se por mais de 8 mil quilômetros ao longo de toda a América do Sul, dividindo-se em diversos setores e ramificações. É também a segunda mais elevada, depois das grandes cordilheiras da Ásia Central. As regiões que se encontram entre as cadeias paralelas, formadas por numerosos vales e extensos planaltos interiores, recebem o nome de planaltos ou altiplanos, que podem superar os 5.000m de altitude.
Os cumes andinos têm origem vulcânica e aproximam-se dos 7.000m de altitude. Dentre os mais elevados destacam-se o Aconcágua (6,960m), o Ojos del Salado 6.893m), o Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama (6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m).
Os Andes têm sua origem no período cretáceo, e a orogênese ocorreu em consequência da subdução da placa tectônica de Nazca com a placa Sul-Americana, gerando o soerguimento desta última. As mesmas forças que causam o choque das placas são responsáveis pelas erupções vulcânicas e terremotos que assolam os países andinos.
Os planaltos são as extensões territoriais elevadas situadas no interior do subcontinente sul-americano. O planalto das Guianas é um escudo cristalino muito antigo, com origem na era pré-cambriana, que forma uma extensa região serrana no norte da América do Sul. É nessa região que se localiza o ponto culminante do Brasil, no norte do Amazonas que é o pico da Neblina, com 2.995m de altitude. Já o planalto Brasileiro é bastante extenso, e ocupa basicamente a porção centro-oeste do país, compreendendo terrenos sedimentares e cristalinos e apresentando relevo tabular (chapadas), serras e também morros arredondados. A Patagônia é outro planalto de destaque, que se estende por grande parte da região sul da Argentina. É limitado pelos Andes a oeste, pelo rio Colorado ao norte e pelo oceano Atlântico, a leste. O estreito de Magalhães e a Terra do Fogo encontram-se no extremo sul da Patagônia.
Entre os maciços orientais e as cordilheiras ocidentais, estão situadas as grandes planícies, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formando as bacias dos grandes rios sul-americanos. A planície Amazônica, por exemplo, constitui uma grande faixa de terras baixas situada entre os planaltos Brasileiro e das Guianas, que apresenta altitudes de até 100m acima do nível do mar. Não muito distante, ao norte do planalto das Guianas, encontra-se a bacia do Orinoco, que é uma extensa planície aluvial limitada pelos Andes venezuelanos. Outras planícies que merecem destaque no subcontinente são as do Paraná, do Chaco, dos Pampas e da Patagônia.












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Aula dia 05-05 – Geografia/Prof. Paulo


HIDROGRAFIA DA AMÉRICA
A América é abundantemente irrigada por rios e cursos d’água que constituem bacias hidrográficas. Entre as principais bacias hidrográficas estão: a bacia Amazônica, a Platina e a do Mississipi-Missouri.
O continente americano possui grandes bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.

Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.

    A vertente do Atlântico recolhe as águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas, Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian, Vermelho) e da vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras o Coco, na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.

   A vertente oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre o Amazonas, maior rio do mundo em volume d,água e que apresenta também a maior bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus, Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.

   O Parnaíba e o São Francisco constituem os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.

   Ao contrário do que ocorre na vertente atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser, no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o Grande Canyon, nos Estados Unidos.

   Os depósitos lacustres são muito numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado. No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente, o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil, constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.


Principais Rios do Continente Americano

Rio Amazonas
Com a nascente no Peru, passa pelo Brasil, desaguando no oceano Atlântico. É o rio mais extenso do mundo e com maior volume de água, com mais de 6 mil afluentes.


Rio Mississípi

Nasce em Minnesota, passando pelos EUA e outras partes de América e, por fim, lança suas águas no Golfo do México.









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Aula dia 29-04 – Geografia/Prof. Paulo

