A escolha do seu cantinho de estudos é muito
importante! Encontre um lugar de sua casa em que a chance de distrações
seja a menor possível. Um ambiente iluminado e silencioso é o ideal para
se concentrar nos estudos. Pode ser em seu quarto, na área, sala, mas de preferência
a um local que os moradores da casa não circulem com frequência para não tirar
a sua concentração.
2- Não
fique de pijama Se você deseja manter o ritmo dos estudos, nada de ficar
de pijama o dia todo!
Estar de pijama é garantia de que vai dar
vontade de se encostar na cama e tirar um cochilo no meio da manhã/tarde. E o
que era para ser apenas um rápido descanso de 20 minutos, pode virar duas ou três
horas de sono. E a preguiça depois? Com certeza você vai acordar se
perguntando: por que eu fiz isso?
Levante, tome café e troque roupa. O seu dia
será mais produtivo assim!
3- Estabeleça
horários fixos
Vamos pensar na sua vida como estudante:
durante o ano letivo, sua escola não começa as aulas na segunda-feira, ela
segue horários fixos para o início e para o fim das atividades, além de pausas
preestabelecidas para o descanso dos alunos.
É bem provável que você ache essa rotina um
tédio, mas os educadores sabem que o seu corpo precisa de hábitos
para ter um funcionamento adequado e apresentar um bom rendimento.
Para estudar em casa, você também precisa
manter essa disciplina. Crie horários fixos durante a semana para começar — e
terminar — os seus estudos. Se em um determinado dia, você precisar mudar os
seus horários para realizar outras atividades, volte à rotina normal no dia
seguinte. Esses hábitos te ajudarão a disciplinar o seu corpo e a sua mente sem
sacrifícios.
4- Desenvolva
um cronograma de estudos
Por mais que a nossa casa não seja uma
instituição de ensino, ter um cronograma de estudos, com rotina definida e uma
boa organização daquilo que precisará ser estudado ao longo das semanas, é
crucial para que você não procrastine os seus estudos quando estiver em casa.
Você pode dividir as matérias a serem
estudadas de acordo com o horário de aulas preestabelecidos assim, fica mais
fácil criar metas de leitura, realizar exercícios e se preparar com qualidade
sem deixar tudo para a última hora, já que estudar requer concentração e
disposição do aluno.
5- Entenda
o que funciona para você
É importante que você preste atenção em si
mesmo e em como você se sente enquanto estuda em casa para entender o que
funciona para você. Porque a disciplina de estudar em casa é algo pessoal, e
cabe a cada um descobrir, além dessas orientações gerais, qual é a maneira mais
adequada para ela criar sua disciplina de estudos. Para cada pessoa existe um
jeito, estudar em casa exige mais autoconhecimento para entender o que funciona
melhor para você, o que funciona para uma pessoa é justamente o oposto do
que funciona para a outra.
6-Tenha
paciência/ Peça ajuda
A experiência de aulas não presenciais, na forma
como está sendo imposta ao cenário brasileiro devido à crise do Covid-19, exigirá
de paciência dos alunos com os imprevistos. Você precisará se adaptar
e nem sempre é fácil para quem passou a vida inteira frequentando o ensino
presencial, se você sentir dificuldade com a nova metodologia, sentir que não
está entendendo ou não está conseguindo utilizar os recursos adequadamente,
peça ajuda ao seu professor, coordenador. Muitas escolas estão fazendo
o possível para garantir ferramentas, mas sem ao menos terem tempo hábil
de testá-las ou capacitar as pessoas para seu uso. Sem falar que muitas vezes a
tecnologia nos deixa na mão, então seja resiliente nesta hora.
7- Separe o
material necessário
Deixe ao seu alcance somente o essencial para
o estudo como lápis, borracha, canetas, marcadores, blocos de anotações,
caderno e livros. Ter o material próximo evita a necessidade de para a
todo momento as atividades para buscar algo e diminui a possibilidade de
distrações.
8- Assista vídeo
aulas / Use a internet a seu favor
Assista vídeo aulas para complementar o conteúdo
o conteúdo estudado e ter uma variedade de explicações variadas para encontrar
a linguagem que você entenda com nitidez. Mas sabemos que a realidade de
muitos estudantes é diferente e nem todos têm suporte on-line para o
período sem aulas presenciais, se for seu caso use os livros impressos e tenha
foco.
A internet é a principal aliada do estudante
que está em casa. O conteúdo on-line permite ao aluno procurar diferentes
fontes de informação e complementar o que há nos livros didáticos de sua
escola.
Tenha cuidado com as distrações na WEB
Não há dúvidas a internet é um importante
aliado na sua rotina de estudos. Graças a ela, você tem acesso a qualquer
informação à distância de um clique, não precisa mais carregar dezenas de
livros da biblioteca para casa e pode até assistir aulas no YouTube.
O problema é usar a internet como uma
desculpa para perder horas atualizando as suas redes sociais ou em sites que
não estão ligados ao que é relevante para os seus estudos naquele momento.
Sobretudo o estudante que está em casa e pela
qual tem a flexibilidade na realização de atividades e tarefas, pode haver uma
série de deslizes, já que tende a procrastinar enquanto navega por outros sites
ou quando desperdiça horas nas redes sociais, deixando as responsabilidades em
2º plano.
O ideal é que, antes de começar a estudar em
casa, você separe uma lista do que precisa consultar para os estudos.
Dessa forma, procure organizar um cronograma
de estudos e segui-lo com seriedade, reservando as horas certas do seu dia para
se dedicar aos seus estudos e evitar perdas em sua aprendizagem.
Se não for usar desligue o smartphone e a TV
e só utilize o computador para pesquisas extremamente necessárias. Durante as
horas em que precisa se concentrar não se esqueça de avisar à sua família que
aquele é o seu horário de estudos e que você não deve ser incomodado.
9- Estabeleça
metas a serem cumpridas
Esse hábito ajuda a manter a organização e
serve como motivação. Quando você completa suas metas, se sente movido a seguir
estudando mais e mais.
O importante é que essas metas sejam
realistas à sua rotina e às suas limitações. Não adianta tentar estudar 12
horas por dia se você não consegue se manter concentrado nem por 2 horas.
E, se perceber que o seu plano não está
apresentando rendimentos, mude-o. Observe quais são as suas principais
dificuldades e tente adaptá-lo de uma forma que você consiga superá-las e
cumprir os seus objetivos de forma realmente produtiva.
10- Mantenha-se
motivado e desenvolva a autonomia
Para cumprir as metas estabelecidas,
manter-se motivado é crucial para que, ao longo dos dias, você não desista
daquilo que estabeleceu cumprir.
Não adianta chegar do trabalho ou da escola depois
de um dia cansativo e partir diretamente para os livros. Mesmo que você se
dedique por horas e horas ao estudo, dificilmente conseguirá absorver aquele
conteúdo se não estiver motivado.
Antes de começar, tome um banho, coma algo
leve e se dedique inteiramente ao que estiver fazendo.
E o mais importante: não deixe de estudar.
Até mesmo nos dias em que a sua motivação não ajudar, se dedique a fazer uma
revisão de determinado conteúdo ou à leitura de textos mais leves. Motivação
não é apenas um estado de espírito, e sim um hábito.
Outro fator de destaque e a autonomia que é
uma característica muito importante a ser desenvolvida por quem decide estudar
em casa.
Ela ajuda a manter o estudante esforçado,
curioso e em constante aperfeiçoamento, seja por meio da busca exaustiva pelo
conhecimento ou pela interação professores e colegas que estejam inseridos em
seu processo de aprendizagem.
Dessa forma, habitue-se a tirar as
suas dúvidas, busque realizar com excelência as atividades às quais se propuser
e vá além do conhecimento oferecido pelos materiais que tiver em mãos,
aprofundando sempre mais os seus estudos em prol do seu objetivo.
Afinal, o que definirá o sucesso do
estudante é o seu grau de comprometimento com a sua formação.
Sucesso a todos!
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Aula dia 02-06 – Geografia/Prof. Paulo
AMÉRICA ANGLO-SAXÔNICA
A
América Anglo--Saxônica é
constituída por Estados Unidos
e Canadá, países colonizados, principalmente, por povos de origem anglo-saxônica, no caso,
os ingleses. Esses países apresentam grande desenvolvimento econômico e social.
Também
ocupam lugar de destaque no cenário mundial, em especial os Estados Unidos, que
desempenham papel relevante
nas questões políticas e
econômicas e exercem importante
infuência cultural em quase todo o planeta.
Canadá
Território e distribuição da
população
Observe o
mapa, depois responda às questões em seu caderno.
Com
9 984 670 km², o Canadá é o segundo país do mundo em extensão territorial e o
maior do
continente americano. O espaço canadense é dividido em dez províncias e três
territórios.
Em
grande parte do território canadense há ocorrência dos climas polar e frio, com
invernos longos e
rigorosos, marcados por baixas temperaturas e queda de neve. As maiores
concentrações populacionais estão ao sul do território e ao longo da fronteira
com os Estados Unidos,onde há o
predomínio do clima temperado, que apresenta invernos mais curtos e
temperaturas mais
amenas do que o clima polar.
Em 2018,
o país contava
com uma população
estimada de 37
milhões de habitantes, sendo considerado um país pouco populoso.O imenso
território e a pequena população fazem com que a densidade demográfica seja
bastante baixa, de cerca de 4 hab./km². Dessa forma,
além de pouco populoso, o país é também pouco povoado.
Um país, dois idiomas oficiais
O
Canadá tem dois idiomas ofi ciais: o inglês, falado pela maioria da população,
e o francês, falado principalmente na província de Quebec. Uma pequena parcela
da população fala os dois idiomas.
Algumas vezes
ocorreram reivindicações por
independência da província
de Quebec, que abriga a maioria dos descendentes de franceses e tem a língua
francesa como único idioma oficial. Em 1980 e 1995 foram realizados
plebiscitos para decidir pela independência de Quebec ou sua permanência como
parte do território canadense. A separação foi rejeitada pela maioria da
população da província nos dois
momentos.
Nos
últimos anos, o movimento separatista de Quebec perdeu força, pois a província
passou a ter maior autonomia política e econômica em relação ao Governo Federal,
e foram eleitos governantes
contrários à separação.
Outra
questão territorial importante envolve os inuítes (povo nativo do Canadá), que
reivindicam a posse de terras localizadas no extremo norte do país, ricas em
recursos minerais, como prata,
cobre, chumbo e zinco, e que são concedidas a grandes mineradoras para
exploração.
Em
1999, na tentativa de minimizar o conflito, o governo canadense transferiu aos
inuítes para parte dos
territórios do Noroeste, constituindo o Território de Nunavut, que passou a ser
administrado pelos nativos.
Aspectos populacionais
O
Canadá é um país com elevado desenvolvimento socioeconômico. Considerando dados do Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado em 2018, o país ocupava a 12ª posição no
ranking mundial, com índice de 0,926. A mortalidade infantil é baixa,
praticamente não há analfabetos
entre a população adulta, e a expectativa de vida é alta. Observe alguns dados
canadenses comparados com os brasileiros
A
população canadense é formada por elevado número de idosos. O envelhecimento
populacional está associado à alta expectativa de vida e às baixas taxas de
natalidade. Para cada mil canadenses,
ocorrem 11 nascimentos, o que corresponde a aproximadamente 403 mil bebês por ano. Já
no Brasil, ocorrem 14 nascimentos a cada mil habitantes, o que corresponde a
aproximadamente 2,9 milhões de bebês por ano.
