A escolha do seu cantinho de estudos é muito importante! Encontre um lugar de sua casa em que a chance de distrações seja a menor possível. Um ambiente iluminado e silencioso é o ideal para se concentrar nos estudos. Pode ser em seu quarto, na área, sala, mas de preferência a um local que os moradores da casa não circulem com frequência para não tirar a sua concentração.
2- Não fique de pijama Se você deseja manter o ritmo dos estudos, nada de ficar de pijama o dia todo!
Estar de pijama é garantia de que vai dar vontade de se encostar na cama e tirar um cochilo no meio da manhã/tarde. E o que era para ser apenas um rápido descanso de 20 minutos, pode virar duas ou três horas de sono. E a preguiça depois? Com certeza você vai acordar se perguntando: por que eu fiz isso?
Levante, tome café e troque roupa. O seu dia será mais produtivo assim!
3- Estabeleça horários fixos
Vamos pensar na sua vida como estudante: durante o ano letivo, sua escola não começa as aulas na segunda-feira, ela segue horários fixos para o início e para o fim das atividades, além de pausas preestabelecidas para o descanso dos alunos.
É bem provável que você ache essa rotina um tédio, mas os educadores sabem que o seu corpo precisa de hábitos para ter um funcionamento adequado e apresentar um bom rendimento.
Para estudar em casa, você também precisa manter essa disciplina. Crie horários fixos durante a semana para começar — e terminar — os seus estudos. Se em um determinado dia, você precisar mudar os seus horários para realizar outras atividades, volte à rotina normal no dia seguinte. Esses hábitos te ajudarão a disciplinar o seu corpo e a sua mente sem sacrifícios.
4- Desenvolva um cronograma de estudos
Por mais que a nossa casa não seja uma instituição de ensino, ter um cronograma de estudos, com rotina definida e uma boa organização daquilo que precisará ser estudado ao longo das semanas, é crucial para que você não procrastine os seus estudos quando estiver em casa.
Você pode dividir as matérias a serem estudadas de acordo com o horário de aulas preestabelecidos assim, fica mais fácil criar metas de leitura, realizar exercícios e se preparar com qualidade sem deixar tudo para a última hora, já que estudar requer concentração e disposição do aluno.
5- Entenda o que funciona para você
É importante que você preste atenção em si mesmo e em como você se sente enquanto estuda em casa para entender o que funciona para você. Porque a disciplina de estudar em casa é algo pessoal, e cabe a cada um descobrir, além dessas orientações gerais, qual é a maneira mais adequada para ela criar sua disciplina de estudos. Para cada pessoa existe um jeito, estudar em casa exige mais autoconhecimento para entender o que funciona melhor para você, o que funciona para uma pessoa é justamente o oposto do que funciona para a outra.
6-Tenha paciência/ Peça ajuda
A experiência de aulas não presenciais, na forma como está sendo imposta ao cenário brasileiro devido à crise do Covid-19, exigirá de paciência dos alunos com os imprevistos. Você precisará se adaptar e nem sempre é fácil para quem passou a vida inteira frequentando o ensino presencial, se você sentir dificuldade com a nova metodologia, sentir que não está entendendo ou não está conseguindo utilizar os recursos adequadamente, peça ajuda ao seu professor, coordenador. Muitas escolas estão fazendo o possível para garantir ferramentas, mas sem ao menos terem tempo hábil de testá-las ou capacitar as pessoas para seu uso. Sem falar que muitas vezes a tecnologia nos deixa na mão, então seja resiliente nesta hora.
7- Separe o material necessário
Deixe ao seu alcance somente o essencial para o estudo como lápis, borracha, canetas, marcadores, blocos de anotações, caderno e livros. Ter o material próximo evita a necessidade de para a todo momento as atividades para buscar algo e diminui a possibilidade de distrações.
8- Assista vídeo aulas / Use a internet a seu favor
Assista vídeo aulas para complementar o conteúdo o conteúdo estudado e ter uma variedade de explicações variadas para encontrar a linguagem que você entenda com nitidez. Mas sabemos que a realidade de muitos estudantes é diferente e nem todos têm suporte on-line para o período sem aulas presenciais, se for seu caso use os livros impressos e tenha foco.
A internet é a principal aliada do estudante que está em casa. O conteúdo on-line permite ao aluno procurar diferentes fontes de informação e complementar o que há nos livros didáticos de sua escola.
Tenha cuidado com as distrações na WEB
Não há dúvidas a internet é um importante aliado na sua rotina de estudos. Graças a ela, você tem acesso a qualquer informação à distância de um clique, não precisa mais carregar dezenas de livros da biblioteca para casa e pode até assistir aulas no YouTube.
O problema é usar a internet como uma desculpa para perder horas atualizando as suas redes sociais ou em sites que não estão ligados ao que é relevante para os seus estudos naquele momento.
Sobretudo o estudante que está em casa e pela qual tem a flexibilidade na realização de atividades e tarefas, pode haver uma série de deslizes, já que tende a procrastinar enquanto navega por outros sites ou quando desperdiça horas nas redes sociais, deixando as responsabilidades em 2º plano.
O ideal é que, antes de começar a estudar em casa, você separe uma lista do que precisa consultar para os estudos.
Dessa forma, procure organizar um cronograma de estudos e segui-lo com seriedade, reservando as horas certas do seu dia para se dedicar aos seus estudos e evitar perdas em sua aprendizagem.
Se não for usar desligue o smartphone e a TV e só utilize o computador para pesquisas extremamente necessárias. Durante as horas em que precisa se concentrar não se esqueça de avisar à sua família que aquele é o seu horário de estudos e que você não deve ser incomodado.
9- Estabeleça metas a serem cumpridas
Esse hábito ajuda a manter a organização e serve como motivação. Quando você completa suas metas, se sente movido a seguir estudando mais e mais.
O importante é que essas metas sejam realistas à sua rotina e às suas limitações. Não adianta tentar estudar 12 horas por dia se você não consegue se manter concentrado nem por 2 horas.
E, se perceber que o seu plano não está apresentando rendimentos, mude-o. Observe quais são as suas principais dificuldades e tente adaptá-lo de uma forma que você consiga superá-las e cumprir os seus objetivos de forma realmente produtiva.
10- Mantenha-se motivado e desenvolva a autonomia
Para cumprir as metas estabelecidas, manter-se motivado é crucial para que, ao longo dos dias, você não desista daquilo que estabeleceu cumprir.
Não adianta chegar do trabalho ou da escola depois de um dia cansativo e partir diretamente para os livros. Mesmo que você se dedique por horas e horas ao estudo, dificilmente conseguirá absorver aquele conteúdo se não estiver motivado.