HISTÓRIA DA AMÉRICA


A História da América tem origens distintas, que dependem do ponto de vista que se toma para realizar a narrativa histórica. Do ponto de vista dos habitantes nativos do continente, essa origem histórica está radicada há milhares de anos e foi contada, sobretudo, através das fontes orais e pictográficas. Do ponto de vista dos ocupantes europeus, essa história iniciou-se com a chegada dos primeiros navios à região, no final do século XV.
A América pré-colombiana presenciou o surgimento e desaparecimento de civilizações grandiosas, que deixaram um importante legado cultural e arquitetônico, como foi comprovado pelas civilizações maias, incas e astecas. Também os demais povos que habitaram e ainda habitam as demais regiões da América do Sul, Central e do Norte deixaram suas contribuições para a conformação das características da população desse imenso continente. É necessário notar que o percurso histórico desses povos não se fez sem contradições e sem divisões entre povos distintos e que no interior dessas sociedades ocorreram guerras, conflitos e opressões.
Entretanto, a chegada dos europeus ao continente a partir de 1492, quando Cristóvão Colombo atracou nas ilhas caribenhas, transformou profundamente a configuração social, econômica, cultural e ambiental da América e dos povos que a habitavam. Os primeiros impactos ocorreram com a exploração econômica dos recursos naturais e da terra, como também pelo genocídio de milhões de seres humanos. Os europeus trouxeram ainda para o continente milhões de africanos escravizados, que com seu suor e sangue foram utilizados para construir a sociedade americana atual.
Em poucas décadas muitas outras colônias foram estabelecidas, se espalhando pelas ilhas do Caribe e ainda pela Flórida e pelo Peru. Pouco depois Portugal estabeleceu colônia no Brasil, assim como a Inglaterra colonizou as Honduras Britânicas (atual Belize) e a Jamaica.
A ocupação holandesa se fez presente na Guiana e ainda em Curaçau, enquanto os franceses tomaram posse do Haiti, de Guadalupe e da Martinica. A união do Novo e do Velho Mundo foi responsável por uma mudança radical nos destinos da história de ambos.
O potencial de recursos naturais americanos alterou significativamente os quadros econômicos da Europa. As doenças físicas do Velho Mundo foram um dos fatores responsáveis pela dizimação da população americana nativa. Por outro lado, os conquistadores europeus tornaram-se os senhores das terras que outrora eram de posse dos povos Astecas, dos Maias além de outros povos nativos.

Os espanhóis foram, sem dúvida, os colonizadores mais atuantes.


Ao final do século XVIII, eles haviam estabelecido colônias nas regiões onde atualmente estão as cidades de San Francisco, Cidade do México e Los Angeles, além de Buenos Aires e Lima.
Muitos metais nobres foram enviados das terras americanas para a Espanha, extraídos das minas americanas. Ao contrário das colônias britânicas, que eram governadas por poderes representativos locais desde o princípio, as colônias espanholas eram governadas a partir de Madri. A Igreja Católica Romana desempenhou uma importante influência na colonização da América.
Havia muitas catedrais católicas que foram construídas nas diversas regiões da América Latina. Tal fato auxiliou na criação de influências locais por parte da instituição religiosa. Os objetivos da própria Companhia de Jesus, em sua criação, eram a expansão da fé (e da ideologia) cristã através da catequização e doutrinação religiosa dos nativos.
O cumprimento de tais objetivos acarretava na expansão dos domínios da igreja pelas colônias, além de facilitar as relações de dominação entre o povo católico colonizador e o povo “gentio” colonizado.

Tipos de colonização da América


A América foi descoberta pelos europeus, após esse acontecimento diversos países do velho continente se dirigiram para a nova terra. O continente americano foi colonizado principalmente por portugueses, ingleses, espanhóis, franceses e holandeses. Porém, o processo de colonização aconteceu de forma distinta entre os países do continente.

Os países considerados latinos tiveram uma colonização de exploração, ou seja, apenas forneciam riquezas oriundas da natureza (madeira, pedras preciosas, entre outros) e cultivavam produtos tropicais (cana-de-açúcar, café, borracha, entre outros). Em resultado a essa intensa exploração, os países latinos herdaram desse período um grande atraso socioeconômico que reflete nos dias atuais.

Por outro lado, os países que fazem parte da América Anglo-saxônica tiveram uma colonização de povoamento. Isso quer dizer que o interesse da metrópole era povoar e desenvolver o lugar. Nesse tipo de colonização a intenção não estava ligada à exploração de riquezas com a finalidade de enviá-las para a metrópole, e sim de abastecer os próprios habitantes. Em suma, as riquezas produzidas permaneciam no país. Essa característica foi de fundamental importância para que países como Estados Unidos e Canadá se tornassem grandes nações, sendo o primeiro a maior potência mundial.

Diante das considerações apresentadas, fica claro que o fator determinante para o desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países americanos está ligado a fatos históricos. A forma de ocupação é raiz das condições atuais dos países do continente.