Como
acontece em outros países de elevado desenvolvimento humano, o envelhecimento da
população tem trazido alguns desafi os ao governo canadense, como tentar
resolver o problema de escassez de mão de obra e lidar com o aumento signifi
cativo do número de aposentados.
Para
garantir os investimentos nas áreas de previdência social e saúde, necessários
à população idosa, entre
outra medidas, o governo aumentou impostos ao longo do tempo
Políticas migratórias
Para
atender às necessidades de mão de obra do país, o governo canadense criou
vários programas
de imigração. A análise do candidato é feita com base no nível de escolaridade,
no domínio
das línguas oficiais e nas experiências de trabalho, entre outros aspectos.
Conheça
características de alguns programas de imigração no país
Aspectos econômicos
A
economia canadense, uma das dez maiores do mundo, é caracterizada por agricultura e
pecuária modernas, exploração dos recursos naturais e industrialização baseada
em grandes empresas.
Além disso, o país apresenta disponibilidade de recursos minerais e energéticos
e uma densa
rede de transportes. Observe o mapa
Agricultura e pecuária
Com
condições climáticas rigorosas em grande parte do território, apenas 7% das
terras do Canadá
são ocupadas por áreas agrícolas ou pastagens. Apesar disso, o país é um dos maiores
produtores agrícolas do mundo em decorrência do elevado grau de mecanização e das
tecnologias utilizadas no processo produtivo. Os principais produtos cultivados
são trigo, aveia, soja, cevada e centeio.
Exploração de madeira
Uma
grande quantidade de madeira é extraída das extensas áreas de Taiga que cobrem cerca
de 42% do território canadense. Além de ser exportada, é utilizada para a
fabricação de celulose (matéria-prima usada na fabricação do papel) e
papel-jornal, atividade em que o Canadá se destaca como um dos maiores
produtores mundiais.
A
exploração de madeira é realizada com reflorestamento – para toda árvore
derrubada, outra
deve ser plantada, embora o território não esteja livre de explorações ilegais
Recursos minerais e energéticos
Os
recursos minerais são explorados especialmente no Planalto Canadense e nas
Montanhas Rochosas.
Essas formas de relevo são constituídas por rochas magmáticas cristalinas,
geologicamente favoráveis à ocorrência de minerais, como ferro, cobre, níquel,
chumbo, prata, entre outros.
Os
recursos energéticos são explorados principalmente nas Planícies Centrais, onde
há importantes jazidas de combustíveis fósseis: petróleo, gás natural, carvão
mineral e xisto betuminoso.
Uma
questão ambiental que merece ser destacada é a exploração do xisto, que ocorre
principalmente na província de Alberta. O processo de extração envolve o uso de
componentes químicos e está sujeito a vazamentos que podem contaminar os solos
e as águas com metais pesados e compostos químicos. Além disso, esse processo
de extração também emite metano, um dos gases do efeito estufa.
Apesar
da abundância de combustíveis fósseis, grande parte da energia produzida no
Canadá é hidrelétrica, proveniente do intenso aproveitamento dos rios. O país é
um dos maiores produtores de energia hidrelétrica do mundo
Indústria
As
indústrias canadenses concentram-se principalmente nas regiões dos Grandes
Lagos e do Vale
do Rio São Lourenço, com destaque para as indústrias madeireiras, de papel e
celulose,m siderúrgicas,
automobilísticas, petroquímicas, de maquinários e equipamentos, aeroespacial,
de telecomunicações
e química.
A
adesão ao Tratado de Livre Comércio da América do Norte (Nafta) foi um dos
fatores que permitiu
maior integração da economia canadense à estadunidense. Atualmente, os
investidores dos
Estados Unidos controlam parte significativa das grandes empresas canadenses
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Aula dia 26-05 – Geografia/Prof. Paulo
FORMAÇÕES
VEGETAIS DA AMÉRICA
As formações vegetais são associações específicas de vegetais que se
desenvolvem de acordo com o tipo de clima, relevo e solo do local em que se
situam. A influência do clima é a de maior relevância, havendo uma relação
entre a formação vegetal e a região climática característica.
De acordo com a estratificação ou o tamanho (ou porte) predominante na
paisagem, as formações vegetais podem ser: arbóreas ou florestais, arbustivas,
herbáceas ou campestres e complexas (reúnem espécies de porte variado).
As formações vegetais, especialmente as florestas, desempenham funções
importantes: na proteção do solo, minimizando os efeitos do escoamento
superficial; no equilíbrio ecológico; no abrigo das faunas silvestres,
propiciando a preservação de espécies; na manutenção dos ecossistemas e dos
recursos hídricos.
Por bioma entende-se o conjunto de vida (vegetal e animal)
definida pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e identificáveis em
escala regional, com condições geoclimáticas similares e história compartilhada
de mudanças, resultando em uma diversidade biológica própria (IBGE).
O mapa abaixo identifica a distribuição da biodiversidade, isto é,
a variabilidade de organismos vivos de todos os tipos, abrangendo a diversidade
de espécies e a diversidade entre indivíduos de uma mesma espécie.
Nível de biodiversidade no mundo (Foto:
Reprodução/IBGE)
Climas do mundo (Foto:
Reprodução/SIMIELLI, M. Geoatlas. São Paulo: Ed Ática, 2010)
A confrontação dos mapas sobre biodiversidade e climas identifica
e reforça a relação explícita entre o clima (temperatura e umidade) e a
formação vegetal. Desse modo, a maior diversidade de plantas e animais
encontra-se na região equatorial do planeta (maiores temperaturas e índices
pluviométricos), enquanto ao nos afastarmos em direção aos polos nota-se a
menor diversidade de espécies (área de menor temperatura e índice
pluviométrico).
Os
biomas do mundo
Biomas do mundo (Foto: Reprodução/SIMIELLI, M. Geoatlas. São Paulo: Ed
Ática, 2010)
Climas
e Vegetação
Clima equatorial –
florestas equatoriais
Região climática localizada próxima ao Equador com elevadas temperaturas
e grande umidade ao longo do ano. Favorecem o desenvolvimento de uma vegetação
densa, com árvores de mais de 60 metros de altura. As matas equatoriais
abrigam a maior biodiversidade do mundo.
Entre as florestas mais
importantes estão: a da Amazônia (América do Sul); a do Congo (África); e
a da Indonésia e Malásia (Ásia).
Clima tropical – savanas e florestas tropicais
Nas regiões de clima tropical predominam as elevadas temperaturas e a
alternância entre estações secas (inverno) e úmidas (verão). A cobertura
vegetal caracteriza-se por duas formações: as savanas e as florestas tropicais.
Também aparecem, nas áreas alagadas, pântanos e, junto ao
litoral, mangues.
As savanas são formações arbustivas que apresentam raízes profundas,
folhas grossas e troncos retorcidos. No Brasil, as savanas correspondem
ao Cerrado.
As florestas tropicais são encontradas próximas ao litoral e possuem
algumas características das florestas equatoriais: são densas, ombrófilas
(presença de umidade praticamente o ano inteiro), heterogêneas, com espécies
latifoliadas, estratificadas, com grande biodiversidade. A floresta tropical
original do Brasil, denominada Mata Atlântica, recobria trechos das
regiões Sul, Sudeste e Nordeste. Esse tipo de vegetação também é encontrado na
África e no Sul e Sudeste asiáticos (clima de monções).
Clima temperado –
florestas temperadas e estepes ou pradarias.
O clima temperado abrange parte do hemisfério Norte (América do Norte, Europa
e centro da Ásia). No Hemisfério Sul, sua ocorrência é restrita (extremo sul da
América do Sul). Caracteriza-se por quatro estações bem demarcadas, percebida
nos diversos aspectos da vegetação ao longo do ano. As árvores das florestas
temperadas perdem todas as folhas ou parte delas no outono/inverno (decíduas ou
caducifólias).
As formações herbáceas também são típicas dessa região climática e
recebem o nome de estepes ou pradarias. São muito presentes nos papas
argentinos. No Brasil, esse tipo de vegetação é denominado Campos (Rio
Grande do Sul). Os pampas ou campos gaúchos apresentam clima subtropical, de
transição entre o tropical e o temperado.
Clima mediterrâneo –
vegetação mediterrânea
O clima mediterrâneo está restrito a pequenos trechos, normalmente
próximo a desertos como na Califórnia (EUA); no Chile; nos norte e sul da
África; e no sul da Europa. É caracterizado por verões quentes e secos e por
invernos brandos e úmidos. A vegetação predominante é arbustiva, como as
oliveiras.
Clima frio – floresta
boreal
O clima frio manifesta-se em altas latitudes e abrangendo áreas
canadenses, o norte da Europa e a Sibéria (Rússia). As maiores precipitações
ocorrem no verão. As temperaturas médias no inverno são inferiores a 0°,
inclusive em outros períodos do ano. Nesse clima, desenvolve-se a floresta
boreal, cuja vegetação é de grande porte, espaçada e relativamente homogênea,
destacando-se o pinheiro.
Os exemplos dessa floresta são a taiga siberiana, a canadense e a
escandinava.
Clima polar – tundra
Nos extremos norte e sul da Terra, o clima é polar. São registradas as
mais baixas temperaturas do planeta e a maior parte do solo coberto de gelo
permanente, sem vegetação. Durante o verão, o degelo deixa o solo exposto e
nele aparece a tundra, cobertura vegetal de pequeno porte.
Clima de montanha –
vegetação de altitude
Em altas latitudes, o solo permanece coberto por neve durante boa parte
do ano, até mesmo em locais situados em baixas altitudes. Em regiões de baixas
latitudes (clima tropical e subtropical), as áreas montanhosas apresentam
diferentes formações vegetais: no sopé da montanha, a vegetação é a mesma da
região do entorno; já nos locais com mais de 4 mil metros de altitude, a neve
recobre o solo durante todo o ano (neves eternas).
Clima desértico –
xerófilas
O clima desértico caracteriza-se pela aridez (escassez de água), com
baixas precipitações, havendo pouca ou nenhuma vegetação. Em áreas desertas
formam-se vários tipos de vegetais: plantas rasteiras (estepes); arbustos
espinhosos, quase sem folhas; e cactos. Essas espécies, em conjunto, recebem o
nome de xerófilas.
Os principais desertos localizam-se no oeste dos EUA, no norte e sul da
África, no Oriente Médio, na Ásia central e no oeste da Austrália.
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Aula dia 19-05 – Geografia/Prof. Paulo
TIPOS DE CLIMA DO CONTINENTE AMERICANO
Na América, os fatores que exercem influencia
no clima interagem em diferentes combinações, constituindo diferentes tipos
climáticos que se espalham por todo o continente americano. Veja os principais
climas do continente americano.
Clima polar
No extremo norte da América, onde o clima
polar é dominante, as temperaturas médias anuais são negativas, com a
ocorrência de neve praticamente o ano todo. Por essa razão, o solo está sempre coberto
de gelo e neve. Durante os meses do verão polar desenvolve-se a tundra,
vegetação formada de musgos e liquens.
Clima frio
Ao norte do continente americano, nas altas
latitudes, ao sul da região de clima polar, no Canadá, prevalece o clima frio. Nessas
áreas os invernos são extensos e as temperaturas estão sempre abaixo de zero
grau. Como consequência, durante a maior parte do ano, o solo fica coberto por
neve. Os verões proporcionam temperaturas médias próximas dos 10 °C.
Nessas regiões desenvolve-se a taiga,
constituída fundamentalmente por coníferas, muito explorada economicamente.
