GEOGRAFIA
A Geografia é a ciência que estuda o espaço
geográfico e a relação entre a sociedade e o meio. É no espaço geográfico que
se estabelecem as relações humanas.
Geografia é, atualmente, a ciência que
possui como objeto de estudo o espaço geográfico, espaço esse que é palco da
dinâmica social, ou seja, das relações entre o homem e o meio. Em linhas
gerais, a Geografia possibilita uma análise crítica da relação entre a
sociedade e a natureza e, consequentemente, da produção do espaço geográfico.
O que a Geografia estuda?
A Geografia é a ciência que estuda o espaço
geográfico e as relações entre homem e meio que nele se estabelecem, como já
salientado. O espaço geográfico encontra-se em constante transformação pelo
homem. Vale ressaltar que é complicado limitar o que a Geografia estuda ou não,
por ser uma ciência horizontal cujo campo de estudo é bastante amplo, mantendo
relações com diversas outras disciplinas, transcendendo então o seu próprio
saber.
É necessário também lembrar que a definição
acerca do objeto de estudo da Geografia não é unânime entre os geógrafos. Essa
ciência sofreu inúmeras transformações ao longo dos anos, impossibilitando que
haja um consenso entre os estudiosos da área. Mas o que se sabe é que a
Geografia é um estudo categorial, ou seja, compreende conceitos que definem a
sua orientação, como o conceito de lugar, paisagem, região e território.
Qual o
significado de Geografia?
Origem
|
Grega
|
Etimologia
|
“geo” = Terra e “grafia” = descrição
|
Definição
|
Era compreendida como um campo do
conhecimento que descrevia os fenômenos que ocorrem na superfície terrestre.
|
Geografia como ciência
A Geografia sofreu inúmeras mudanças ao longo
do seu processo de construção como ciência. Muitas dessas mudanças estão
relacionadas a correntes filosóficas e aos processos históricos vividos pela
sociedade.
Esse processo de construção da ciência
geográfica permeou os conceitos-chaves que compreendem a disciplina. São eles:
Espaço
|
Lugar
|
Paisagem
|
Região
|
Território
|
Esses conceitos-chaves, ao longo dos anos,
foram objetos de estudo da Geografia. A Geografia
Tradicional (1870-1950), por exemplo, privilegiava o conceito
de paisagem e região como chave para o estudo da disciplina. Já
na Nova Geografia (anos 50, período pós-guerra), o conceito-chave que
passou a orientar os estudos geográficos foi o espaço.
Nesse período, a Geografia ainda não havia
assumido um caráter crítico, portanto não se atinha aos problemas sociais.
Surgiu, então, a Geografia Crítica, na qual se acredita que os geógrafos
precisam engajar-se politicamente sem se desvincular da produção científica.
Assim, o conceito-chave espaço passa a ser observado como meio social.
Nesse momento, surgiram também as correntes
da Geografia conhecidas como humanista e cultural. Ambas apresentaram um novo
conceito de espaço. Agora, o espaço é vivido, destacando-se nele as
experiências e os aspectos subjetivos, por isso foi mudado também o
conceito-chave. Lugar agora é o objeto de estudo da Geografia. O
lugar, nesse sentido, representa a subjetividade, o cotidiano, a relação entre
a sociedade e o meio, o então chamado espaço geográfico.
Ramos da ciência geográfica
A Geografia divide-se em alguns ramos.
Contudo, é válido ressaltar que essa ciência não deve ser estudada de forma
fragmentada, visto que as relações entre o homem e o meio são indissociáveis.
Os ramos da Geografia apenas norteiam os estudos para facilitar a compreensão
dos fenômenos, sejam físicos, sejam sociais.
As duas frentes principais da Geografia são:
→ Geografia Humana
Promove o estudo da interação entre a
sociedade e o espaço, abrangendo aspectos políticos, socioeconômicos e culturais.
A Geografia Humana subdivide-se em ramos, como:
1) Geografia
Urbana: é o ramo da Geografia que estuda os espaços
urbanos, os fenômenos como a urbanização, a dinâmica das cidades, os problemas
nos grandes centros, bem como as relações do ser humano com esse espaço.
2) Demografia: é o ramo da Geografia que estuda a dinâmica
populacional. Por meio de análises de índices demográficos, dados e
estatísticas, é possível analisar a população de diferentes lugares e entender
as características da sociedade.
3) Geografia
Econômica: é o ramo da Geografia que estuda as
atividades econômicas distribuídas no mundo todo. A Geografia Econômica analisa
os setores da economia, as atividades industriais, comerciais e agropecuárias.
4)
Geografia Política: estuda a distribuição e organização espacial
dos fenômenos políticos.
→ Geografia Física
Promove o estudo da dinâmica da Terra, dos
fenômenos que ocorrem na superfície terrestre. A Geografia Física subdivide-se
em ramos, como:
1) Climatologia: é o ramo da Geografia que estuda o clima e os
padrões de comportamento da atmosfera. Por meio de fatores e elementos
climáticos, é possível fazer uma análise dos climas no mundo todo.
2) Geomorfologia:
é o ramo da Geografia que estuda as formas da
superfície da Terra, ou seja, as paisagens. A Geomorfologia estuda aspectos
como relevo, dinâmicas da litosfera e fenômenos geológicos.
3) Geografia
Ambiental: é o ramo da Geografia que estuda as
consequências das ações do homem sobre o meio ambiente, como as mudanças climáticas, o
desmatamento, a poluição, entre outras.
Geografia Regional
Estuda as regiões da Terra, de forma
descritiva, a fim de entender as características e particularidades de cada uma
delas.
Qual a importância da Geografia?
É primordial compreender a natureza das
relações sociais e das relações entre o ser humano e o meio. É por meio delas
que conseguimos analisar a dinâmica do mundo, dos povos e dos processos
históricos que os influenciam.
A Geografia possibilita compreender não só as
relações sociais mas também os fenômenos que ocorrem na superfície terrestre e
como esses fenômenos afetam a população. Por meio dessa compreensão, podemos
observar as diferenças entre os povos, sua localização, suas diferenças
sociais, econômicas e políticas.
A ciência geográfica permite também analisar
a relação entre o homem e o meio, observando como se dá o uso dos recursos
naturais e como esse uso impacta positiva ou negativamente o meio ambiente. Tal
análise permite também propor alternativas para preservar a natureza e
impactá-la minimamente. Essa compreensão do espaço geográfico e das alterações
provocadas pelo ser humano facilita a compreensão e um olhar crítico para
analisarmos a nossa própria existência, permitindo visualizar situações futuras
e a resolução de problemas.