As civilizações pré-colombianas

O processo de descoberta do continente americano representou para os europeus o contato com um mosaico de culturas bastante peculiar. Mais do que se encantaram com o passível exotismo dos nativos, as tripulações do Velho Mundo deram de frente com civilizações complexas. Muitas dessas sociedades conheciam a escrita, desenvolveram sistemas matemáticos, possuíam calendários de enorme precisão e construíram centros urbanos mais amplos que as cidades da Espanha.
      Por volta do século VII, a Cordilheira dos Andes foi palco do desenvolvimento das civilizações chimu, tiahuanaco e huari. Quase quinhentos anos depois, a reunião desses povos que ocupavam a região seria correspondente ao vasto Império Inca, administrado na cidade de Cuzco. Antes da chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de caráter expansionista, que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e abrigava cerca de seis milhões de pessoas.
     Na porção central do continente americano, olmecas, toltecas, teotihuacanos, astecas e maias formaram sociedades distintas. Os maias, entre os séculos III e XI, estabeleceram um complexo de cidades-Estado que funcionavam de forma autônoma graças a um eficiente sistema de servidão coletiva. Segundo informações, a civilização maia teria congregado mais de dois milhões de habitantes. Quando chegaram à América, os espanhóis encontraram boa parte desses centros urbanos abandonados.
      A mais vistosa civilização mesoamericana foi constituída pelos astecas, que conseguiram formar um império que ia do sul da Guatemala, até a porção oeste do México. A capital Tenochtitlán abrangia uma área de treze quilômetros quadrados e congregava uma população composta por centenas de milhares de habitantes. As populações vizinhas eram obrigadas a pagar vários impostos que garantiam a hegemonia asteca.
    Cada aldeia asteca era integrada por diversas famílias, que utilizavam as terras férteis de forma coletiva. Uma parcela considerável da produção agrícola dos aldeões era destinada ao Estado, que distribuía o alimento recolhido para os funcionários públicos, os sacerdotes, militares e a família do imperador. Do ponto de vista político, possuíam uma monarquia centralizada nas mãos do Tlacatecuhtli, responsável pela condução da política externa e dos exércitos.
     Em termos gerais, percebemos que o continente americano contava com uma ampla diversidade de culturas que se desenvolveram de forma própria. Contrariando o ideal eurocêntrico do Velho Mundo, as populações pré-colombianas estabeleceram relações sociais complexas, criaram suas próprias instituições políticas e engendraram os seus saberes.







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Aula dia 22-04 – Geografia/Prof. Paulo

AMÉRICA


América é o maior continente em extensão norte–sul localizado no Hemisfério Ocidental e compreende uma área total de 42.189.120 km2. O continente é habitado por cerca de 902.892.047 pessoas, e nele são faladas diversas línguas, como espanholinglêsportuguês, francês, neerlandês e línguas nativas. O continente é constituído por 35 países e 18 territórios independentes. Os países são banhados pelos oceanos Atlântico e Pacífico.
Esse enorme território é dividido em subcontinentes: América do Norte, América Central e América do Sul. Alguns estudiosos e organizações, como a Organização das Nações Unidas (ONU), consideram apenas a divisão em América do Norte e América do Sul, considerando que ambas são ligadas por um istmo (estreita faixa de terra que liga duas áreas de maior extensão).

A América é o maior continente em área norte–sul.

Outra divisão da América é conhecida como América Latina, uma região que corresponde aos países que falam as línguas derivadas do latim, como o português e o espanhol. Basicamente, a América Latina abrange a região dos países pertencentes à América Central e à América do Sul colonizados pelos portugueses e espanhóis.
O continente americano era habitado por nativos até a chegada dos europeus. Espanhóis, portugueses, holandeses, franceses e outros povos do Velho Mundo colonizaram a América, e a miscigenação deles com os povos nativos deu origem à população atual do continente. A independência dos países da América do Norte iniciou-se por volta de 1776, já a da América Latina iniciou-se no decorrer do século XIX.

Dados gerais

Continente: América
Gentílico: americano
Países: 35 países e 18 dependências
Extensão territorial: 42.189.120 km2
População: 902.892.047 habitantes
Maior país: Canadá (9.984.670 km2)
Menor país: São Cristóvão e Névis (261 km2)
Idiomas: inglês, espanhol, português, francês, neerlandês e línguas nativas
Subcontinentes: América do Norte, América Central e América do Sul

América do Norte
América do Norte é formada por três países e localiza-se na parte setentrional do continente americano.
América do Norte foi inicialmente explorada pelos espanhóis, por volta de 1942. Franceses e ingleses também colonizaram regiões desse subcontinente, o qual se localiza em uma área de 24.709.000 km². Suas fronteiras estão delimitadas, a leste, pelo oceano Atlântico, a oeste, pelo Oceano Pacífico; já ao sul, estão ligadas à América Central, e ao norte, estão ligadas ao Ártico.
Os países que formam o subcontinente são: Canadá, que é o maior país do subcontinente; Estados Unidos; e México, que é o menor deles. Alguns territórios dependentes também se encontram nele, ao todo são quatro dependências. Vivem nesse subcontinente 579.024.000 habitantes.
Os países da América do Norte fazem parte de alguns acordos, como o Nafta, substituído em 2018 pelo USMCA (conhecido como Nafta 2.0) — um tratado de livre comércio entre as nações.

América do Sul

América do Sul é formada por 12 países e está na parte meridional do continente americano.