Clima frio
de montanha
O clima frio de montanha domina no oeste do
continente, onde se localizam as montanhas Rochosas e a cordilheira dos Andes.
Nessas áreas as temperaturas médias anuais variam entre 5°C e 15°C.
Em regiões com essas temperaturas prevalece a
vegetação de altitude, que apresenta características variáveis, de acordo com a
altitude do terreno.
Clima
temperado
Áreas de clima temperado proporcionam estações
do ano bem definidas, com verões quentes e invernos muito frios. Este tipo de
clima ocorre, sobretudo na América do Norte, onde ocupa ampla área. Na América
do Sul manifesta-se apenas em pequenas áreas ao sul.
A vegetação predominante dessas áreas é a floresta
temperada, com árvores de grande porte e folhagens densas que caem no inverno.
Essa vegetação foi praticamente destruída e deu lugar, principalmente, a áreas
destinadas à agricultura.
Nas regiões de clima temperado também ocorrem
as pradarias, constituídas basicamente por gramíneas e alguns arbustos. No
Brasil, as pradarias são chamadas de campos e ocorrem especialmente no Rio
Grande do Sul. No Rio Grande do Sul e na Argentina, os campos também são
conhecidos como pampas.
Clima
subtropical
O clima subtropical ocorre em áreas de
passagem entre as zonas temperadas e as zonas tropicais. Os invernos são
agradáveis e os verões são quentes, apresentam temperatura média de 18 °C. As
chuvas bem distribuídas durante o ano todo. Ocorre no sul do Brasil e no sudeste
dos Estados Unidos.
As regiões no Brasil onde esse tipo climático
ocorre apresentam vegetação de matas de araucária ou matas dos pinhais.
Clima
tropical
Nas áreas onde o clima tropical predomina a
temperatura média anual comumente é superior a 200 °C, com ocorrência,
normalmente, de chuvas concentradas no verão e invernos secos.
Esse tipo de climático é influenciado pelas
massas de ar úmido oriundas do oceano. A umidade permite o aumento das
florestas tropicais, como no Brasil e em áreas da América Central. No interior
da América do Sul, onde a umidade é menor encontramos as savanas, um tipo de
vegetação que vem sendo destruída e suprimida pela agricultura comercial.
Clima
equatorial
O tipo climático equatorial, típico de áreas
próximas à linha do Equador, apresenta temperaturas elevadas e altos índices de
chuvas bem distribuídas o ano todo.
Nessas regiões predomina a floresta
equatorial, ou floresta Amazônica, que se diferencia pela diversidade de
animais e vegetais.
Clima
semiárido
O tipo climático semiárido apresenta altas
temperaturas elevadas, normalmente superiores a 25 °C, com chuvas insuficientes
e mal distribuídas.
Na região Nordeste do Brasil, o clima
semiárido favoreceu o desenvolvimento da Caatinga, tipo de vegetação de estepe
que apresenta árvores de pequeno porte, com troncos retorcidos e espinhosos, e
cactos, que armazenam água no seu caule.
Na América do Norte há uma ampla área de clima
semiárido no centro-oeste dos Estados Unidos. Igualmente na porção centro-sul
da América do Sul, na Argentina, encontramos uma grande área desse tipo
climático, com regiões recobertas por estepes.
Clima árido
ou desértico
Esse tipo climático tem como principais
características a escassez de chuvas, as temperaturas elevadas durante o dia e
muito baixas à noite. Este clima aparece em áreas dos Estados Unidos, México e
Chile.
A vegetação dessas regiões é insignificante,
às vezes constituída por plantas espinhosas e de raízes profundas; em outras
vezes é inexistente.
Clima da América do Norte
A América do Norte possui territórios entre a Linha do Equador e
o Círculo Polar
Ártico. Sua grande extensão e relevo acidentado
geram diferentes formações climáticas. A posição latitudinal (no sentido
sul-norte) e o relevo, principais agentes formadores de clima, exercem
influência na incidência de radiação solar e temperatura, respectivamente.
Outros fatores importantes para a formação dos climas são a proximidade de
grandes massas de água e de correntes
marítimas, que influenciam áreas mais próximas
aos oceanos.
Na extremidade boreal do subcontinente, onde
há territórios situados para além do Círculo Polar Ártico, predomina o clima
polar. Com invernos longos e rigorosos intercalados por verões curtos e
brandos, o clima polar possui temperaturas médias de -30°C, podendo chegar a
4°C no verão. Devido às baixíssimas temperaturas, o índice de evaporação é insignificante, causando poucas chuvas. A
principal precipitação é a neve, que atinge até 150 milímetros por ano.
O clima subpolar ocupa as porções centrais e
ao sul do Canadá, salvo as áreas próximas aos oceanos, e apresenta duas
estações: um inverno frio (mínimas de -15°C) e seco e verões brandos (máximas
de 5°C), com alguma precipitação chuvosa – mas, ainda assim, considerado seco.
O clima temperado na América do Norte é
dividido em quatro subgrupos. O temperado continental ocupa a parte sul do
Canadá, parte do Alasca e centro norte dos Estados Unidos, exceto áreas
próximas aos oceanos e áreas montanhosas. Apresenta verões quentes (máximas de
20°C) e úmidos, invernos frios (mínimas de -5°C) e secos, sendo outono e
primavera estações de transição.
O clima temperado marítimo é encontrado no
oeste dos EUA, mais próximo aos oceanos. Esse clima sofre uma influência mais
direta da regulação térmica dos mares, tendo uma amplitude
térmica menor, com verões frescos (máximas de
15°C) e invernos frios (mínimas de 5°C). Possui as quatro estações bem
definidas e uma elevada média pluviométrica distribuída por todo o ano.
O clima
mediterrâneo é encontrado no oeste dos EUA e possui
as quatro estações bem definidas, com invernos amenos (mínimas de 10°C) e
verões quentes (máximas de 25°C). As chuvas se concentram no outono e inverno,
enquanto o verão e a primavera são secos.
O clima de altitude é observado no alto
das Montanhas
Rochosas, EUA, e na Sierra Madre, porção central do
México, apresentando pouca variação térmica entre verão e inverno, sendo frio
durante todo ano com temperatura média de 0°C e chuvas bem distribuídas.
No sudeste dos EUA o clima possui as
características típicas de subtropical úmido. Esse clima, na América do Norte,
é conhecido por ter verões quentes (máximas de 27°C) e invernos brandos
(mínimas de 4°C). A umidade é presente o ano todo, apesar de o verão ser mais
úmido que o inverno, não só pela posição latitudinal, mas também pela
influência da corrente marítima quente do golfo do México.
A fronteira entre México e Estados Unidos é
dominada pelo clima árido, onde encontramos climas desérticos e semiáridos. Os
desertos norte americanos podem ser divididos em duas classificações: tropical
quente e de latitudes médias. O tropical quente se caracteriza por altas
temperaturas, chegando a 50°C, e raras precipitações, que ocorrem normalmente
no período do inverno. O deserto de latitudes médias demonstra temperatura
média anual mais baixa (14°C) e baixo índice pluviométrico. O semiárido norte
americano possui invernos brandos (mínimas de 10°C) e verões quentes (máximas
de 27°C), com pluviometria entre 100 e 300 milímetros anuais. No sul do México
e sul da Flórida (EUA) encontramos o clima tropical que tem média anual elevada
(30°C) e alto índice pluviométrico.
Clima da América Central
O clima é a junção de duas características de
um determinado lugar, são elas a temperatura média e a precipitação média, além
de suas variações durante o ano. Essas características se formam por diversos
fatores como a latitude, relevo, maritimidade/continentalidade, correntes
marítimas e pressão
atmosférica. A latitude é a localização em relação à
linha do Equador, que divide o mundo em norte e sul, e determina a quantidade
de energia solar que chega ao solo. O relevo influencia a
temperatura – pois a cada mil metros a temperatura cai em média 6,4°C – e como
barreira para a umidade, impedindo que a umidade se disperse de uma determinada
área ou mesmo que alcance alguma região. A maritimidade e continentalidade
dizem respeito à proximidade ou não de algum grande corpo de água e determina
a amplitude
térmica, pois a água perde e ganha calor de forma
mais lenta que a terra, além de fornecer umidade para a formação de
precipitação. As correntes marítimas quentes formam climas mais úmidos e
quentes, devido à maior quantidade de evaporação, as correntes marítimas frias formam climas mais secos e
frios, por diminuírem o ritmo de evaporação. As zonas de alta pressão evitam
que ventos úmidos entrem na sua zona de influência, tornando assim o clima mais
seco.
A América Central se divide em duas partes, uma continental (ístmica)
e outra insular, e se localiza inteiramente entre o trópico de Câncer ao norte e
a linha do Equador ao sul, ou seja, numa área tropical. Devido à localização e
pequena área, não há grande variação de formações climáticas na América
Central. A pouca variação que existe, deve-se às altas montanhas que cortam a
parte continental no sentido sul-norte. Acima de 2.800m estão localizadas as
“tierras heladas” (terras geladas), com temperatura média anual abaixo de 12°C
e uma umidade relativa alta para grandes altitudes, entre 500mm e 2.000mm
anuais. Temperaturas entre 12°C e 18°C e um alto índice de precipitação, entre
1.000mm e 4.000mm, são encontrados entre 1.800m e 2.800m. Essa faixa é
conhecida como “tierras frías” (terras frias). As “tierras templadas” (terras
temperadas) compreendem uma faixa entre 800m e 1.800m de altitude, com temperaturas
que variam entre 18°C e 24°C e precipitação que em torno de 1.000mm a 4.000mm
anuais, podendo chegar a 8.000mm em algumas áreas.
Os climas tropicais são encontrados nas terras com menos de 800m de
altitude, que são conhecidas como “tierras calientes” (terras quentes) e
abrangem tanto a parte continental, como a insular. No litoral ocidental da
porção continental, norte do Haiti e Antilhas menores (conjunto de pequenas
ilhas na porção oriental do mar do Caribe), encontramos o clima de floresta tropical pluvial, com
temperaturas elevadas durante todo o ano, médias acima de 24°C, e alto índice
pluviométrico dividido entre os 12 meses do ano, de 1.000mm a 4.000mm, podendo
ultrapassar esse número em algumas localidades. O clima de savana tropical é
encontrado na República Dominicana, Jamaica, Cuba, e oeste da parte continental
centro-americana, com temperaturas altas durante todo ano. O que difere esse
clima é a concentração de precipitação em seis meses ou menos, criando duas
estações quentes, uma seca e outra úmida. O motivo pelo qual a região oeste
ístmica apresenta essa formação climática é a corrente marítima fria da Califórnia,
que torna o ar mais frio e impede que a umidade chegue ao continente.
Clima da América do Sul
A América do Sul possui terras atravessadas por duas linhas
latitudinais importantes: a Linha do Equador e o Trópico de Capricórnio. A
latitude determina a quantidade de insolação e o ângulo de incidência dos raios
solares na terra. Porém, outros fatores também influenciam o clima da
América do Sul. A altitude do relevo altera a temperatura, fazendo-a cair em
média 6,4°C a cada mil metros acima do nível do mar, além de servir de barreira
à umidade de planícies próximas. A maritimidade e continentalidade representam a proximidade
ou não de grandes massas de água, influenciando a umidade relativa do ar
e amplitude
térmica. Por fim, as correntes marítimas podem
barrar ou facilitar a entrada de umidade no continente.