Antes de começar, tome um banho, coma algo leve e se dedique inteiramente ao que estiver fazendo.
E o mais importante: não deixe de estudar. Até mesmo nos dias em que a sua motivação não ajudar, se dedique a fazer uma revisão de determinado conteúdo ou à leitura de textos mais leves. Motivação não é apenas um estado de espírito, e sim um hábito.
Outro fator de destaque e a autonomia que é uma característica muito importante a ser desenvolvida por quem decide estudar em casa.
Ela ajuda a manter o estudante esforçado, curioso e em constante aperfeiçoamento, seja por meio da busca exaustiva pelo conhecimento ou pela interação professores e colegas que estejam inseridos em seu processo de aprendizagem.
Dessa forma, habitue-se a tirar as suas dúvidas, busque realizar com excelência as atividades às quais se propuser e vá além do conhecimento oferecido pelos materiais que tiver em mãos, aprofundando sempre mais os seus estudos em prol do seu objetivo.
Afinal, o que definirá o sucesso do estudante é o seu grau de comprometimento com a sua formação.
Sucesso a todos!
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AULA DIA 01-06-GEOGRAFIA/PROF. PAULO
RELEVO
BRASILEIRO
O relevo
brasileiro é caraterizado por baixas e médias altitudes. As formas de
relevo predominantes são os planaltos e as depressões (formações
de origem cristalina e sedimentar).
Ambos
ocupam cerca de 95% do território, enquanto as planícies, de origem sedimentar,
ocupam aproximadamente 5%.
Assim,
cerca de 60 % do território é formado por bacias sedimentares, enquanto cerca
40% por escudos cristalinos.
História
Primeiramente,
lembre-se que o relevo constitui as formas da superfície terrestre, formados
pela movimentação das placas tectônicas, vulcanismo. São estruturas decorrentes
de fatores internos e externos à crosta terrestre.
No
começo da década de 90, o geógrafo e professor brasileiro Jurandyr Ross, propôs
a mais nova sistematização do relevo brasileiro.
Segundo
ele, o país reúne 28 unidades de relevo, classificado de acordo com suas
três formas principais: planalto, planície e depressão.
Contudo,
a primeira classificação do relevo brasileiro foi proposta pelo geógrafo
brasileiro Aroldo Azevedo (1910-1974), em 1949, baseada na altimetria do
território. Era dividido em planícies e planaltos, formada por 8 unidades de
relevo.
Por
conseguinte, no final dos anos 50, Aziz Nacib Ab'Saber (1924-2012) enfocou nos
processos de erosão e sedimentação que classificam as planícies e os planaltos
do Brasil.
Classificação
do Relevo
O relevo
brasileiro tem formação antiga e resulta, principalmente, da sucessão de
ciclos climáticos e da ação das forças internas da Terra, como a movimentação
das placas tectônicas, as falhas e o vulcanismo.
Existem
diferentes classificações do relevo brasileiro, cada uma obedecendo a um
critério. Entre as mais conhecidas estão a realizada em 1940 pelo professor
Aroldo Azevedo, que utilizou como critério o nível altimétrico. Na década de
1950, o professor Aziz Ab´Saber apresentou uma nova classificação, baseando no
processo de erosão e sedimentação. A mais recente classificação do relevo
brasileiro é de 1995, elaborada pelo professor do departamento de geografia da
Universidade de São Paulo (USP), Jurandyr Ross. Seu trabalho tem como
referência o projeto Radambrasil, um levantamento realizado no território brasileiro,
entre 1970 e 1985, com um equipamento espacial de radar instalado em avião.
Ross considera 28 unidades de relevo, divididas em planaltos, planícies e
depressões.
Planaltos –
São formas de relevo elevadas, com altitudes superiores a 300 metros. Podem ser
encontradas em qualquer tipo de estrutura geológica. Nas bacias sedimentares,
os planaltos caracterizam-se pela formação de escarpas em áreas de fronteira
com as depressões. Formam também as chapadas, extensas superfícies planas de
grande altitude. Com 2.995,30 metros, o pico da Neblina é o ponto mais
alto do relevo brasileiro.
Depressões –
São áreas rebaixadas em consequência da erosão, que se formam entre as bacias
sedimentares e os escudos cristalinos. Algumas das depressões localizadas às
margens de bacias sedimentares são chamadas depressões marginais ou
periféricas. Elas estão presentes em grande número no território brasileiro e
são de variados tipos, como a depressão da Amazônia Ocidental (terrenos em
torno de 200 metros de altitude).
Planícies –
São unidades de relevo geologicamente muito recentes. É uma superfície
extremamente plana, sua formação ocorre em virtude da sucessiva
deposição de material de origem marinha, lacustre ou fluvial em áreas
planas. Normalmente, estão localizadas próximas do litoral ou dos cursos dos
grandes rios e lagoas, como as planícies da lagoa dos Patos e da lagoa Mirim,
no litoral do Rio Grande do Sul.
Planaltos do
Brasil
Monte
Roraima
No
território brasileiro há um predomínio de planaltos. Esse tipo de relevo ocupa
cerca de 5.000.00 km2 da área total do país, do qual as formas mais comuns
são os picos, serras, colinas, morros e chapadas.
De
maneira geral, o planalto brasileiro é dividido em planalto meridional, planalto
central e planalto atlântico:
Planalto
Central
O planalto central está
localizado nos Estados de Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Mato Grosso e Mato
Grosso do Sul.
O
local possui grande potencial elétrico com presença de muitos rios, donde se
destacam os rios São Francisco, Araguaia e Tocantins.
Além
disso, há o predomínio de vegetação do cerrado. Seu ponto de maior altitude é
a Chapada dos Veadeiros, localizada no estado de Goiás e com altitudes que
variam de 600 m a 1650 m.
Planalto
das Guianas
Localizado
nos estados do Amazonas, Pará, Roraima e Amapá, o planalto das guianas é uma
das formações geológicas mais antigas do planeta.
Ele
se estende também pelos países vizinhos: Venezuela, Colômbia, Guiana, Suriname
e Guiana Francesa.
Formado
em sua maioria, por vegetação tropical (Floresta Amazônica) e serras. É aqui
que se encontra o ponto mais alto do relevo brasileiro, ou seja, o Pico da
Neblina com cerca de 3.000 metros de altitude, localizado na Serra do
Imeri, no Estado do Amazonas.
Planalto
Brasileiro
Formado
pelo Planalto Central, Planalto Meridional, Planalto Nordestino, Serras e
Planaltos do Leste e Sudeste, Planaltos do Maranhão-Piauí e Planalto
Uruguaio-Rio-Grandense.