América do Sul é localizada em sua parte meridional. Ela abrange uma área de 17.819.100 km2 e é habitada por cerca de 388 milhões de habitantes. O subcontinente é banhado pelo Oceano Atlântico, a leste, e pelo Oceano Pacífico, a oeste. Ao norte está limitado pela América Central, e, ao sul, pela Antártida.
O subcontinente era habitado por povos nativos, sendo encontrado pelos portugueses por volta de 1498. Espanhóis e portugueses exploraram as partes desse território, e, posteriormente, vieram outros povos europeus, uma vez que os recursos naturais aqui encontrados atraíam os colonizadores, fazendo do subcontinente, então, fonte de matéria-prima para a Europa.
A América do Sul é formada por 12 países e três dependências. Os países são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai, Venezuela. A Guiana Francesa, apesar de estar na América do Sul, é um território ultramarino francês. Os territórios dependentes são: Aruba, Bonaire e Curaçao (Países Baixos), Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia e Sandwich do Sul (Reino Unido).

América Central

América Central une os subcontinentes América do Norte e América do Sul.

América Central é um subcontinente localizado entre a América do Norte e a América do Sul, compreendendo, portanto, a faixa central do continente americano. É formada por 20 países ístmicos e 16 dependências.
Os países são: Antígua e Barbuda; Bahamas; Barbados; Belize; Costa Rica; Cuba; Dominica; El Salvador; Granada; Guatemala; Haiti; Honduras; Jamaica; Nicarágua; Panamá; República Dominicana; Santa Lúcia; São Cristóvão e Névis; São Vicente e Granadinas e Trinidad; e Tobago.
Esse subcontinente abrange uma área total de 742.204 km2 e é habitado por aproximadamente 92 milhões de habitantes. Inicialmente era povoado por indígenas, e depois passou a ser explorado pelos europeus no começo do século XVI. Os povos que habitam essa região falam espanhol, inglês, neerlandês e papiamento, além de várias línguas nativas.
América Central está localizada geograficamente em uma região de bastante instabilidade. Muitos países são afetados por fenômenos naturais, como furacões e terremotos, os quais devastam muitas áreas e dizimam milhares de pessoas. Ainda, alguns países convivem com os desastres provocados por essas intempéries naturais e têm dificuldade em reconstruírem-se.

América Latina
  


América Latina compreende a América Central e a América do Sul (com exceção de Guiana, Suriname, Jamaica e Belize). Da América do Norte, apenas o México faz parte da América Latina, que se estende por 21.069.501 km2. Os países que fazem parte dessa subdivisão falam línguas que variam do latim, como o espanhol e o português. Nela vivem cerca de 569 milhões de habitantes.
É uma região culturalmente diversificada, considerando o número de línguas, etnias e tradições que abrange. As nações, em sua maioria, são países em desenvolvimento, com exceção do Haiti, que é o único território subdesenvolvido. Apesar dessas apresentarem industrialização avançada, muitas vivem grandes instabilidades econômicas. Seus índices de desenvolvimento humano não são altos, indicando precariedade em suas politicas públicas.
A economia da América Latina é baseada principalmente no setor primário. O setor de comércio e serviços tem apresentado crescimento e contribuído cada vez mais para o desenvolvimento econômico. Atividades como extrativismo vegetal, agricultura, pecuária e extrativismo mineral destacam-se na maioria dos países. Já em relação à indústria, especificamente, destacam-se Brasil, Argentina, México e Chile.

Lista de países da América

Canadá              América do Norte
Estados Unidos  América do Norte
México               América do Norte
Antígua e Barbuda América Central
Bahamas            América Central
Barbados            América Central
Belize                 América Central
Costa Rica         América Central
Cuba                  América Central
Dominica            América Central
El Salvador         América Central
Granada             América Central
Guatemala         América Central
Haiti                   América Central
Honduras           América Central
Jamaica             América Central
Nicarágua           América Central
Panamá             América Central
República Dominicana   América Central
Santa Lúcia        América Central
São Cristóvão e Névis   América Central
São Vicente e Granadinas      América Central
Trinidad e Tobago         América Central
Argentina            América do Sul
Bolívia                América do Sul
Brasil                  América do Sul
Chile                  América do Sul
Colômbia            América do Sul
Equador             América do Sul
Guiana               América do Sul
Guiana Francesa          América do Sul
Paraguai             América do Sul
Peru                   América do Sul
Suriname            América do Sul
Uruguai              América do Sul
Venezuela          América do Sul










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Aula dia 06-04 – Geografia/Prof. Paulo