A Península de Paraguaná, norte da Venezuela,
abriga uma formação incomum para o Caribe, o deserto de Médanos de Coro. O
clima é típico de deserto, com
temperaturas médias entre 26°C e 30°C e uma precipitação que varia entre 200mm
e 500mm anualmente. A porção central e norte do litoral chileno e o litoral do
Peru são áreas dominadas pelo clima desértico subtropical e tropical, com precipitação anual
menor que 150mm e temperaturas entre 27°C e 13°C. Nessa formação climática
encontramos o deserto do
Atacama, na fronteira entre Chile e Peru, que é o
deserto mais seco do mundo (com apenas cinco dias de chuva por ano). Os
desertos chilenos e peruanos são formados pela corrente marítima fria de
Humboldt, que impedem a umidade de alcançar o continente, e pela cordilheira
dos Andes, que não permitem a chegada da umidade vinda do Pacífico e do Atlântico. A Patagônia argentina possui dois enclaves desérticos de latitudes médias, com precipitação menor que 300mm ao ano e
temperatura média menor do que os desertos quentes (cerca de 14°C).
As periferias dos desertos argentinos e
venezuelanos, além área central do nordeste
brasileiro, são dominadas pelo clima de estepes (semiárido) tropical e subtropical (Brasil e
Venezuela) e de latitudes médias (Argentina). As estepes subtropicais e
tropicais caracterizam-se por uma baixa precipitação, menor que 600mm ao ano,
concentrada em três ou quatro meses. Já a temperatura mantém-se alta durante
todo o ano, com média anual de 25°C. O clima no semiárido da Patagônia varia de
acordo com a localização. Ao norte encontramos outonos e primaveras brandos e
verões e invernos rigorosos. Ao sul o clima é mais severo, com temperatura
branda a fria durante o ano todo. Em ambas as regiões a precipitação média não
passa de 800mm.
O clima de floresta
tropical pluvial (equatorial) é encontrado no norte do Brasil e Bolívia, no litoral
central do Brasil, no leste e centro da Colômbia e Peru, nas Guianas e
Suriname, e também no sul do Venezuela. É caracterizado pela intensa
precipitação, distribuída durante todo o ano, e pelas altas e constantes
temperaturas, com média de 27°C durante o ano. O clima de savana tropical ocupa
grande parte da Venezuela, da porção central do Brasil e Bolívia e norte do
Paraguai, possuindo duas estações: um verão úmido e quente, e um inverno seco e
quente, com médias de 27°C e 22°C, respectivamente.
O sul do Brasil, sul e oeste do Paraguai e
norte da Argentina são regiões dominadas pelo clima
subtropical úmido de verões quentes, apresentando
quatro estações bem demarcadas, precipitação bem distribuída e temperaturas
variáveis (conforme a estação). Há um enclave na parte central do sudeste
brasileiro de clima marítimo da costa oeste, que se distingue pelos verões e
invernos brandos. Encontramos no alto dos Andes o clima de montanha, com a
temperatura abaixo de 0°C durante o ano todo e pouca umidade, com a
precipitação em forma de neve.
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Aula dia 12-05 – Geografia/Prof. Paulo
RELEVO DA AMÉRICA
Aspectos Físicos do Continente Americano
Os aspectos
físicos do continente americano são bastante variados, tendo como
característica principal as elevadas altitudes em sua porção ocidental.
O Continente
Americano é formado por duas grandes massas continentais, uma localizada ao
norte e que engloba a América do Norte, Central e o Caribe, e outra localizada
ao sul, onde se encontra a América do Sul. Juntas, essas faixas de terra se
estendem em uma área superior a 42 milhões de km², tornando-se o segundo maior
continente do planeta, ocupando 8% da área terrestre e 28,5% das terras
emersas.
Na porção
oeste do continente, tanto ao norte como ao sul, observamos a presença de
grandes cadeias montanhosas. No continente sul-americano, elas formam a Cordilheira
dos Andes, que se formou em função do atrito da Placa Tectônica de Nazca e a
Placa Sul-americana. Na continente norte-americano, elas formam acidentes
geográficos como as Montanhas Rochosas e os Montes Apalaches,
oriundos do choque entre a Placa Norte-americana e a Placa de Juan de Fuca.
A seguir,
temos um mapa topográfico, indicando as variações de altitude no continente
americano.
As variações do relevo das Américas
Em linhas
gerais, o relevo das Américas é proveniente de uma formação geológica antiga,
apresentando um número maior de bacias sedimentares e um caráter mais
acidentado ao longo da maior parte de suas áreas. Apesar disso, existem ainda
alguns escudos cristalinos na porção leste e central da América do Sul, na
região da Guiana Francesa, no Norte da América do Norte e na Groelândia.
Cadeias orogenéticas recentes podem ser visualizadas na Cordilheira dos Andes e
em toda a costa oeste do continente.
A formação
de elevadas altitudes no litoral próximo ao Oceano Pacífico dificulta a chegada
de umidade advinda desse Oceano para o continente, produzindo alguns desertos e
regiões áridas, a exemplo do que ocorre no México e nos Estados Unidos. Na
América do Sul, no entanto, essa dinâmica não se aplica em função da presença
da Floresta Amazônica, que produz uma intensa quantidade de umidade através de
sua evapotranspiração, distribuindo ar úmido para todo o cone sul.
Em razão de
as Américas serem um continente de elevada extensão territorial no sentido
norte-sul, suas regiões extremas apresentam baixas temperaturas, influenciadas
pelas massas de ar polares. No entanto, massas de ar quente oriundas do
interior das massas continentais elevam as temperaturas em regiões como a costa
leste da América do Sul, do Norte e Central, além de reduzir a umidade do ar em
alguns períodos do ano nas regiões centrais dessas três regiões. Assim, podemos
perceber que o continente americano apresenta praticamente todos os tipos de
clima existentes no planeta Terra.
O continente
é também rico em termos de bacias hidrográficas. Dentre as inúmeras grandes
bacias existentes, três delas merecem destaque: a bacia Platina, a do
Mississipi-Missouri e a Amazônica, sendo essa última a maior do mundo tanto em
extensão quanto em volume de água, propiciando uma riqueza hidrográfica sem
igual em todo o mundo.
Relevo da América do Norte
A América do Norte, de modo geral, é geologicamente antiga,
embora possua formações mais recentes. No Canadá, por exemplo, encontram-se
rochas de 3,96 bilhões de anos, que estão entre as mais antigas do planeta.
No
subcontinente observa-se a presença de planaltos cristalinos e metamórficos,
que foram rebaixados pela ação dos agentes do intemperismo, e extensas
planícies sedimentares situadas entre os planaltos e as Montanhas Rochosas. As áreas de planaltos antigos ocorrem ao
longo da costa atlântica, representada pelo Planalto Laurenciano, no Canadá, e
pelos Montes Apalaches, nos Estados Unidos. Essas regiões são ricas
em recursos minerais ferrosos, como ferro e manganês.
A formação
dos Montes Apalaches ocorreu a cerca de 400 milhões de anos, no período
devoniano. Com o tempo, a região foi sendo dividida pelos rios e ações
glaciais, originando um grande cinturão de planaltos e montanhas baixas. Assim
como o planalto dos Apalaches, o planalto do Labrador também é formado de escudos cristalinos da mesma idade. Esse tempo propiciou
desgaste suficiente para formar planícies nas áreas centrais, com muitos lagos
originados do degelo dos últimos períodos glaciais.
O
aprofundamento da escavação do famoso Grand Canyon foi causado pela água do degelo e, portanto,
também tem sua origem na glaciação ocorrida
há 10 mil anos. O processo erosivo do Grand Canyon já ocorria desde o
período pré-cambriano. Em relação aos processos erosivos que moldam o
relevo norte-americano, também se destaca o Rio Colorado, que escavou quase
dois mil metros e expôs rochas de mais de 2 bilhões de anos.
Entre o
noroeste do Canadá e o estado do Novo México, nos Estados Unidos, estão
localizadas as Montanhas Rochosas, onde é possível observar a constituição de
cadeias de montanhas paralelas, formando platôs elevados e vales profundos.
Esse conjunto de terras mais altas define bem as grandes bacias hidrográficas dos Estados Unidos e do Canadá. As
Montanhas Rochosas são uma formação geologicamente recente, formadas pela
movimentação das placas tectônicas ao longo da costa do Pacífico, com cumes que chegam a atingir quatro mil metros de
altitude. Seu ponto mais elevado é o Monte Elbert, com 4.399m.
Em relação
às Montanhas Rochosas, muitos geólogos apontam
que somadas às montanhas do Alasca e o conjunto das Sierras Madres mexicanas,
elas fazem parte de uma mesma extensão geológica – que poderia ser uma
cordilheira contínua ligada aos Andes sul-americanos, não fosse a fenda
existente no Panamá que intercala as grandes altitudes. O pico mais elevado da
América do Norte é o Monte Denali, com 6.194m.
Mais ao sul,
o Planalto Mexicano chama atenção devido à sua dimensão, ocupando um quarto do
território do país. Encravado entre as majestosas Sierra Madre Oriental e
Sierra Madre Ocidental, o planalto é um prolongamento das grandes planícies ao
norte do subcontinente. Situa-se a mais de 1.000m de altitude e avança ao longo
de 1.800km, a partir da costa do Rio Bravo, na fronteira com os Estados Unidos.
O relevo do
México, predominantemente montanhoso, se caracteriza por ser acidentado e pela
presença de muitos vulcões. A Sierra Madre Oriental e a Sierra Madre Ocidental
atravessam o território mexicano de norte a sul. A Sierra Madre Ocidental
termina em Nayarit, encontrando a Serra Madre do Sul. Na divisa entre elas está
o Eixo Neovulcânico, que atravessa o território de leste a oeste, unindo-se à
Sierra Madre Oriental na Serra Mixteca, a 3.395 metros de altitude. Nesse eixo,
de grande atividade vulcânica, estão os pontos de maior altitude do México: o
Pico de Orizaba (5.610m), Popocatépetl (5.462m), Iztaccíhuatl (5.286m), entre
outros. As prolongações ao sudeste da Sierra Madre Oriental são conhecidas como
Sierra Madre de Oaxaca e a Sierra Madre de Chiapas.
Relevo da América Central
O relevo
da América Central caracteriza-se por duas regiões distintas: a parte
continental e a insular. Ambas se constituem basicamente de cadeias montanhosas
formadas na era cenozoica, a partir do soerguimento da placa do Caribe sobre a
placa do Pacífico. O relevo que se formou no período sofreu mais intensamente
com os processos erosivos. As cadeias montanhosas da parte continental e
insular do subcontinente se alinham de norte a sul e planícies sedimentares podem
ser observadas nas proximidades das áreas litorâneas. A região insular forma um
arco, que constitui um prolongamento do relevo da região continental. Portanto,
é perceptível que todas essas ilhas são o topo de uma grande cadeia montanhosa,
que tem a sua maior parte submersa no oceano Atlântico.
A região
continental da América Central forma um istmo, que é uma estreita e
alongada faixa de terras ligando as Américas do Norte e do Sul. Desde a porção norte desse istmo, o relevo montanhoso
prolonga-se da Serra Madre do Sul, numa sucessão de planaltos e serras de
origem vulcânica, formando a Serra Madre Centro-Americana, que segue de Oaxaca,
no sul do México (país mais ao sul da América do Norte), até o Panamá, passando
pela Guatemala, El Salvador, Nicarágua e Costa Rica. No subcontinente
centro-americano, os dobramentos modernos que compões a cordilheira são
resultantes do choque entre as placas tectônicas, ocasionando o processo de subducção, no
qual uma placa é empurrada para debaixo da outra, dobrando-a e elevando o
relevo – no caso da América Central, a partir da porção ocidental do istmo.