O
ponto mais alto do planalto brasileiro é o Pico da Bandeira com cerca
de 2.900 metros, localizado nos estados do Espírito Santo e de Minas Gerais, na
serra do Caparaó.
Planalto
Meridional
Localizado,
em sua grande maioria, no sul do país, o planalto meridional estende-se também
pelas regiões do centro-oeste e sudeste no Brasil.
Seu
ponto mais alto é Serra Geral do Paraná presente nos estados do Rio
Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
É
dividido em: planalto arenito-basáltico, os quais formam as serras (cuestas) e
a depressão periférica, caracterizada por altitudes menos elevadas.
Planalto
Nordestino
Localizado
na região nordeste do país, esse planalto possuem a presença de chapadas e
serras cristalinas, donde destaca-se a Serra da Borborema.
Ela
está localizada nos Estados de Alagoas, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte,
com altitude máxima de 1260 m.
Os
picos mais elevados na Serra ou Planalto da
Borborema é o Pico do Papagaio (1260 m) e o Pico do Jabre (1200 m).
Serras
e Planaltos do Leste e do Sudeste
É
conhecido pela denominação “mar de morros”. Envolve grande parte do planalto
atlântico, no litoral do país, as serras e os planaltos do leste e do sudeste.
Abrangem
os estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Rio de
Janeiro, Espírito Santo e Bahia.
Destacam-se
a Serra da Canastra, Serra do Mar e Serra da Mantiqueira.
Planalto
do Maranhão-Piauí
Também
chamado de planalto meio-norte, esse planalto está localizado nos estados do
Maranhão, Piauí e Ceará.
Planalto
Dissecado de Sudeste (Escudo Sul-rio-grandense)
Localizado
no estado do Rio Grande do Sul, o escudo sul-rio-grandense apresenta elevações
de até 550 metros, o qual caracteriza o conjunto de serras do estado.
Um
dos pontos mais altos é o Cerro do Sandin, com 510 metros de altitude.
Planícies do
Brasil
Planície
do Pantanal
As
planícies do Brasil ocupam cerca de 3.000.000 km2 de todo o território,
sendo as principais:
Planície
Amazônica
Localizada
no estado de Rondônia, esse tipo de relevo caracteriza a maior área de terras
baixas no Brasil. As formas mais recorrentes são a região de várzeas, terraços
fluviais (tesos) e baixo planalto.
Planície
do Pantanal
Situada
nos estados no Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, a planície do pantanal é um
terreno propenso às inundações. Portanto, ele é marcado por diversas regiões
pantanosas.
Lembre-se
que o Pantanal é a maior planície inundável do mundo.
Planície
Litorânea
Também
chamada de planície costeira, a planície litorânea é uma faixa de terra situada
na região costeira do litoral brasileiro, que possui aproximadamente 600 km.
Relevo corresponde às diferentes formas da
superfície terrestre ou litosfera. Há variadas formas de relevo:
com menor ou maior altitude, com formas planas, acidentadas, côncavas ou
íngremes. Os distintos formatos presentes na crosta terrestre são resultado de
agentes transformadores e modeladores do relevo.
Altitude é a distância vertical entre um
ponto da superfície terrestre e o nível do mar. É diferente de altura que
a distância entre a base e o topo do objeto em apreciação.
O que dá origem e o que modifica as formas de relevo?
São dois tipos de agentes:
Agentes endógenos ou internos – são ocasionados pela dinâmica interna do planeta
Terra: movimentações tectônicas, abalos sísmicos e vulcanismo.
Agentes exógenos ou externos – são os agentes modeladores do relevo – provocam
erosão, desgaste e acomodação por meio do intemperismo: precipitações como
chuvas, neve e granizo, oscilações de
temperatura e pressão atmosférica, o
vento e os seres vivos, em especial os
humanos.
Relevo continental
Algumas das diversas formas de relevo continental e
outros aspectos do relevo. Ilustração
Vejamos a seguir as principais formas do relevo das
terras emersas de nosso planeta:
Planície
As planícies, são formas de relevo
relativamente planas ou suavemente onduladas e que se localizam em baixas
altitudes, ou seja, pouca acima do nível do mar. Têm em geral, origem
sedimentar, recebem ou receberam grande quantidade de material erodido das
áreas próximas, com altitude mais elevadas. São essencialmente áreas de
deposição, onde os processos de erosão são menos significativos que os de
sedimentação.
Quando a planície é formada pela deposição de
sedimentos trazidos pelas águas dos rios, é chamada de planície fluvial.
Já se as águas oceânicas são as responsáveis pelo processo de sedimentação,
temos então a planície marítima ou planície costeira.
Planícies pelo mundo
Centro-americana, localizada na porção
central dos Estados Unidos e Canadá;
Amazônica, situada na porção norte do Brasil,
é um tipo de planície fluvial;
Grande Planície Europeia, situada na porção
central da Europa, abrange a maior parte do continente;
Como o próprio nome indica, os planaltos são
superfícies de relevo plano e mais alto que as planícies,
com altitude, em média, superior a 300 metros em relação às áreas ao seu redor.
Os limites dos planaltos são marcados por escarpas íngremes. O planalto é uma
forma de relevo, ao contrário da planície, em que os processos de erosão superam os de deposição ou sedimentação. São áreas que fornecem
significativa quantidade de sedimentos para as áreas com altitude inferior ao
seu redor, como as planícies ou depressões.
Os planaltos apresentam formas variadas, como
morros, serras, tabuleiros, chapadas e são formados por processos erosivos. Ou
seja, foram um dia um relevo mais íngreme e pelos processos de intemperismo,
como a chuva e o vento, tornaram-se relevos mais rebaixados que as montanhas e
com topos mais aplainados.
Vejamos a seguir alguns dos maiores e mais
importantes planaltos do mundo:
Planalto Brasileiro ou Planalto Central, abarca
grande parte do território do Brasil.
Planalto do Tibete, no continente asiático, é
o planalto com as maiores altitudes.
Planalto dos Grandes Lagos, na porção central
do continente africano,
Planalto do Colorado nos Estados Unidos
Planalto da Sibéria Central, localizado no
norte do continente asiático na Rússia.
Depressão
São porções do relevo que possuem altitude
mais baixa do que as áreas no seu entorno. Desgastadas por processos erosivos,
apresentam superfícies planas ou côncavas. Podemos classificar as depressões em
dois tipos:
Depressão Relativa – região rebaixada em
relação as áreas vizinhas que têm altitudes mais elevadas. No Brasil, como
exemplo temos a depressão na região do Pantanal mato-grossense.
Depressão Absoluta – além de possuir as
áreas mais rebaixadas em relação ao seu entorno, a depressão absoluta possui
altitude inferior à do nível do mar. Uma depressão absoluta muito conhecida é a
do Mar Morto.