DINÂMICA DA POPULAÇÃO MUNDIAL

O estudo sobre a dinâmica populacional do mundo não é algo recente. Remonta-se a um período anterior ao século XVIII, em que se formularam teorias sobre o crescimento populacional utilizadas até os dias atuais. Cada uma dessas teorias correspondia a uma visão de sociedade e do próprio movimento histórico que se seguia. Embora houvesse essas distinções, todas as teorias formuladas até então se preocupavam em explicar o crescimento da população e seus impactos sobre a natureza e a organização da sociedade.
Assim, para conseguir responder às duvidas sobre o futuro das sociedades o estudo sobre a dinâmica populacional elencou três tipos de indicadores, que funcionariam como padrões a serem analisados: mortalidade, natalidade e fecundidade.
A mortalidade é calculada a partir da relação entre o número de óbitos em um determinado ano e a população total neste mesmo ano; a seguir, multiplica-se o resultado por mil (para evitar excesso de decimais). Já a mortalidade infantil é calculada a partir da multiplicação por mil do número de crianças, com menos de um ano, que morreram em um determinado ano; a seguir, divide-se o resultado pelo número de crianças nascidas vivas naquele mesmo ano.
Os números oferecidos por estas equações matemáticas devem ser interpretados, ou seja, obter somente o número não é revelador da situação em que a sociedade está submetida. Por isso, alguns pensadores argumentam que a elevação dos números relativos à mortalidade indicaria a superexploração do trabalhador, uma vez que seria o reflexo da redução de salários e acesso à saúde e cuidados básicos.
A natalidade é calculada com base na multiplicação por mil do número de nascimentos em um dado ano, dividindo-se o resultado pela população total no ano e local considerados na análise. A fecundidade, por sua vez, relaciona o número de crianças com menos de cinco anos ao número de mulheres em idade reprodutiva (este dado varia conforme o país, podendo ser de 15 a 44 anos; 14 a 49 anos ou 20 a 44 anos).
A taxa de fecundidade sofreu alterações com a consolidação da industrialização, uma vez que as mulheres adentraram ao mercado de trabalho, demorando mais tempo para engravidar e constituir família. Vale destacar que os índices de natalidade também vem sofrendo reduções em função das melhores condições de vida de uma parcela significativa da sociedade, como também, por causa de um novo entendimento sobre o papel da família na contemporaneidade.

Conceitos fundamentais em dinâmica populacional

Em dinâmica populacional, é importante que tenhamos definidos alguns termos de maneira bastante clara. Segue abaixo algumas definições:
População: definimos como população o conjunto de pessoas que residem em um mesmo território. Como território, podemos entender as cidades, países, bairros como territórios. A população pode ser classificada a partir do seu modo de vida. Ou seja, os hábitos de uma população, como vivem, qual a idade, quais os lugares que frequentam, relações econômicas, onde vivem, são informações úteis para classificar uma população de um território. A esta classificação chamamos de indicadores sociais.

Nação: definimos nação como todo e qualquer grupo de pessoas que compartilham da mesma história e da mesma cultura. Uma nação não está restrita a um território, podendo estar presente em mais de um país.
Taxa de Natalidade (N): é a relação entre o número de indivíduos que nascem em um determinado período de tempo, dentro de um determinado território.
Taxa de mortalidade (M): é a relação entre o número de óbitos em uma população no período de um ano.
Taxa de mortalidade infantil (Mi): relação entre o número de crianças, com faixa etária até 12 meses, que vieram a falecer versus a relação de crianças vivas com até 12 meses, no período de um ano.
Taxa de fecundidade: é a relação entre o número de crianças com idade igual ou menor do que cinco anos de idade pelo número de mulheres em idade reprodutiva de uma determinada população. A idade considerada reprodutiva entre mulheres pode variar em cada país. Alguns trabalham com uma faixa etária entre 15 e 44 anos de idade, outros com a faixa etária entre 20 e 45 anos de idade.
Taxa de imigração: número de indivíduos que chegam a uma determinada população, em um determinado território.
Taxa de emigração: número de indivíduos que deixam de viver em um determinado território, pertencente a uma determinada população.
Densidade populacional: é a relação entre o número de indivíduos de uma população e a área dentro do território que eles ocupam.

Estes conceitos nos apresentam os índices mais usados para o estudo da dinâmica populacional.

Fatores que alteram o número de uma determinada população:


·         Taxa de natalidade, ou seja, o número de indivíduos nascidos em um intervalo de tempo;
·         Taxa de mortalidade, ou seja, número de indivíduos falecidos em um intervalo de tempo;
·         Taxa de imigração, que consiste no número de indivíduos que chegam a uma população;
·         Taxa de emigração, que remete ao número de indivíduos que saem de uma população;
·         Densidade populacional, por último, que nada mais é do que a relação entre o número de indivíduos que fazem parte de uma população e o espaço que é ocupado por eles.