O choque
constante entre as placas tectônicas na região origina uma intensa
movimentação, que se manifesta principalmente sob a forma de atividades
sísmicas (terremotos) e erupções vulcânicas. Há cerca de 80 vulcões em
atividade na região, e alguns deles têm grandes altitudes, como é o caso do
Tajamulco (4.220m), na Guatemala, e o Barú (3475m), no Panamá – o que demonstra
que os agentes internos que criaram o istmo seguem em atividade.
Na porção
centro-sul do istmo, pode-se observar que as montanhas e os vulcões aparecem
intercalados com bacias sedimentares que apresentam solos muito férteis,
fruto da decomposição de rochas expelidas pelas atividades vulcânicas mais
antigas.
As ilhas do
Caribe também são montanhosas, embora pouco elevadas. A Serra Maestra Cubana,
com alturas próximas a dois mil metros, e a cordilheira central La Española,
que tem como ponto culminante o pico Duarte (3.175m), na República Dominicana,
são as formas de maior destaque no relevo da região.
Os
arquipélagos que formam a parte insular da América Central constituem um arco
de ilhas que se estende do sul da Flórida ao norte da Venezuela, dividindo-se
em três conjuntos: as Grandes Antilhas, as Pequenas Antilhas e as Bahamas.
As Grandes
Antilhas são ilhas de origem sedimentar. Originalmente, essas ilhas formavam um
prolongamento das planícies centrais dos Estados Unidos. Porém, durante a
formação do continente, com as constantes oscilações de nível do oceano, o mar
acabou encobrindo grande parte do sul da América do Norte, há cerca de um
bilhão de anos, formando a área atual do Golfo do México.
Em geral, as
Pequenas Antilhas constituem o topo de vulcões submarinos, formados a partir
das pressões provenientes do tectonismo. O conjunto formado pelas Pequenas e as
Grandes Antilhas se situa entre as placas do Caribe e Sul-Americana, que estão
em constante atrito. Em várias ilhas da região, registram-se contínuos
movimentos sísmicos e atividades vulcânicas.
As Bahamas
complementam a parte insular da América Central, e são formadas por ilhas
coralíneas muito extensas, planas e de baixa altitude, o que favorece a
formação de lagos, pântanos e manguezais, intercalados com florestas.
Relevo da América do Sul
O relevo
da América do Sul é fortemente marcado pela cordilheira dos Andes, que percorre o subcontinente em
paralelo ao oceano Pacífico, do sul da Chile até a Venezuela, ao norte. A
oeste da cordilheira, cruzando-se algumas dezenas de quilômetros, chega-se à
costa. Na parte leste, existem imensas planícies aluviais, como as bacias do
Orinoco, do Amazonas e do Paraná, que são delimitadas pelo planalto das Guianas e pelo planalto Brasileiro,
encontrando o oceano Atlântico.
É possível
caracterizar o relevo sul-americano dividindo-o em dois grandes blocos: a
porção centro-oriental, formada por planaltos e planícies, apresentando uma
grande estabilidade em seus terrenos desde o final do paleozoico; e a porção ocidental, constituída de dobramentos
montanhosos recentes, com terrenos caracterizados pela instabilidade. No
interior dessas duas porções, identificamos no subcontinente três grandes zonas
estruturais: a parte oriental, constituída por planícies e montanhas muito
erodidas como, além dos já citados planaltos das Guianas e Brasileiro, também é
o caso da Patagônia; as cadeias montanhosas andinas, de formação
recente; e as grandes extensões planas situadas entre os maciços orientais e as
cordilheiras ocidentais.
A
cordilheira dos Andes é a cadeia montanhosa mais extensa do mundo,
estendendo-se por mais de 8 mil quilômetros ao longo de toda a América do Sul, dividindo-se em diversos setores e
ramificações. É também a segunda mais elevada, depois das grandes cordilheiras
da Ásia Central. As regiões que se encontram entre as cadeias paralelas,
formadas por numerosos vales e extensos planaltos interiores, recebem o nome de
planaltos ou altiplanos, que podem superar os 5.000m de altitude.
Os cumes
andinos têm origem vulcânica e aproximam-se dos 7.000m de altitude. Dentre os
mais elevados destacam-se o Aconcágua (6,960m), o Ojos del Salado 6.893m), o
Huascarán (6.768m), o Llullaillaco (6.723m), o Tupungato (6.650m), o Sajama
(6.520m), o Illimani (6.462m), o Coropuna (6.425m) e o Chimborazo (6.267m).
Os Andes têm
sua origem no período cretáceo, e a orogênese ocorreu
em consequência da subdução da placa tectônica de Nazca com a placa Sul-Americana,
gerando o soerguimento desta última. As mesmas forças que causam o choque das
placas são responsáveis pelas erupções vulcânicas e terremotos que
assolam os países andinos.
Os planaltos
são as extensões territoriais elevadas situadas no interior do subcontinente
sul-americano. O planalto das Guianas é um escudo cristalino muito antigo, com origem na era
pré-cambriana, que forma uma extensa região serrana no norte da América do Sul.
É nessa região que se localiza o ponto culminante do Brasil, no norte do
Amazonas que é o pico da Neblina, com 2.995m de altitude. Já o planalto
Brasileiro é bastante extenso, e ocupa basicamente a porção centro-oeste do
país, compreendendo terrenos sedimentares e cristalinos e apresentando relevo
tabular (chapadas), serras e também morros arredondados. A Patagônia é outro
planalto de destaque, que se estende por grande parte da região sul da
Argentina. É limitado pelos Andes a oeste, pelo rio Colorado ao norte e pelo
oceano Atlântico, a leste. O estreito de Magalhães e a Terra do Fogo encontram-se no extremo sul da Patagônia.
Entre os
maciços orientais e as cordilheiras ocidentais, estão situadas as grandes
planícies, constituídas por sedimentos terciários e quaternários, formando as
bacias dos grandes rios sul-americanos. A planície Amazônica, por exemplo, constitui uma grande faixa de
terras baixas situada entre os planaltos Brasileiro e das Guianas, que
apresenta altitudes de até 100m acima do nível do mar. Não muito distante, ao
norte do planalto das Guianas, encontra-se a bacia do Orinoco, que é uma
extensa planície aluvial limitada pelos Andes venezuelanos. Outras planícies
que merecem destaque no subcontinente são as do Paraná, do Chaco, dos Pampas e
da Patagônia.
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Aula dia 05-05 – Geografia/Prof. Paulo
HIDROGRAFIA DA AMÉRICA
A América é abundantemente irrigada
por rios e cursos d’água que constituem bacias hidrográficas. Entre as
principais bacias hidrográficas estão: a bacia Amazônica, a Platina e a do
Mississipi-Missouri.
O continente americano possui grandes
bacias fluviais e extensos e numerosos depósitos lacustres. A disposição de
suas cordilheiras, situadas principalmente na borda ocidental, determina um
maior desenvolvimento das bacias para a vertente do Atlântico, enquanto que, na
do Pacífico, os rios são em geral curtos, rápidos e mais irregulares.
Os rios que desembocam no oceano Glacial Ártico são
caudalosos, mas congelam-se durante o inverno, o que limita as possibilidades
de navegação; entre eles destacam-se o Yukon e o Mackenzie, este último
alimentado por vários lagos e, em menor escala, o Back e uma série de rios
pequenos que desembocam na baía de Hudson: o Chesterfield, o Churchill, o
Nelson, o Hayes, o Severn e o Albany.
A vertente do Atlântico recolhe as
águas procedentes das altas cordilheiras ocidentais (montanhas Rochosas,
Andes), formando rios e lagos caudalosos. Na região dos grandes lagos
norte-americanos nascem o São Lourenço, com grande capacidade hidrelétrica e de
transporte, e o Hudson. O Mississippi, com 3.779km de extensão, recebe as águas
da vertente oriental das Rochosas (Missouri, Platte, Arkansas, Canadian,
Vermelho) e da vertente ocidental dos Apalaches (Ohio, Tennessee), o que
configura um leito navegável de várias centenas de quilômetros. O rio Bravo, ou
Grande do Norte, formado pela confluência dos rios Conchos e Pecos, constitui a
fronteira natural entre os Estados Unidos e o México. Nesse último país e na
América Central os rios são mais curtos. Destacam-se o Pánuco, o Papaloapan e o
Usumacinta, no México; o Motágua, na Guatemala; o Patuca, em Honduras o Coco,
na fronteira entre Honduras e Nicarágua e o Grande, na Nicarágua.
A vertente
oriental da América do Sul beneficia-se da altitude dos Andes e do regime
pluviométrico equatorial e tropical que domina a maior parte do território. O
Magdalena (Colômbia) e o Orinoco (Venezuela) são os principais rios do norte
desse subcontinente. Um pouco mais ao sul da linha do equador corre
o Amazonas, maior rio do mundo em volume d,água e que apresenta também a maior
bacia hidrográfica do planeta. Os rios Negro, Putumayo, Marañón, Purus,
Madeira, Tapajós e Xingu são seus principais afluentes.
O Parnaíba e o São Francisco constituem
os principais rios do planalto Brasileiro, juntamente com o Tocantins (que
desemboca no grande delta do Amazonas) e o Paraná, Paraguai e Uruguai, que
formam o amplo e profundo estuário do rio da Prata. O leito do Paraná-Paraguai
é navegável até Corrientes, onde os dois rios se unem. A cordilheira da
Patagônia dá origem ao Colorado, ao Negro e ao Chubut.
Ao contrário do que ocorre na vertente
atlântica, na costa do Pacífico poucos rios alcançam um caudal ou uma extensão
dignos de nota. Os mais importantes encontram-se na América do Norte: o Fraser,
no Canadá; o Columbia e seu afluente, o Snake, e o Colorado, que percorre o
Grande Canyon, nos Estados Unidos.
Os depósitos lacustres são muito
numerosos na América do Norte. No Canadá encontram-se os lagos glaciais do
Urso, dos Escravos, o Athabasca, o Wollaston, o Reindeer, o Southern Indian, o
Winnipeg e o Manitoba. Na fronteira entre o Canadá e os Estados Unidos
situam-se os cinco grandes lagos, denominados Superior, Michigan, Huron, Erie e
Ontario; em Utah (oeste dos Estados Unidos) encontra-se o Grande Lago Salgado.
No México destaca-se o lago de Chapala e na América Central os de Nicarágua e
Manágua, ambos na Nicarágua, e o de Gatún, no Panamá, atravessado pelo canal
que liga o Atlântico ao Pacífico. No planalto andino encontram-se os lagos mais
altos do mundo, o Titicaca (3.810m de altitude) e o Poopó (3.686m). Finalmente,
o lago Mar Chiquita, na Argentina, e a lagoa dos Patos, no sul do Brasil,
constituem as principais bacias interiores do cone sul do continente americano.
Principais Rios do Continente Americano
Rio
Amazonas
Com a nascente no Peru, passa pelo Brasil, desaguando no
oceano Atlântico. É o rio mais extenso do mundo e com maior volume de água, com mais de 6 mil
afluentes.
Rio
Mississípi
Nasce em Minnesota, passando pelos EUA e outras partes de
América e, por fim, lança suas águas no Golfo do México.