Montanha
As cadeias montanhosas (sequência de
montanhas) são as formas de relevo que apresentam as mais elevadas altitudes.
Têm relevo acidentado, encostas íngremes e vales profundos.
Como surgem as montanhas?
As montanhas podem ter duas origens:
Tectônica – quando são fruto da colisão
entre placas tectônicas, como no
caso de dobramentos e falhamentos de origem tectônica (dobras ou rupturas que
ocorrem em rochas de estrutura mais maleável provocadas pelos movimentos no
interior da Terra)
Vulcânica – vulcões recentes ou
extintos, pela sua própria dinâmica, constroem uma forma cônica que vai
ganhando altitude a cada erupção solidificada. As paredes das montanhas
vulcânicas são resultado da deposição do magma (rocha líquida) expelido pelo vulcão e posteriormente resfriado.
Em virtude de sua declividade acentuada, as
montanhas sofrem mais intensamente o intemperismo provocado
pela água e pelo vento. Assim passam a ser importantes fornecedoras de
sedimentos para as áreas mais rebaixadas do seu entorno.
Cordilheiras e Montanhas pelo mundo
A Cordilheira do Himalaia encontra-se
no continente asiático, é uma área de intensa atividade tectônica. Lá estão
situadas as maiores altitudes do planeta. Nesta cadeia de montanhas está
situado o Monte Evereste, que conta com 8.848 metros de altitude e é o
ponto mais elevado do planeta.
Na América do Sul, próxima ao
litoral oriental, está situada a grande Cordilheira dos Andes. Muito
extensa, a cordilheira passa pelos territórios da Venezuela, Colômbia, Equador,
Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Tem mais de 7000 km de extensão e o ponto
mais elevado é o Monte Aconcágua, com 6962 metros de altitude.
No norte da América, temos as Montanhas Rochosas, que é
uma cordilheira com mais
de 4800 quilômetros de extensão e e entre 110 e 480 km de largura. Estende-se
do Canadá até o extremo sul dos Estados Unidos. No estado americano do Colorado
está o Monte Elbert, com 4.401 metros de altitude, é a maior montanha da
cordilheira.
A Cordilheira Australiana também
chamada de Grande Cordilheira Divisória tem mais de 3500 km de extensão e
localiza-se na costa leste da Austrália. Seu ponto culminante é o o Monte
Kosciuszko, que conta com 2228 metros de altitude.
No continente africano, temos a Cordilheira
do Atlas localizada na porção noroeste do continente, atravessa o
Marrocos, a Argélia e a Tunísia em seus mais de 2400 km de extensão. O ponto
culminante é montanha de Jbel Toubkal, com 4167 metros em território
marroquino.
Os Alpes, que não são apenas suíços,
estão localizados no continente europeu e se estendem pelos territórios da
França, Suíça, Itália, Áustria, Alemanha, Liechtenstein e Eslovênia e
Mônaco. Mont Blanc, com 4808 metros de altitude é o ponto mais
elevado.
Relevo submarino
Ilustração com algumas das formas de relevo
submarino e outros aspectos. Ilustração: stihii / Shutterstock.com
No fundo dos oceanos encontramos também
formas de relevo semelhantes aos dos continentes, contudo, têm algumas
características próprias.
Plataforma continental
A plataforma continental é
continuidade do continente submergida. É o prolongamento da planície costeira
em direção ao fundo dos oceanos. A região apresenta declive suave em relação ao
continente e permanece plana. É formada por rochas sedimentares e
tem profundidade média de 200 metros. É nessa porção da crosta oceânica que
ocorrem as pesquisas e a exploração de petróleo.
Talude
Porção do relevo submarino que se caracteriza
por uma inclinação acentuada e estreita, que tem início aproximadamente em 200
metros de profundidade e mergulha abruptamente da borda oceânica até os 2000
metros, onde encontra o assoalho oceânico.
Zona Abissal ou Região Pelágica
É a porção mais profunda do modelado
oceânico, onde são encontrados diversas formas de relevo como as fossas
marinhas. Tem aproximadamente 8000 metros de profundidade e ainda é pouco
conhecida, uma vez que em tal profundidade as condições de pressão,
visibilidade e temperatura ainda são um limite para o ser humano.
Além dessas
três grandes estruturas do relevo oceânico, também podemos encontrar outras
formas de relevo na crosta submersa:
Montes Marinhos – são
montanhas submarinas, isoladas que permanecem submersas.
Ilhas oceânicas – Forma
de relevo que alcança a superfície criando ilhas. Em geral é formada por um
vulcão ou mais vulcões que ao entrar em erupção seguidas vezes, foi ganhando
altitude até alcançar a superfície. As ilhas havaianas, por exemplo, foram
formadas por um processo como este.
Dorsal Mesoceânica –
cadeias de montanhas localizadas no fundo dos oceanos. Constituídas por processos
tectônicos, da mesma forma que as cadeias de montanhas continentais. Esse soerguimento
do assoalho oceânico também pode formar ilhas, como as dos Açores em Portugal.
Bacia oceânica – 2000
a 5000 metros de profundidade. Relevo plano, suave e coberto de matéria
orgânica e sedimentos.
Relevo litorâneo ou costeiro
O modelo do relevo do litoral também recebe
uma nomenclatura específica, de acordo com sua fisionomia, origem e formação.
Como podemos ver na imagem a seguir o relevo costeiro pode ser constituído por
golfos, deltas, ilhas, baías, cabos, penínsulas, enseadas, ístmos, lagoas, dunas, fiordes, rios e praias.
Algumas características do relevo costeiro ou litorânea.
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AULA DIA 06-05-GEOGRAFIA/PROF. PAULO
FORMAÇÃO DO RELEVO
As
feições (os altos e baixos) presentes na crosta terrestre são chamadas de relevo.
O relevo tem formas distintas nas terras emersas e no fundo do oceano e se
desenha através da ação de vários fatores internos e externos.
Dependendo
da força da ação, formam-se vários tipos de relevo, alguns mais altos, como
planaltos e montanhas, e outros mais baixos, como é o caso de planícies e
depressões. Os seres vivos também ajudam a esculpir o relevo e, ao mesmo tempo,
dependem dele.
Formas ou
tipos de relevo
O
relevo terrestre é divido em continental e submarino.
Relevo continental
1) Planície – áreas extensas planas em que há mais sedimentação
(acúmulo ou deposição de sedimentos) do que erosão. Áreas chatas e mais baixas,
geralmente, no nível do mar. Porém, podem ficar em terras altas, como as
várzeas de um rio num planalto.