FASES DO CRESCIMENTO POPULACIONAL.

O crescimento populacional é marcado por fases de crescimento. Em uma primeira fase, característica dos países subdesenvolvidos, as taxas de natalidade e mortalidade são elevadas. Isso demonstra que o país não dispõe de políticas públicas ligadas à saúde, uma vez que a população morre com pouca idade e, sequer, oferece métodos contraceptivos à sua população, já que as taxas de natalidade são altas. Nessa fase, a pirâmide populacional apresenta base larga e topo fino.

Primeira fase: base larga e topo fino

Na segunda fase do crescimento populacional, características dos países em desenvolvimento, como o Brasil, as taxas de natalidades apresentam diminuição, mas as taxas de mortalidade permanecem altas. Essas mudanças são reflexos de algumas situações:


- Entrada da mulher no mercado de trabalho, o que pressupõe planejamento familiar;

- Urbanização crescente, pessoas migrando do campo em direção às cidades.

- Alto custo de vida nas cidades, famílias começam a reduzir sua prole dado os gastos com a criação (escola, saúde, lazer, entre outros).

- Acesso à contraceptivos, que promovem o controle da natalidade.

- Nesta fase, por sua vez, a pirâmide é apresentada com uma base menor e o topo pequeno, se assemelhando a uma coluna.

Segunda fase do crescimento populacional

A última fase do crescimento populacional é caracterizada pelas baixas taxas de natalidade e mortalidade, situação pertencente aos países desenvolvidos, sobretudo da Europa. Os países em desenvolvimento e subdesenvolvidos ainda não alcançaram essa fase, estima-se que o Brasil a alcance somente em 2050. Embora possa parecer que estas fases representem etapas para “um país melhor”, países como a França e o Japão temem pelo futuro de suas economias, uma vez que a oferta de força de trabalho tem se reduzido drasticamente, aumentando, em contrapartida, os gastos com o sistema previdenciário. Nesta fase, a pirâmide é invertida em relação à primeira fase, pois apresenta topo largo e base muito estreita.

Última fase do crescimento populacional

Dessa maneira, por mais que o país tenha um gasto menor com a população jovem (como por exemplo, educação), precisa se preocupar com o envelhecimento de sua população adulta, o que vai gerar mais aposentados e menos força de trabalho disponível, onerando o sistema previdenciário. Para amenizar sua situação, o Japão passou a facilitar a entrada de imigrantes descendentes de japoneses para trabalharem nos setor secundário e terciário de sua economia. Esses imigrantes descendentes de japoneses ficaram conhecidos como dekasséguis. Em países europeus, como a França, a entrada de mão de obra estrangeira é problemática, pois o país possui grupos xenofóbicos, que são contrários à entrada de imigrantes, sobretudo àqueles vindos de países da África. Além da França, os Estados Unidos também possui grupos contrários à entrada de imigrantes, sobretudo àqueles vindos do México.

População x nação


É importante que não se confunda o conceito de população com o de nação. Uma população pode ter várias nações, assim como uma nação pode ter um ou mais países. Uma nação é um conjunto de pessoas que compartilham de uma história e, portanto, estão inseridas no mesmo panorama cultural.

Dinâmica populacional no Brasil

 

Aqui, podemos observar que a população tem, constantemente, aumentado. Isso se deve ao fato de que as questões médico-sanitárias tem melhorado muito e, além disso, devido ao movimento migratório que aconteceu nos anos 60 e 70 da população rural para a cidade. A qualidade de vida melhora, mas ainda assim há uma diminuição na taxa de fecundidade que, acredita-se, ser decorrente da grande participação da mulher no mercado de trabalho, junto a outros fatores. O número de jovens, portanto, tem diminuído devido à taxa de fecundidade baixa, mas o número de idosos tem aumentado devido às melhorias na qualidade de vida.
VÍDEO AULA






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AULA DIA 01-03 – GEOGRAFIA/PROF. PAULO