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Aula dia 29-04 – Geografia/Prof. Paulo
HISTÓRIA DA AMÉRICA
A História da América tem origens
distintas, que dependem do ponto de vista que se toma para realizar a narrativa
histórica. Do ponto de vista dos habitantes nativos do continente, essa origem
histórica está radicada há milhares de anos e foi contada, sobretudo, através
das fontes orais e pictográficas. Do ponto de vista dos ocupantes europeus,
essa história iniciou-se com a chegada dos primeiros navios à região, no final
do século XV.
A América pré-colombiana presenciou o
surgimento e desaparecimento de civilizações grandiosas, que deixaram um
importante legado cultural e arquitetônico, como foi comprovado pelas
civilizações maias, incas e astecas. Também os demais povos que habitaram e
ainda habitam as demais regiões da América do Sul, Central e do Norte deixaram
suas contribuições para a conformação das características da população desse
imenso continente. É necessário notar que o percurso histórico desses povos não
se fez sem contradições e sem divisões entre povos distintos e que no interior
dessas sociedades ocorreram guerras, conflitos e opressões.
Entretanto, a chegada dos europeus ao
continente a partir de 1492, quando Cristóvão Colombo atracou nas ilhas
caribenhas, transformou profundamente a configuração social, econômica, cultural
e ambiental da América e dos povos que a habitavam. Os primeiros impactos
ocorreram com a exploração econômica dos recursos naturais e da terra, como
também pelo genocídio de milhões de seres humanos. Os europeus trouxeram ainda
para o continente milhões de africanos escravizados, que com seu suor e sangue
foram utilizados para construir a sociedade americana atual.
Em poucas décadas muitas outras colônias
foram estabelecidas, se espalhando pelas ilhas do Caribe e ainda pela Flórida e
pelo Peru. Pouco depois Portugal estabeleceu colônia no Brasil, assim como a
Inglaterra colonizou as Honduras Britânicas (atual Belize) e a Jamaica.
A ocupação holandesa se fez presente na
Guiana e ainda em Curaçau, enquanto os franceses tomaram posse do Haiti, de
Guadalupe e da Martinica. A união do Novo e do Velho Mundo foi responsável por
uma mudança radical nos destinos da história de ambos.
O potencial de recursos naturais americanos
alterou significativamente os quadros econômicos da Europa. As doenças físicas
do Velho Mundo foram um dos fatores responsáveis pela dizimação da população
americana nativa. Por outro lado, os conquistadores europeus tornaram-se os
senhores das terras que outrora eram de posse dos povos Astecas, dos Maias além
de outros povos nativos.
Os espanhóis foram, sem dúvida, os
colonizadores mais atuantes.
Ao final do século XVIII, eles haviam
estabelecido colônias nas regiões onde atualmente estão as cidades de San
Francisco, Cidade do México e Los Angeles, além de Buenos Aires e Lima.
Muitos metais nobres foram enviados das
terras americanas para a Espanha, extraídos das minas americanas. Ao contrário
das colônias britânicas, que eram governadas por poderes representativos locais
desde o princípio, as colônias espanholas eram governadas a partir de Madri. A
Igreja Católica Romana desempenhou uma importante influência na colonização da
América.
Havia muitas catedrais católicas que foram
construídas nas diversas regiões da América Latina. Tal fato auxiliou na
criação de influências locais por parte da instituição religiosa. Os objetivos
da própria Companhia de Jesus, em sua criação, eram a expansão da fé (e da
ideologia) cristã através da catequização e doutrinação religiosa dos nativos.
O cumprimento de tais objetivos acarretava na
expansão dos domínios da igreja pelas colônias, além de facilitar as relações
de dominação entre o povo católico colonizador e o povo “gentio” colonizado.
Tipos de colonização da América
A América foi descoberta pelos europeus, após
esse acontecimento diversos países do velho continente se dirigiram para a nova
terra. O continente americano foi colonizado principalmente por portugueses,
ingleses, espanhóis, franceses e holandeses. Porém, o processo de colonização
aconteceu de forma distinta entre os países do continente.
Os países considerados latinos tiveram uma colonização de exploração, ou seja,
apenas forneciam riquezas oriundas da natureza (madeira, pedras preciosas,
entre outros) e cultivavam produtos tropicais (cana-de-açúcar, café, borracha,
entre outros). Em resultado a essa intensa exploração, os países latinos
herdaram desse período um grande atraso socioeconômico que reflete nos dias
atuais.
Por outro lado, os países que fazem parte da América Anglo-saxônica tiveram uma
colonização de povoamento. Isso quer dizer que o interesse da metrópole era
povoar e desenvolver o lugar. Nesse tipo de colonização a intenção não estava
ligada à exploração de riquezas com a finalidade de enviá-las para a metrópole,
e sim de abastecer os próprios habitantes. Em suma, as riquezas produzidas
permaneciam no país. Essa característica foi de fundamental importância para
que países como Estados Unidos e Canadá se tornassem grandes nações, sendo o
primeiro a maior potência mundial.
Diante das considerações apresentadas, fica claro que o fator determinante para
o desenvolvimento ou subdesenvolvimento dos países americanos está ligado a
fatos históricos. A forma de ocupação é raiz das condições atuais dos países do
continente.
As civilizações pré-colombianas
O processo de descoberta do
continente americano representou para os europeus o contato com um mosaico de
culturas bastante peculiar. Mais do que se encantaram com o passível exotismo
dos nativos, as tripulações do Velho Mundo deram de frente com civilizações
complexas. Muitas dessas sociedades conheciam a escrita, desenvolveram sistemas
matemáticos, possuíam calendários de enorme precisão e construíram centros
urbanos mais amplos que as cidades da Espanha.
Por volta do século VII, a
Cordilheira dos Andes foi palco do desenvolvimento das civilizações chimu,
tiahuanaco e huari. Quase quinhentos anos depois, a reunião desses povos que
ocupavam a região seria correspondente ao vasto Império Inca, administrado na
cidade de Cuzco. Antes da chegada dos espanhóis, os incas formaram um Estado de
caráter expansionista, que alcançou regiões que iam do Equador até o Chile, e
abrigava cerca de seis milhões de pessoas.
Na porção central do continente
americano, olmecas, toltecas, teotihuacanos, astecas e maias formaram
sociedades distintas. Os maias, entre os séculos III e XI, estabeleceram um
complexo de cidades-Estado que funcionavam de forma autônoma graças a um
eficiente sistema de servidão coletiva. Segundo informações, a civilização maia
teria congregado mais de dois milhões de habitantes. Quando chegaram à América,
os espanhóis encontraram boa parte desses centros urbanos abandonados.
A mais vistosa civilização
mesoamericana foi constituída pelos astecas, que conseguiram formar um império
que ia do sul da Guatemala, até a porção oeste do México. A capital
Tenochtitlán abrangia uma área de treze quilômetros quadrados e congregava uma
população composta por centenas de milhares de habitantes. As populações
vizinhas eram obrigadas a pagar vários impostos que garantiam a hegemonia
asteca.
Cada aldeia asteca era integrada por
diversas famílias, que utilizavam as terras férteis de forma coletiva. Uma
parcela considerável da produção agrícola dos aldeões era destinada ao Estado,
que distribuía o alimento recolhido para os funcionários públicos, os sacerdotes,
militares e a família do imperador. Do ponto de vista político, possuíam uma
monarquia centralizada nas mãos do Tlacatecuhtli, responsável pela condução da
política externa e dos exércitos.
Em termos gerais, percebemos que o
continente americano contava com uma ampla diversidade de culturas que se
desenvolveram de forma própria. Contrariando o ideal eurocêntrico do Velho
Mundo, as populações pré-colombianas estabeleceram relações sociais complexas,
criaram suas próprias instituições políticas e engendraram os seus saberes.
__________________________________
Aula dia 22-04 – Geografia/Prof. Paulo
AMÉRICA
América é o maior continente em
extensão norte–sul localizado no Hemisfério Ocidental e compreende uma
área total de 42.189.120 km2. O continente é habitado por cerca de 902.892.047
pessoas, e nele são faladas diversas línguas, como espanhol, inglês, português,
francês, neerlandês e línguas nativas. O continente é constituído por 35
países e 18 territórios independentes. Os países são banhados pelos oceanos
Atlântico e Pacífico.
Esse enorme território é dividido em
subcontinentes: América do Norte, América Central e América do Sul. Alguns
estudiosos e organizações, como a Organização das Nações Unidas (ONU), consideram apenas a
divisão em América do Norte e América do Sul, considerando que ambas são ligadas
por um istmo (estreita faixa de terra que liga duas áreas de maior extensão).
A América é o maior continente em área norte–sul.
Outra divisão da América é conhecida
como América Latina, uma região que corresponde aos países que
falam as línguas derivadas do latim, como o português e o espanhol.
Basicamente, a América Latina abrange a região dos países pertencentes à
América Central e à América do Sul colonizados pelos portugueses e espanhóis.
O continente americano era habitado por
nativos até a chegada dos europeus. Espanhóis, portugueses, holandeses,
franceses e outros povos do Velho Mundo colonizaram a América, e a miscigenação deles
com os povos nativos deu origem à população atual do continente. A independência dos
países da América do Norte iniciou-se por volta de 1776, já a da América Latina
iniciou-se no decorrer do século XIX.
Dados gerais
Continente: América
Gentílico: americano
Países: 35 países e 18 dependências
Extensão territorial: 42.189.120 km2
População: 902.892.047 habitantes
Maior país: Canadá (9.984.670 km2)
Menor país: São Cristóvão e Névis (261
km2)
Idiomas: inglês, espanhol, português,
francês, neerlandês e línguas nativas
Subcontinentes: América do Norte,
América Central e América do Sul
América do Norte
América do Norte é formada por três países e localiza-se
na parte setentrional do continente americano.
América do Norte foi inicialmente explorada pelos espanhóis,
por volta de 1942. Franceses e ingleses também colonizaram regiões desse
subcontinente, o qual se localiza em uma área de 24.709.000 km². Suas
fronteiras estão delimitadas, a leste, pelo oceano Atlântico, a oeste, pelo
Oceano Pacífico; já ao sul, estão ligadas à América Central, e ao norte, estão
ligadas ao Ártico.
Os países que formam o
subcontinente são: Canadá, que é o maior país do subcontinente; Estados Unidos; e México, que é o menor deles. Alguns territórios dependentes também
se encontram nele, ao todo são quatro dependências. Vivem nesse subcontinente
579.024.000 habitantes.
Os países da América do Norte fazem parte de
alguns acordos, como o Nafta, substituído em 2018 pelo USMCA (conhecido como Nafta 2.0) — um tratado de livre
comércio entre as nações.
América do Sul
América do Sul é formada por 12 países e está na parte
meridional do continente americano.
América do Sul é localizada em sua parte meridional.
Ela abrange uma área de 17.819.100 km2 e é habitada por cerca de 388
milhões de habitantes. O subcontinente é banhado pelo Oceano Atlântico, a
leste, e pelo Oceano Pacífico, a oeste. Ao norte está limitado pela América
Central, e, ao sul, pela Antártida.
O subcontinente era habitado por povos
nativos, sendo encontrado pelos portugueses por volta de 1498. Espanhóis e
portugueses exploraram as partes desse território, e, posteriormente, vieram
outros povos europeus, uma vez que os recursos naturais aqui encontrados atraíam os
colonizadores, fazendo do subcontinente, então, fonte de matéria-prima para a
Europa.