2) Montanha – terrenos bastante elevados, acima de 300 metros. Podem
ser classificadas quanto à origem ou idade. Podem estar isoladas ou agrupadas
em serras, sistemas e cordilheiras.
3) Depressão – áreas situadas abaixo do nível do mar ou das outras
superfícies planas. Tais áreas sofreram acentuados processos de erosão.
Dividem-se em absolutas (quando situadas abaixo do nível do mar –
altitude negativa) ou relativas (em relação às áreas mais baixas).
4) Planalto – terras mais altas que o nível do mar, razoavelmente
planas delimitadas por escarpas, serras, chapadas e morros. Há mais erosão que
sedimentação.
Relevo submarino
1) Plataforma continental: Fica abaixo do nível do mar onde aparecem as
ilhas continentais ou costeiras, de origem vulcânica, tectônica ou biológica.
Apresenta uma profundidade razoável, que possibilita a entrada de luz solar e,
logo, o desenvolvimento de vegetação marinha. Com o passar do tempo, as
depressões do terreno da plataforma continental tornam-se bacias sedimentares
de grande importância para a exploração de petróleo no oceano. Vai de 0 a 200
metros de profundidade.
2) Talude continental: É o fim do continente, onde ocorre o encontro
da crosta continental com a crosta oceânica. Grande rampa que desce
abruptamente até as grandes profundidades, indo até os 4 mil metros.
3) Região pelágica: É onde encontramos as formas de relevo
submarino. Na região pelágica,
aparecem as ilhas vulcânicas.
4) Região abissal: com mais de 4 mil metros de profundidade, é a
região menos conhecida da Terra. É escura, fria e com muita pressão provocada
pelo peso das águas oceânicas. Mesmo assim, alguns animais se adaptaram a esse
ambiente.
O relevo terrestre é
dividido em submarino e continental.
Origem e
formação: os agentes do relevo
Relevo
é o conjunto de formas presentes na superfície sólida do planeta. Resulta da
estrutura geológica (fatores internos) e dos processos geomórficos (fatores
externos). O primeiro forma a estrutura do relevo e o segundo esculpe as
formas.
Agentes
endógenos
Os
agentes endógenos, ou internos, do relevo são processos estruturais que atuam
de dentro para fora. Às vezes, vêm com muita força e rapidez, modificando o
relevo. Eles acontecem por causa do movimento das placas
tectônicas e dos fenômenos magmáticos. São exemplos de agentes
internos: o tectonismo,
o vulcanismo,
os terremotos,
de modo que os dois últimos encontram-se diretamente influenciados pelo
primeiro.
1. Tectonismo
O
tectonismo é conceituado como o conjunto de fenômenos relativos ao movimento
das placas
tectônicas, que nada mais são dos que as várias fissuras pelas quais
se segmenta a crosta terrestre. A interação entre as diferentes placas provoca
uma série de transformações gradativas nas formas de relevo, com a alteração,
em muitos casos, da composição das rochas.
Em
muitos casos, o choque entre duas placas tectônicas provoca a formação de áreas
inclinadas e caracterizadas por serem composições geologicamente jovens, ou
seja, formadas há cerca de 300 ou 400 milhões de anos. É o caso, por exemplo,
da Cordilheira dos Andes (América do Sul), do Himalaia (na Ásia) e dos Alpes
(na Europa), além de outros conjuntos de cadeias montanhosas, todas elas
formadas em áreas de encontro entre duas placas. Em áreas onde predomina o
tectonismo, podem ser formadas também as fossas oceânicas, que compõem os
pontos mais profundos do oceano terrestre.
2. Vulcanismo
Nos
pontos de choque e interação entre placas tectônicas é comum também a
ocorrência de vulcanismos,
que são importantes agentes de formação e alteração do relevo. Afinal, o magma
expelido pelos vulcões na forma de lava nada mais é do que as rochas em
temperaturas superiores ao ponto de fusão. Quando esse magma atinge a
superfície, que apresenta temperatura ambiente, ele solidifica-se e converte-se
em rochas, classificadas em ígneas extrusivas.
As
formas de relevo oriundas das ações do vulcanismo são também consideradas
geologicamente jovens, uma vez que as áreas mais antigas com esse tipo de
gênese foram desgastadas pelos agentes externos do relevo, dando origem a solos
muito férteis.
3. Terremotos
Os terremotos ou
abalos sísmicos são movimentações abruptas da crosta terrestre, também causadas
pela interação entre placas tectônicas, sobretudo por acomodações geológicas em
pontos de contatos e a consequente liberação de energia. Eles promovem
transformações abruptas no relevo, quase nunca previsíveis, embora ocorram em
maior quantidade nas áreas de encontro entre duas placas.
Como
se pode imaginar, as áreas impactadas por esse fenômeno sofrem com muitos
estragos superficiais, podendo afetar locais de habitação humana e gerar
grandes tragédias com muitos mortos. Em áreas oceânicas, os impactos gerados
pelos terremotos podem provocar a formação de grandes tsunamis.
Agentes
exógenos
Agentes
exógenos, ou externos, são aqueles que esculpem o relevo terrestre através de
um processo erosivo, o intemperismo,
que pode ser químico (alteração da constituição da rocha), físico (desintegração)
ou biológico (ação dos seres vivos).
Há
três partes do procedimento: a erosão (desgaste
das rochas superficiais causado por rios, chuvas, geleiras, vento, etc.), o
transporte dos sedimentos resultantes da erosão, e a sedimentação ou acumulação
dos detritos que formam novas camadas rochosas.
Fatores externos de formação e transformação do relevo
*Erosão/água/vento/gelo/homem
Ação das águas
Erosão pluvial: provocada pela águas da chuva.
Erosão fluvial: provocada pelas águas de rios, um exemplo conhecido é o
rio Colorado que formou o Grand Canyon, nos Estados Unidos.
Erosão marinha: provocada pelas águas do mar, através da colisão das
ondas com a costa essa tem seu relevo transformado. Ação das geleiras A erosão
das geleiras, ou glacial, ocorre quando acontece uma avalanche deslocando
juntamente com o gelo uma quantidade de rochas e solos, fato que transforma o
relevo.
Ação dos ventos
Os ventos atuam, em especial, no litoral e no deserto, agindo constantemente na
formação e transformação do relevo, essa é denominada de erosão eólica, um
exemplo comum são as dunas. Ação humana sobre o relevo
O homem ao longo da história vem modificando a natureza, então o relevo, que é
parte integrante, sofre efeitos diretos da apropriação. O homem tem capacidade,
através de sua força de trabalho e suas tecnologias, de construir túneis,
retirar montanhas, desviar o curso de rios, modificar o relevo no campo e nas
cidades. É bom lembrar que existem os fatores naturais de transformação, mas o
homem provoca de forma artificial tais mudanças.