BLOCOS ECONÔMICOS
  
Os blocos econômicos são associações de países que têm como objetivo estreitar e privilegiar as relações comerciais e melhorar a economia entre si, além de impulsionar as relações com outros blocos e países.
O fim da Guerra Fria funcionou como um estímulo para a regionalização da economia e a formação de blocos organizados a partir de interesses comerciais. A disputa pela hegemonia passou a ser determinada pela concorrência comercial, e o poder se multipolarizou entre vários blocos, provocando uma nova organização mundial.
Os países participantes desses blocos econômicos buscam fazer acordos regionais para facilitar o fluxo de capitais, serviços e, sobretudo, de mercadorias.
A livre circulação de pessoas tem ficado em segundo plano. Esses acordos visam, fundamentalmente, ampliar os mercados para as empresas por meio da integração dos países-membros.
HISTÓRICO
Verificou-se na última década do século XX uma aceleração na formação de acordos comerciais multilaterais, ao mesmo tempo que se consolidavam três grandes mercados internacionais, sob hegemonia da União Europeia, do Nafta e da Bacia do Pacífico. Dentro desses blocos despontam três nações – Estados Unidos, Alemanha e Japão – como superpotências dominantes.
O crescimento acelerado das organizações econômicas internacionais e seu fluxo comercial crescente, segundo os neoliberais, indicam que o mundo caminha rapidamente para uma maior liberdade de movimentação de capitais, bens e pessoas.
Em verdade, não é bem o que ocorre. Essas organizações estão abrindo suas fronteiras internas, numa aparente atitude liberal, mas fecham mais do que nunca suas fronteiras externas. A União Europeia e os Estados Unidos, por exemplo, usam normalmente a prática de subsidiar a agricultura, limitar os investimentos externos e impor cotas de importação, o que é, em verdade, uma política protecionista sob comando do Estado, e não a abertura que os neoliberais defendem.
Há controvérsias sobre o peso e a importância das organizações supranacionais no processo de globalização . Muitos estudiosos apontam que a regionalização com a formação de organizações supranacionais é uma tendência contrária à globalização.
Acreditam que os blocos econômicos formam espaços geográficos fechados, dificultando a integração com o resto do mundo. Outros defendem que a regionalização é um primeiro passo em direção à globalização. A derrubada de fronteiras comerciais numa região, mesmo que pequena, é um primeiro passo no sentido de orga­nizar a economia para a concorrência mais ampla, para uma futura inserção na economia globalizada.

TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS:
Dependendo do grau de integração, é possível definir quatro tipos de blocos: zona de livre comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.
Zona de livre comércio – Caracteriza-se pela livre circulação de bens e serviços, isto é, não há pagamento de impostos sobre a circulação de produtos.
Organização Mundial do Comércio (OMC) define que uma área de livre comércio só se constitui quando 85% do comércio é livre. Cada país estabelece o imposto de importação para os países não signatários do acordo e também as regras para o trânsito de capitais, serviços e pessoas. Exemplo: Nafta.
União aduaneira – Tem as mesmas características das áreas de livre comércio, sendo que os países participantes adotam também tarifas externas comuns, ou seja, importam produtos e serviços de terceiros com tarifas iguais. Exemplo: Mercosul.
Mercado comum – Caracteriza-se pela livre circulação dos produtos (bens e serviços), capital e mão de obra e alíquota de importação comum para produtos de países não membros do bloco.
O único bloco desse tipo é a União Europeia, em que também houve uma padronização dos impostos pagos pela população e pelas empresas e de muitas leis civis, trabalhistas, sociais e ambientais. Foram criados órgãos supranacionais, como a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, e o Parlamento Europeu, órgão legislativo.
União econômica e monetária – Trata- se de um mercado comum, com política macroeconômica e de juros uni cada e moeda única. Sistemas bancários e financeiros completamente homogeneizados, área comum de atuação profissional. Exemplo: União Europeia, embora nem todos os países membros tenham adotado a moeda única (Euro). A Suíça continua usando o franco suíço.
A maioria dos blocos econômicos foi criada no início dos anos 1990, coincidindo com a emergência da globalização, a consequente intensificação dos fluxos e o acirramento da competição global entre as grandes corporações.
Isso comprova que a regionalização e globalização não são fenômenos antagônicos, e sim complementares. Ambos buscam ampliar mercados para as empresas.

REGIONALIZAÇÃO NORTE-SUL
A regionalização norte-sul foi elaborada para designar a atual conjuntura socioeconômica internacional, em substituição à antiga divisão do mundo em países de 1º, 2º e 3º mundo.
Nessa antiga divisão, o 1º mundo era composto pelas nações capitalistas desenvolvidas, caracterizadas pelo elevado PIB e pelas melhores condições de vida das populações; o 2º mundo era composto pelas nações socialistas, alinhadas à União Soviética e que se caracterizavam pelo alto grau de estatização de sua economia; já o 3º mundo era formado pelas nações subdesenvolvidas, em especial aqueles países que se declaravam como “não alinhados”, ou seja, que não tomavam partido em favor de nenhum dos dois grandes polos mundiais: EUA e URSS.
Com o fim do segundo mundo e os sucessivos processos de independência da África, que culminaram no aparecimento de novas nações extremamente pobres, a divisão entre os três mundos tornou-se obsoleta.
Considerando que a maior parte dos países subdesenvolvidos se encontra no sul e os desenvolvidos, no norte, criou-se a divisão norte-sul. Entretanto, conforme podemos observar no mapa abaixo, essa divisão não representa a divisão do mundo conforme o ordenamento cartográfico dos hemisférios norte e sul.