A América do Sul é formada por 12 países
e três dependências. Os países são: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru,
Suriname, Uruguai, Venezuela. A Guiana Francesa, apesar de estar na América do
Sul, é um território ultramarino francês. Os territórios dependentes são:
Aruba, Bonaire e Curaçao (Países Baixos), Ilhas Malvinas, Ilhas Geórgia e
Sandwich do Sul (Reino Unido).
América Central
América Central une os subcontinentes América do Norte e
América do Sul.
América Central é um subcontinente localizado entre a
América do Norte e a América do Sul, compreendendo, portanto, a faixa
central do continente americano. É formada por 20 países ístmicos e 16
dependências.
Os países são: Antígua e Barbuda; Bahamas;
Barbados; Belize; Costa Rica; Cuba; Dominica; El Salvador; Granada; Guatemala;
Haiti; Honduras; Jamaica; Nicarágua; Panamá; República Dominicana; Santa Lúcia;
São Cristóvão e Névis; São Vicente e Granadinas e Trinidad; e Tobago.
Esse subcontinente abrange uma área total de
742.204 km2 e é habitado por aproximadamente 92 milhões de habitantes.
Inicialmente era povoado por indígenas, e depois passou a ser explorado pelos
europeus no começo do século XVI. Os povos que habitam essa região falam
espanhol, inglês, neerlandês e papiamento, além de várias línguas nativas.
América Central está localizada
geograficamente em uma região de bastante instabilidade. Muitos países são
afetados por fenômenos naturais, como furacões e terremotos, os quais devastam muitas áreas e
dizimam milhares de pessoas. Ainda, alguns países convivem com os desastres
provocados por essas intempéries naturais e têm dificuldade em
reconstruírem-se.
América Latina
América Latina compreende a América Central e a América
do Sul (com exceção de Guiana, Suriname, Jamaica e Belize). Da América do
Norte, apenas o México faz parte da América Latina, que se estende por
21.069.501 km2. Os países que fazem parte dessa subdivisão falam línguas
que variam do latim, como o espanhol e o português. Nela vivem cerca
de 569 milhões de habitantes.
É uma região culturalmente
diversificada, considerando o número de línguas, etnias e tradições que
abrange. As nações, em sua maioria, são países em desenvolvimento, com exceção
do Haiti, que é o único território subdesenvolvido. Apesar dessas
apresentarem industrialização avançada, muitas vivem grandes instabilidades
econômicas. Seus índices de desenvolvimento humano não são altos,
indicando precariedade em suas politicas públicas.
A economia da América Latina é
baseada principalmente no setorprimário. O setor de comércio e serviços tem apresentado
crescimento e contribuído cada vez mais para o desenvolvimento econômico.
Atividades como extrativismo vegetal, agricultura, pecuária e extrativismo mineral destacam-se na maioria dos países.
Já em relação à indústria, especificamente, destacam-se Brasil, Argentina,
México e Chile.
Lista de países da América
Canadá América do Norte
Estados Unidos América do Norte
México América do Norte
Antígua e Barbuda América Central
Bahamas América Central
Barbados América Central
Belize América Central
Costa Rica América
Central
Cuba América Central
Dominica América Central
El Salvador América
Central
Granada América Central
Guatemala América
Central
Haiti América Central
Honduras América Central
Jamaica América Central
Nicarágua América Central
Panamá América Central
República Dominicana América Central
Santa Lúcia América
Central
São Cristóvão e Névis América Central
São Vicente e Granadinas América Central
Trinidad e Tobago América Central
Argentina América do Sul
Bolívia América do Sul
Brasil América do Sul
Chile América do Sul
Colômbia América do Sul
Equador América do Sul
Guiana América do Sul
Guiana Francesa América do Sul
Paraguai América do Sul
Peru América do Sul
Suriname América do Sul
Uruguai América do Sul
Venezuela América
do Sul
__________________________________ Aula dia 06-04 – Geografia/Prof. Paulo
DINÂMICA DA POPULAÇÃO MUNDIAL
O
estudo sobre a dinâmica populacional do mundo não é algo recente. Remonta-se a
um período anterior ao século XVIII, em que se formularam teorias sobre o
crescimento populacional utilizadas até os dias atuais. Cada uma dessas teorias
correspondia a uma visão de sociedade e do próprio movimento histórico que se
seguia. Embora houvesse essas distinções, todas as teorias formuladas até então
se preocupavam em explicar o crescimento da população e seus impactos sobre a
natureza e a organização da sociedade.
Assim,
para conseguir responder às duvidas sobre o futuro das sociedades o estudo
sobre a dinâmica populacional elencou três tipos de indicadores, que
funcionariam como padrões a serem analisados: mortalidade, natalidade e
fecundidade.
A
mortalidade é calculada a partir da relação entre o número de óbitos em um
determinado ano e a população total neste mesmo ano; a seguir, multiplica-se o
resultado por mil (para evitar excesso de decimais). Já a mortalidade infantil
é calculada a partir da multiplicação por mil do número de crianças, com menos
de um ano, que morreram em um determinado ano; a seguir, divide-se o resultado
pelo número de crianças nascidas vivas naquele mesmo ano.
Os
números oferecidos por estas equações matemáticas devem ser interpretados, ou
seja, obter somente o número não é revelador da situação em que a sociedade
está submetida. Por isso, alguns pensadores argumentam que a elevação dos
números relativos à mortalidade indicaria a superexploração do trabalhador, uma
vez que seria o reflexo da redução de salários e acesso à saúde e cuidados
básicos.
A
natalidade é calculada com base na multiplicação por mil do número de
nascimentos em um dado ano, dividindo-se o resultado pela população total no
ano e local considerados na análise. A fecundidade, por sua vez, relaciona o
número de crianças com menos de cinco anos ao número de mulheres em idade
reprodutiva (este dado varia conforme o país, podendo ser de 15 a 44 anos; 14 a
49 anos ou 20 a 44 anos).
A
taxa de fecundidade sofreu alterações com a consolidação da industrialização,
uma vez que as mulheres adentraram ao mercado de trabalho, demorando mais tempo
para engravidar e constituir família. Vale destacar que os índices de natalidade
também vem sofrendo reduções em função das melhores condições de vida de uma
parcela significativa da sociedade, como também, por causa de um novo
entendimento sobre o papel da família na contemporaneidade.
Conceitos fundamentais em dinâmica populacional
Em
dinâmica populacional, é importante que tenhamos definidos alguns termos de
maneira bastante clara. Segue abaixo algumas definições:
População:
definimos como população o conjunto de pessoas que residem em um mesmo
território. Como território, podemos entender as cidades, países, bairros como
territórios. A população pode ser classificada a partir do seu modo de vida. Ou
seja, os hábitos de uma população, como vivem, qual a idade, quais os lugares
que frequentam, relações econômicas, onde vivem, são informações úteis para
classificar uma população de um território. A esta classificação chamamos de
indicadores sociais.
Nação:
definimos nação como todo e qualquer grupo de pessoas que compartilham da mesma
história e da mesma cultura. Uma nação não está restrita a um território,
podendo estar presente em mais de um país.
Taxa de Natalidade (N): é
a relação entre o número de indivíduos que nascem em um determinado período de
tempo, dentro de um determinado território.
Taxa de mortalidade (M): é a
relação entre o número de óbitos em uma população no período de um ano.
Taxa de mortalidade infantil (Mi): relação
entre o número de crianças, com faixa etária até 12 meses, que vieram a falecer
versus a relação de crianças vivas com até 12 meses, no período de um ano.
Taxa de fecundidade: é a
relação entre o número de crianças com idade igual ou menor do que cinco anos
de idade pelo número de mulheres em idade reprodutiva de uma determinada
população. A idade considerada reprodutiva entre mulheres pode variar em cada
país. Alguns trabalham com uma faixa etária entre 15 e 44 anos de idade, outros
com a faixa etária entre 20 e 45 anos de idade.
Taxa de imigração:
número de indivíduos que chegam a uma determinada população, em um determinado
território.
Taxa de emigração:
número de indivíduos que deixam de viver em um determinado território,
pertencente a uma determinada população.
Densidade populacional: é a
relação entre o número de indivíduos de uma população e a área dentro do
território que eles ocupam.
Estes
conceitos nos apresentam os índices mais usados para o estudo da dinâmica
populacional.
Fatores que alteram o número de uma
determinada população:
·Taxa de natalidade, ou seja, o número de
indivíduos nascidos em um intervalo de tempo;
·Taxa de mortalidade, ou seja, número de
indivíduos falecidos em um intervalo de tempo;
·Taxa de imigração, que consiste no número de
indivíduos que chegam a uma população;
·Taxa de emigração, que remete ao número de
indivíduos que saem de uma população;
·Densidade populacional, por último, que nada
mais é do que a relação entre o número de indivíduos que fazem parte de uma
população e o espaço que é ocupado por eles.
FASES
DO CRESCIMENTO POPULACIONAL.
O crescimento populacional é marcado por fases de
crescimento. Em uma primeira fase, característica dos países subdesenvolvidos,
as taxas de natalidade e mortalidade são elevadas. Isso demonstra que o país
não dispõe de políticas públicas ligadas à saúde, uma vez que a população morre
com pouca idade e, sequer, oferece métodos contraceptivos à sua população, já
que as taxas de natalidade são altas. Nessa fase, a pirâmide populacional
apresenta base larga e topo fino.
Primeira fase: base larga e topo fino
Na segunda fase do crescimento populacional,
características dos países em desenvolvimento, como o Brasil, as taxas de
natalidades apresentam diminuição, mas as taxas de mortalidade permanecem
altas. Essas mudanças são reflexos de algumas situações:
- Entrada da mulher no mercado de trabalho, o que pressupõe planejamento
familiar;
- Urbanização crescente, pessoas migrando do campo em direção às cidades.
- Alto custo de vida nas cidades, famílias começam a reduzir sua prole dado os
gastos com a criação (escola, saúde, lazer, entre outros).
- Acesso à contraceptivos, que promovem o controle da natalidade.
- Nesta fase, por sua vez, a pirâmide é apresentada com uma base menor e o topo
pequeno, se assemelhando a uma coluna.
Segunda fase do crescimento populacional
A última fase do crescimento populacional é
caracterizada pelas baixas taxas de natalidade e mortalidade, situação
pertencente aos países desenvolvidos, sobretudo da Europa. Os países em
desenvolvimento e subdesenvolvidos ainda não alcançaram essa fase, estima-se
que o Brasil a alcance somente em 2050. Embora possa parecer que estas fases
representem etapas para “um país melhor”, países como a França e o Japão temem
pelo futuro de suas economias, uma vez que a oferta de força de trabalho tem se
reduzido drasticamente, aumentando, em contrapartida, os gastos com o sistema
previdenciário. Nesta fase, a pirâmide é invertida em relação à primeira fase,
pois apresenta topo largo e base muito estreita.
Última fase do crescimento populacional
Dessa maneira, por mais que o país tenha um gasto
menor com a população jovem (como por exemplo, educação), precisa se preocupar
com o envelhecimento de sua população adulta, o que vai gerar mais aposentados
e menos força de trabalho disponível, onerando o sistema previdenciário. Para
amenizar sua situação, o Japão passou a facilitar a entrada de imigrantes
descendentes de japoneses para trabalharem nos setor secundário e terciário de
sua economia. Esses imigrantes descendentes de japoneses ficaram conhecidos
como dekasséguis. Em
países europeus, como a França, a entrada de mão de obra estrangeira é
problemática, pois o país possui grupos xenofóbicos, que são contrários à
entrada de imigrantes, sobretudo àqueles vindos de países da África. Além da
França, os Estados Unidos também possui grupos contrários à entrada de
imigrantes, sobretudo àqueles vindos do México.