Importância do relevo
O
relevo é importante para a sociedade, principalmente no que se refere a lazer e
economia. É uma fonte de lazer, pois se não fosse ele não existiria praias para
se passar o verão e nem haveria montanhas para se esquiar ou para, de lá,
saltar. Sua importância também é vista na economia de muitas regiões agrícolas,
já que alguns produtos só podem ser cultivados em certos lugares.
Há
cultivos que só podem existir em regiões em que o relevo seja propício para o
aparecimento de rios. Montanhas, por exemplo, impedem a passagem de chuvas e
correntes de ar, logo lá não se pode desenvolver certos plantios. Lugares que
vivem de turismo podem se destacar por praias, vales, montanhas e cordilheiras.
Novamente, a crosta terrestre ajuda no desenvolvimento de uma região.
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AULA DIA 29-04-GEOGRAFIA/PROF. PAULO
ESTRUTURA
GEOLÓGICA DO BRASIL
A geologia do
Brasil se destaca mundialmente pela quantidade e
diversidade dos recursos minerais encontrados no subsolo brasileiro. A
exploração de tais recursos faz do Brasil um importante produtor de bens
minerais.
O Brasil apresenta, basicamente, dois
tipos de estruturas geológicas: Escudos Cristalinos e Bacias Sedimentares.
Escudos cristalinos (blocos cratônicos)
Os
escudos cristalinos, que abrangem 36% do território nacional, são popularmente
conhecidos como serras, formações antigas e diversificadas e, por conseguinte,
extremamente desgastadas pela erosão, apresentando altitudes modestas. Nos
escudos cristalinos originários do período arqueozoico (32% do território
nacional), a ocorrência de minerais economicamente exploráveis é pequena. Já
nos escudos datados do proterozoico (4% do território brasileiro), proliferam
recursos como o ferro, a bauxita, o manganês, o ouro, a cassiterita e outros
minerais metálicos. Exemplos: Quadrilátero de Ferro (MG), Serra dos Carajás (PA)
e Maciço de Urucum (MS).
Bacias sedimentares
As bacias sedimentares, depressões do terreno preenchidas por
sedimentos, cobrem 64% da
área total do Brasil. As bacias sedimentares do Brasil são de grande
importância econômica para o país, pois abrigam jazidas de recursos minerais
energéticos: petróleo, carvão mineral e xisto.
- O petróleo extraído no Brasil é
proveniente de bacias sedimentares continentais e marítimas.
- As principais jazidas de carvão
mineral encontram-se na Bacia Paranaica, a maioria nos estados de Santa
Catarina e Rio Grande do Sul.
Os
dobramentos modernos, ou cadeias orogênicas recentes, correspondem às grandes
cadeias montanhosas do globo datadas do período Terciário da Era Cenozoica. Sua
gênese é explicada pelo movimento das placas tectônicas. Os principais exemplos
desse fenômeno são os Andes, os Alpes, o Himalaia e as Montanhas Rochosas. Por serem de formação recente, não foram ainda
desgastadas pela erosão e apresentam altitudes elevadas. O Brasil, por exemplo,
não conhece formações geradas por dobramentos modernos.
Mineração
A mineração é atividade econômica e industrial exercida pelo
homem desde a antiguidade. Consiste na extração e no beneficiamento de minérios
do subsolo.
A mineração corresponde
à uma atividade econômica e industrial que consiste na pesquisa, exploração,
lavra (extração) e beneficiamento de minérios presentes no subsolo. Essa
atividade é uma das grandes responsáveis pela atual configuração da sociedade
em que vivemos, visto que diversos produtos e recursos utilizados por nós são
provenientes dessa atividade, como computadores, cosméticos, estradas,
estruturas metálicas, entre outros.
Assim, é possível dizer que a
mineração é indispensável ao desenvolvimento socioeconômico. Contudo, a
atividade mineradora é responsável por diversos problemas provocados no meio
ambiente.
Tipos
de mineração
Na mineração podemos encontrar métodos de lavra, que consiste nas técnicas de extração
do minério que levam em conta aspectos sociais, econômicos e ambientais, bem
como as tecnologias que precisam ser empregadas na área destinada à atividade
em virtude da forma e da posição em que o depósito do minério está localizado,
ou seja, o aspecto geológico.
Na escolha do método, deve-se levar em
conta também as questões de segurança e higiene,
a fim de garantir a vida útil da mina a ser explorada. Isso significa que
selecionar o método errado além de ser inviável economicamente, pode provocar
diversos problemas ambientais.
Existem diversos métodos de lavra que
variam segundo os métodos de extração empregados. Em muitas minas, são
empregados mais de um método de lavra. Os dois principais correspondem ao
ambiente em que se desenvolve a atividade de mineração. São eles:
1) Método de lavra a céu aberto
O método de lavra a céu aberto representa a mineração em depósitos com menor
profundidade, próximos à superfície.
O método de lavra a céu aberto
refere-se à extração de minérios que são encontrados em depósitos com menor
profundidade, ou seja, as jazidas estão localizadas bem próximas à superfície.
Normalmente, esse método explora o minério até o seu esgotamento. Os principais
métodos de lavra a céu aberto são:
- Encostas
- Cavas
- Fatias
- Lavra por dissolução
2) Método
de lavra subterrânea
O método de lavra subterrânea consiste na retirada de minérios em depósitos de
maior profundidade.
O método de lavra subterrânea
refere-se à extração de minérios que são encontrados em depósitos mais
profundos, ou seja, as jazidas estão afastadas da superfície. Nesse método, o
minério deve ser delimitado via sondas por meio dos serviços de topografia. O
método de lavra subterrânea possui variações como:
- Métodos com realces autoportantes;
- Métodos com realces das encaixantes;
- Métodos com abatimento.
Mineração
no Brasil
A mineração representa
uma das atividades econômicas e industriais que contribuem de forma
significativa para o desenvolvimento socioeconômico do país. A exploração de recursos minerais no Brasil está
ligada com a sua própria história, desde o seu período de ocupação em busca
pelo ouro no interior do país.
O Brasil é
considerado um dos países com maior potencial mineral do mundo,
produzindo aproximadamente 70 substâncias minerais (21 dos grupos de materiais
não metálicos e 45 dos não metálicos e 4 dos energéticos). Segundo o
Departamento Nacional de Produção Mineral, trata-se de uma atividade bastante
diversificada.
Também de acordo com o departamento,
estão localizadas, no Brasil, cerca de 3.354 minas, sendo 159 de grande porte.