A regionalização do mundo entre os países do Norte desenvolvido (azul) e do Sul subdesenvolvido (vermelho)

Os países do Norte são caracterizados pelo elevado Produto Interno Bruto (PIB) e pelas condições históricas de poder e acúmulo de riquezas. São representados, em geral, pelos Estados Unidos, União Europeia e Japão. Apesar das boas condições econômicas, nesses países também existem desigualdades sociais e pessoas em condições de acentuada pobreza.
Os países do sul apresentam as maiores taxas de pobreza, violência e problemas sociais do planeta. Sua situação de dependência econômica se deve aos processos de colonização, imperialismo e neocolonização impostos pelas nações consideradas desenvolvidas. Entre os países do sul, existem aqueles países chamados “emergentes” ou em desenvolvimento, são os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), os Tigres Asiáticos e o México.
VÍDEO AULA





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AULA DIA 25-03 – GEOGRAFIA/PROF. PAULO

Ordem mundial da Guerra-fria

Para entender a ordem mundial atual, é necessário recordar a velha ordem mundial no período de 1945 a 1989, marcada pela Guerra Fria entre o socialismo soviético e o capitalismo estadunidense, sendo o mundo bipolar ou dualista. Nessa ordem, a divisão do mundo era:


Países do Primeiro Mundo ou desenvolvidos: marcados pela industrialização clássica (Primeira e Segunda Revoluções Industriais) e por elevado nível de vida, com baixas taxas de natalidade e mortalidade. Exemplos: EUA, Japão, Alemanha Ocidental, …

Países do Segundo Mundo ou socialistas planificados: marcados pelo controle estatal na economia e por regimes autoritários. Exemplos: União Soviética, Cuba, Polônia, China, Alemanha Oriental…

Países do Terceiro Mundo ou subdesenvolvidos: marcados pela colonização de exploração no início do capitalismo, predominando elevadas taxas de natalidade e mortalidade. Exemplos: Brasil, Paraguai, África do Sul, Índia, Arábia Saudita…

Ordem mundial pós Guerra-fria

Para entender o mundo moderno e prever as tendências econômicas, é importante aprofundar o conhecimento sobre as características principais dessa nova ordem.
nova ordem mundial estabeleceu-se a partir da crise do socialismo real (Segundo Mundo), que teve como ápice a queda do Muro de Berlim e a unificação das Alemanhas sob a economia capitalista de mercado e a dissolução da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) em quinze novos países que passaram, então, por um processo de transição para o capitalismo.
Esses acontecimentos cruciais ao Segundo Mundo representaram o momento de transição do socialismo real (representado pelo Estado totalitário e pela economia planificada) para a economia capitalista em quase todos os países socialistas. Desaparece, portanto, a estrutura bipolar da ordem da Guerra Fria e inicia-se uma nova ordem sob a hegemonia do capitalismo.
Nesse mundo pós-Guerra fria, surge uma famosa polêmica: mundo monopolar ou multipolar. Observando a charge, o tio Sam, sím­bolo do american way of life, reforça a polêmica:
A ordem pós-Guerra fria é monopolar para aqueles que acreditam na supremacia militar, ou seja, os EUA como superpotência militar única e, portanto, hegemônica. A argumentação ganhou reforço após os atentados de 11 de setembro de 2001, quando os EUA atacaram o Afeganistão (2001/2002) e o Iraque (2003), alegando uma ofensiva contra o terrorismo mundial (“eixo do mal”).
Para a maioria dos intelectuais, a ordem pós-Guerra fria é multipolar, tomando como referencial o fator econômico, enfatizando três grandes centros de poder: EUA, Japão e União Europeia. A argumentação reforça-se com o aumento da participação da China no comércio mundial.
Observa-se, pelo mapa abaixo, a nova divisão do mundo em Norte rico e Sul pobre.
O mapa mostra uma proposta de divisão do mundo de acordo com a Nova Ordem Mundial: o Norte, formado pelos países ricos ou desenvolvidos, e o Sul, composto de nações pobres ou subdesenvolvidas.
Essa proposta não obedece a um critério de posição geográfica, pois, cartograficamente, a divisão em hemisférios, feita pela linha do Equador, não é levada em conta.
bloco Norte caracteriza-se pela predominância de países industrializados, com elevada urbanização, elevado produto interno bruto e boas condições de vida da população.
Já o bloco Sul seria composto de nações mais pobres, em sua maior parte não-industrializadas, com baixa urbanização e base econômica agro mineradora. Dentro desse grupo, podemos destacar algumas subdivisões, isto é, países industrializados, países agro mineradores e países marginalizados ou excluídos.

VÍDEO AULA