População x nação
É
importante que não se confunda o conceito de população com o de nação. Uma
população pode ter várias nações, assim como uma nação pode ter um ou mais
países. Uma nação é um conjunto de pessoas que compartilham de uma história e,
portanto, estão inseridas no mesmo panorama cultural.
Dinâmica populacional no Brasil
Aqui,
podemos observar que a população tem, constantemente, aumentado. Isso se deve
ao fato de que as questões médico-sanitárias tem melhorado muito e, além disso,
devido ao movimento migratório que aconteceu nos anos 60 e 70 da população
rural para a cidade. A qualidade de vida melhora, mas ainda assim há uma
diminuição na taxa de fecundidade que, acredita-se, ser decorrente da grande
participação da mulher no mercado de trabalho, junto a outros fatores. O número
de jovens, portanto, tem diminuído devido à taxa de fecundidade baixa, mas o
número de idosos tem aumentado devido às melhorias na qualidade de vida.
VÍDEO AULA
_________________________________________ AULA DIA
01-03 – GEOGRAFIA/PROF. PAULO
BLOCOS ECONÔMICOS
Os blocos
econômicos são associações de países que têm como objetivo estreitar e
privilegiar as relações comerciais e melhorar a economia entre si, além de
impulsionar as relações com outros blocos e países.
O
fim da Guerra Fria funcionou como um estímulo
para a regionalização da economia e a formação de blocos organizados a partir
de interesses comerciais. A disputa pela hegemonia passou a ser determinada
pela concorrência comercial, e o poder se multipolarizou entre vários blocos,
provocando uma nova organização mundial.
Os
países participantes desses blocos econômicos buscam fazer acordos regionais
para facilitar o fluxo de capitais, serviços e, sobretudo, de mercadorias.
A
livre circulação de pessoas tem ficado em segundo plano. Esses acordos visam,
fundamentalmente, ampliar os mercados para as empresas por meio da integração
dos países-membros.
HISTÓRICO
Verificou-se
na última década do século XX uma aceleração na formação de acordos
comerciais multilaterais, ao mesmo tempo que se consolidavam três
grandes mercados internacionais, sob hegemonia da União Europeia, do Nafta
e da Bacia do Pacífico. Dentro desses blocos despontam três nações – Estados
Unidos, Alemanha e Japão – como superpotências dominantes.
O
crescimento acelerado das organizações econômicas internacionais e seu fluxo
comercial crescente, segundo os neoliberais, indicam que o mundo caminha
rapidamente para uma maior liberdade de movimentação de capitais, bens e
pessoas.
Em
verdade, não é bem o que ocorre. Essas organizações estão abrindo suas
fronteiras internas, numa aparente atitude liberal, mas fecham mais do que
nunca suas fronteiras externas. A União Europeia e os Estados Unidos, por
exemplo, usam normalmente a prática de subsidiar a agricultura, limitar os
investimentos externos e impor cotas de importação, o que é, em verdade, uma
política protecionista sob comando do Estado, e não a abertura que os neoliberais
defendem.
Há
controvérsias sobre o peso e a importância das organizações supranacionais no
processo de globalização . Muitos estudiosos
apontam que a regionalização com a formação de organizações supranacionais é
uma tendência contrária à globalização.
Acreditam
que os blocos econômicos formam espaços geográficos fechados, dificultando a
integração com o resto do mundo. Outros defendem que a regionalização é um
primeiro passo em direção à globalização. A derrubada de fronteiras comerciais
numa região, mesmo que pequena, é um primeiro passo no sentido de organizar a
economia para a concorrência mais ampla, para uma futura inserção na economia
globalizada.
TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS:
Dependendo
do grau de integração, é possível definir quatro tipos de blocos: zona de livre
comércio, união aduaneira, mercado comum e união econômica e monetária.
Zona de livre
comércio –
Caracteriza-se pela livre circulação de bens e serviços, isto é, não há pagamento
de impostos sobre a circulação de produtos.
A Organização
Mundial do Comércio (OMC) define que uma área de livre comércio
só se constitui quando 85% do comércio é livre. Cada país estabelece o imposto
de importação para os países não signatários do acordo e também as
regras para o trânsito de capitais, serviços e pessoas. Exemplo: Nafta.
União
aduaneira –
Tem as mesmas características das áreas de livre comércio, sendo que os países
participantes adotam também tarifas externas comuns, ou seja, importam produtos
e serviços de terceiros com tarifas iguais. Exemplo: Mercosul.
Mercado comum – Caracteriza-se pela
livre circulação dos produtos (bens e serviços), capital e mão de obra e
alíquota de importação comum para produtos de países não membros do bloco.
O
único bloco desse tipo é a União Europeia, em que também houve uma
padronização dos impostos pagos pela população e pelas empresas e de muitas
leis civis, trabalhistas, sociais e ambientais. Foram criados órgãos
supranacionais, como a Comissão Europeia, órgão executivo do bloco, e o Parlamento
Europeu, órgão legislativo.
União econômica e
monetária – Trata-
se de um mercado comum, com política macroeconômica e de juros uni cada e moeda
única. Sistemas bancários e financeiros completamente homogeneizados, área
comum de atuação profissional. Exemplo: União Europeia, embora nem todos os
países membros tenham adotado a moeda única (Euro). A Suíça continua
usando o franco suíço.
A
maioria dos blocos econômicos foi criada no início dos anos 1990, coincidindo
com a emergência da globalização, a consequente intensificação dos fluxos e o
acirramento da competição global entre as grandes corporações.
Isso
comprova que a regionalização e globalização não são fenômenos antagônicos, e sim
complementares. Ambos buscam ampliar mercados para as empresas.
REGIONALIZAÇÃO NORTE-SUL
A regionalização
norte-sul foi elaborada para designar a atual conjuntura socioeconômica
internacional, em substituição à antiga divisão do mundo em países de 1º, 2º e
3º mundo.
Nessa
antiga divisão, o 1º mundo era composto pelas nações capitalistas
desenvolvidas, caracterizadas pelo elevado PIB e pelas melhores condições de
vida das populações; o 2º mundo era composto pelas nações socialistas,
alinhadas à União Soviética e que se caracterizavam pelo alto grau de
estatização de sua economia; já o 3º mundo era formado pelas nações
subdesenvolvidas, em especial aqueles países que se declaravam como “não
alinhados”, ou seja, que não tomavam partido em favor de nenhum dos dois
grandes polos mundiais: EUA e URSS.
Com
o fim do segundo mundo e os sucessivos processos de independência da África,
que culminaram no aparecimento de novas nações extremamente pobres, a divisão
entre os três mundos tornou-se obsoleta.
Considerando
que a maior parte dos países subdesenvolvidos se encontra no sul e os
desenvolvidos, no norte, criou-se a divisão norte-sul. Entretanto, conforme
podemos observar no mapa abaixo, essa divisão não representa a divisão do mundo
conforme o ordenamento cartográfico dos hemisférios norte e sul.
A regionalização do mundo entre os
países do Norte desenvolvido (azul) e do Sul subdesenvolvido (vermelho)
Os países do
Norte são
caracterizados pelo elevado Produto Interno Bruto (PIB) e pelas condições
históricas de poder e acúmulo de riquezas. São representados, em geral, pelos
Estados Unidos, União Europeia e Japão. Apesar das boas condições econômicas,
nesses países também existem desigualdades sociais e pessoas em condições de
acentuada pobreza.
Os países do sul apresentam as
maiores taxas de pobreza, violência e problemas sociais do planeta. Sua
situação de dependência econômica se deve aos processos de colonização,
imperialismo e neocolonização impostos pelas nações consideradas desenvolvidas.
Entre os países do sul, existem aqueles países chamados “emergentes” ou em
desenvolvimento, são os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul),
os Tigres Asiáticos e o México.
VÍDEO AULA
____________________________________ AULA DIA 25-03 – GEOGRAFIA/PROF. PAULO
Ordem
mundial da Guerra-fria
Para entender a ordem mundial atual, é
necessário recordar a velha ordem mundial no período de 1945 a 1989, marcada
pela Guerra Fria entre
o socialismo soviético e o capitalismo estadunidense, sendo o mundo bipolar ou
dualista. Nessa ordem, a divisão do mundo era:
Países do Primeiro Mundo ou
desenvolvidos: marcados pela industrialização clássica (Primeira e Segunda
Revoluções Industriais) e por elevado nível de vida, com baixas taxas de
natalidade e mortalidade. Exemplos: EUA, Japão, Alemanha Ocidental, …
Países do Segundo Mundo ou
socialistas planificados: marcados pelo controle estatal na economia e por
regimes autoritários. Exemplos: União Soviética, Cuba, Polônia, China, Alemanha
Oriental…
Países do Terceiro Mundo ou
subdesenvolvidos: marcados pela colonização de exploração no início do
capitalismo, predominando elevadas taxas de natalidade e mortalidade. Exemplos:
Brasil, Paraguai, África do Sul, Índia, Arábia Saudita…
Ordem
mundial pós Guerra-fria
Para
entender o mundo moderno e prever as tendências econômicas, é importante
aprofundar o conhecimento sobre as características principais dessa nova ordem.
Esses
acontecimentos cruciais ao Segundo Mundo representaram o momento de transição
do socialismo real (representado
pelo Estado totalitário e pela economia planificada) para a economia capitalista em
quase todos os países socialistas. Desaparece, portanto, a estrutura bipolar da
ordem da Guerra Fria e inicia-se uma nova ordem sob a hegemonia do capitalismo.
Nesse
mundo pós-Guerra fria, surge uma famosa polêmica: mundo monopolar ou
multipolar. Observando a charge, o tio Sam, símbolo do american way of life, reforça a polêmica:
A
ordem pós-Guerra fria é monopolar para
aqueles que acreditam na supremacia militar, ou seja, os EUA como superpotência
militar única e, portanto, hegemônica. A argumentação ganhou reforço após os
atentados de 11 de setembro de 2001, quando os EUA atacaram o Afeganistão
(2001/2002) e o Iraque (2003), alegando uma ofensiva contra o terrorismo
mundial (“eixo do mal”).
Para a
maioria dos intelectuais, a ordem pós-Guerra fria é multipolar, tomando
como referencial o fator econômico, enfatizando três grandes centros de poder:
EUA, Japão e União Europeia. A argumentação reforça-se com o aumento da
participação da China no comércio mundial.
Observa-se,
pelo mapa abaixo, a nova divisão do mundo em Norte rico e Sul pobre.
O mapa mostra uma proposta de divisão
do mundo de acordo com a Nova Ordem
Mundial: o Norte,
formado pelos países ricos ou desenvolvidos, e o Sul, composto de nações pobres ou
subdesenvolvidas.
Essa
proposta não obedece a um critério de posição geográfica, pois,
cartograficamente, a divisão em hemisférios, feita pela linha do Equador, não é
levada em conta.
O bloco Norte caracteriza-se
pela predominância de países industrializados, com elevada urbanização, elevado
produto interno bruto e boas condições de vida da população.
Já o bloco Sul seria
composto de nações mais pobres, em sua maior parte não-industrializadas, com
baixa urbanização e base econômica agro mineradora. Dentro desse grupo, podemos
destacar algumas subdivisões, isto é, países industrializados, países agro
mineradores e países marginalizados ou excluídos.