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), há no país
mais de 8 empresas mineradoras distribuídas entre as regiões. Veja a seguir
onde há maior concentração dessas empresas:
Distribuição das companhias mineradoras nas regiões brasileiras, segundo dados
do Departamento Nacional de Produção Mineral.
O setor
mineral representa 4,2% do Produto Interno Bruto do país e
cerca de 20% do valor das exportações brasileiras, segundo o Ministério de
Minas e Energia. É previsto para o Brasil, por meio do Plano Nacional de
Mineração 2030, divulgado pelo mesmo Ministério, que sejam investidos em
pesquisa mineral, mineração e transformação mineral, cerca de US$ 270 bilhões
até o ano de 2030.
No ano de 2011, segundo o Ibram, o
Brasil alcançou seu melhor índice, produzindo cerca de US$ 50 bilhões.
Atualmente, o país é o maior exportador mundial de ferro e nióbio e o segundo
maior de manganês e bauxita, de acordo com dados do DNPM
- Principais minérios encontrados no
Brasil (2012/2013), segundo pesquisa da Academia Brasileira de Ciências:
Minério
Reserva
(em 1000 toneladas)
Principais
minas
Amianto
10515
Cana
Brava (GO)
Bauxita
590000
São
Lourenço (MG), Juriti (PA), Paragominas (PA), Itamarati de Minas (MG).
Carvão
2154000
Criciúma
(SC), Candiota e outras 20 minas no Rio Grande do Sul.
33
no Quadrilátero Ferrífero (MG) e no estado do Pará.
Nióbio
10565
Barreiro
(MG), Boa Vista (GO).
Ouro
2,6
Fazenda
Nova (GO), Aurizona (MA), Jacobina (BA), Morro do Ouro (GO), Pedra Branca do
Amapari (AP), Crixás (GO), São Vicente (MT), São Francisco (MT), Santa
Bárbara (MG), Sabará (MG), Cocais (MG), Caeté (MG).
O Brasil importa e exporta minérios,
visto que sua produção não é suficiente para todos os minérios. Os principais
destinos dos minérios brasileiros são países como o Canadá, Estados Unidos,
China, Japão e Países Baixos. São exportados, principalmente, alumínio, cobre,
ferro, estanho,
manganês, níquel, nióbio e ouro. Já a origem das exportações são de países como
Estados Unidos, Peru, Chile, Rússia e China. São importados minérios como
ferro, cobre, estanho, alumínio.
Mineração
do ouro
Os mineradores, por muito tempo,
contavam com a sorte para encontrar gramas de ouro no
leito dos rios ou entre rochas. Com o avanço das tecnologias e métodos de
extração, a busca pelo minério, atualmente, tem sido mais precisa.
Normalmente, os depósitos de ouro
concentram também outros metais. As pesquisas nas áreas em que há possibilidade
de jazidas são feitas por meio de estudos topográficos e perfurações. As
amostras do minério são analisadas e avaliadas. Os processos de extração
dependerão das características geológicas do depósito. Caso localiza-se na
superfície, possivelmente, aplica-se a técnica de lavra a céu aberto. Se
estiver em maiores profundidades, o método será de lavra subterrânea.
Após a extração, inicia-se a fase de
beneficiamento do ouro, que representa a etapa de preparação do minério. Os
processos dessa etapa são:
- Britagem:
processo em que o minério é reduzido em pedaços menores.
- Peneiramento:
processo em que se separa os grandes dos pequenos pedaços.
- Moagem:
processo em que o minério é misturado em pó fino. A mistura resultará em um
minério mais fino de acordo com as horas que durar a mistura.
- Classificação:
processo em que partículas grosseiras são separadas das partículas finas.
Após a etapa de beneficiamento, o ouro
passa para a etapa de concentração, podendo ser feita por concentração
gravítica ou uso da flotação.
Indústrias de mineração
No Brasil, a indústria de mineração é
representada pelos setores de exploração, mineração e de transformação mineral,
segundo o Ibram. Segundo a Revista Exame, as principais empresas mineradoras do
país são:
- Vale
- Samarco
- CBMM
- Alunorte
- Namisa
- Magnesita
- Votorantim
- Hispanobras
Mineração
e impactos ambientais
Apesar de ser uma atividade primordial
ao desenvolvimento de uma sociedade, a mineração está associada a diversos
impactos ambientais negativos. Quando feita sem planejamento e sem fiscalização,
pode provocar graves danos ao meio ambiente.
Há no Brasil diversos órgãos
destinados à fiscalização, concessão, cumprimento das legislações e exploração
dos recursos minerais, como o Ministério do Meio Ambiente, o Ministério de
Minas e Energia, o Serviço Geológico do Brasil, o Instituto Brasileiro de Meio
Ambiente Recursos Naturais Renováveis. Contudo, é válido ressaltar que manter a
integridade das áreas destinadas à mineração, bem como as questões de segurança
é dever da empresa mineradora. Os projetos a serem implantados pelas
mineradoras devem considerar, então, todo e qualquer impacto a ser provocado no
meio ambiente.
Quando a atividade é realizada de
maneira irregular, podem ocorrer problemas como poluição e contaminação dos
recursos hídricos, poluição e contaminação dos solos, poluição do ar, possíveis
áreas degradadas, transtornos à população da região, alteração da geologia da
área devido à abertura de cava para exploração, favorecimento de erosões (voçorocas
e assoreamentos), perda da vegetação, fauna comprometida, dentre outros.
Veja a seguir os principais impactos
ambientais no Brasil provocados pela mineração de acordo com cada minério,
segundo o Ministério do Meio Ambiente:
Minério
Impacto
ambiental
Ferro
As
regiões de extração de ferro possuem barragens (áreas de contenção de
resíduos minerais) antigas, podendo ser rompidas e poluição das águas
superficiais.
Ouro
Uso
inadequado de mercúrio na fase de concentração do ouro, rejeitos ricos em
arsênio, emissão de mercúrio na queima de amálgama.
Contaminação
dos recursos hídricos tanto das águas superficiais quanto das águas
subterrâneas.
Zinco
Barragem
de contenção de rejeitos em péssimo estado de conservação.
O crime ambiental ocorrido em Brumadinho deixou diversas famílias desabrigadas
e um grande número de mortes. (Crédito: Corpo de Bombeiros do estado de Minas
Gerais).
O Brasil vivenciou, nos últimos anos,
dois grandes crimes ambientais no estado de Minas Gerais. A empresa Vale teve
duas de suas diversas barragens de rejeitos rompidas causando um enorme
problema ambiental, mortes e perda de biodiversidade na área afetada. As
cidades de Mariana e Brumadinho vivem
atualmente uma situação drástica devido ao rompimento das barragens. Rios foram
poluídos, solos contaminados, parte da população perdeu suas casas e houve
também diversas mortes de pessoas e animais.
Os três tipos de
rocha existentes são as: rochas
magmáticas, rochas sedimentares e rochas metamórficas.
Lembre-se que
rocha é um agregado natural formado por um ou mais minerais. Seu processo de
formação é contínuo e as primeiras rochas surgiram após a formação e
resfriamento da Terra.
Ao longo da
história geológica da Terra, as rochas se formam e se modificam constantemente.
Rochas antigas são transformadas em rochas novas. É o chamado "ciclo das
rochas".
Origem e Classificação das Rochas
Na Era Primitiva
ou Pré-Cambriana a Terra devia ser uma só massa incandescente, com temperaturas
elevadíssimas, sem existência de matéria sólida.
Os minerais eram
uma massa pastosa, semelhante ao magma. Quando a Terra começou o processo de
esfriamento, muitos minerais se solidificaram e formaram as primeiras rochas do
planeta - as rochasmagmáticas.
Os gases e vapores
que escaparam do resfriamento dos minerais deram origem à camada de ar que
envolve a Terra: a atmosfera.
Com a formação das
chuvas, dos rios e oceanos, agindo como agentes de erosão,
foram se formando novas formas de relevo.
Os detritos
resultado das erosões das rochas primitivas foram sendo depositados, camadas
por camadas, nas depressões, dando origem às rochassedimentares.
Submetidas às
condições de temperatura e pressão, as rochas magmáticas e sedimentares deram
origem às rochasmetamórficas.
Rochas Magmáticas
As rochas
magmáticas, ígneas ou eruptivas representam um dos tipos de rochas que existem,
as quais são formadas pelo magma
terrestre.
As rochas
magmáticas são as mais antigas do
planeta e cobrem cerca de ¼ da superfície terrestre. Elas são
constituídas por diversos minerais, por exemplo, quartzo, mica, silício e
feldspato.
Tipos
de Rochas
Dependendo da
constituição e da origem das rochas, elas são classificadas em três tipos:
·Rochas Magmáticas: formadas pelo
magma terrestre.
As rochas
magmáticas são formadas pela solidificação do magma pastoso presente no
interior do planeta Terra. Além de se solidificarem no interior do planeta, são
também formadas na crosta terrestre.
Assim, quando
ocorrem as erupções vulcânicas, as lavas (magma derretido) são expelidas. Ao
entrarem em contato com o ambiente, se resfriam e se solidificam, formando
assim as rochas magmáticas.
Classificação
De acordo com a
origem e o processo de formação das rochas magmáticas, elas são classificadas
de duas maneiras:
·Rochas Magmáticas Intrusivas:
também chamadas de "rochas plutônicas ou abissais", esse tipo de
rocha ígnea é formado no interior da crosta terrestre e seu processo de
formação é mais lento. Possuem uma textura fanerítica na qual se notam os
cristais de cada mineral que a compõe.
·Rochas Magmáticas Extrusivas:
também chamadas de "rochas vulcânicas ou efusivas", esse tipo de
rocha ígnea é formado na crosta terrestre. Possuem uma textura vítrea, posto
que o esfriamento do magma ocorre de maneira rápida. De tal modo, nesse tipo de
rocha magmática, os minerais se fundem rapidamente, o que impossibilita
visualizar cada cristal que a compõe.
Segundo a
quantidade de silício (Si) presente na rocha magmática, elas são classificadas
de três maneiras:
·Rocha Magmática Ácida: concentração de
silício superior a 65%
·Rocha Magmática Básica: concentração de
silício entre 52 a 65%
·Rocha Magmática Neutra: concentração de
silício entre 45 a 52%
Exemplos
de Rochas Magmáticas
Por serem rochas
de alta resistência, elas são utilizadas na pavimentação e em diversas
construções.
Segue abaixo
alguns exemplos de rochas magmáticas:
As rochas
metamórficas são um dos tipos
de rochas que surgem a partir da transformação das rochas sedimentares ou
magmáticas.
Elas são formadas
por processos físico-químicos que ocorrem pela ação de diversos fatores
relacionados com a umidade, a temperatura e a pressão no interior da Terra.
Assim, para que as
rochas magmáticas sejam desenvolvidas é necessário que aconteça uma
transformação nos outros tipos de rochas já existentes, seja na estrutura,
propriedades ou composição.
Tipos
de Rochas
Devemos lembrar
que há três tipos básicos de rochas, a saber:
·Rochas Sedimentares: são
as mais antigas e se formam através da solidificação de sedimentos e matérias
orgânicas.
·Rochas Magmáticas: são
formadas pelo magma terrestre, seja no interior da terra ou em sua superfície.
·Rochas Metamórficas: são as mais
novas rochas, formadas pela transformação das rochas sedimentares ou
magmáticas.
Classificação
Segundo sua
origem, as rochas metamórficas são classificadas de duas maneiras:
·Parametamórfica: quando ela surge
de uma rocha sedimentar.
·Ortometamórfica: quando ela surge
de uma rocha magmática.
Tipos
de Metamorfismo
O metamorfismo é o
nome do processo no qual surgem as rochas metamórficas.
Seguem abaixo os
principais tipos de metamorfismos para a formação desse tipo de rocha:
·Metamorfismo Dinamotermal ou Metamorfismo Regional:
influenciado pela temperatura e pressão.
·Metamorfismo Termal ou Metamorfismo de Contato:
influenciado somente pela temperatura.
·Metamorfismo Dinâmico ou Metamorfismo Cataclástico:
influenciado pela pressão e movimentação das rochas (atrito).
Exemplos
de Rochas Metamórficas
Vale lembrar que
muitas rochas metamórficas são utilizadas na construção civil e, portanto,
apresentam grande importância econômica:
·Ardósia
·Anfibolito
·Xisto
·Mármore
·Gnaisse
·Quartzito
Rochas
Sedimentares
As
rochas sedimentares ou rochas estratificadas são um dos tipos de rocha que
existem. São formadas por
partículas sedimentares e de matéria orgânica que foram compactadas
com o passar do tempo.
Encontramos
esse tipo de rocha nos continentes e no fundo dos oceanos. Elas representam
cerca de ¾ das rochas da terra.
As
rochas sedimentares recebem esse nome pois são formadas durante um longo
período, por meio de processos físicos, químicos e biológicos.
Dessa
forma, são acumulados sedimentos (resíduos) que geram diversos estratos ou
camadas.
Elas
são provenientes de outros tipos de rochas que, com o passar do tempo, foram
sendo constituídas pelo processo de erosão:
pela ação do vento, chuva, gelo, mares, rios, dentre outros.
Por
esse motivo, nesse tipo de rocha é possível encontrar diversos fósseis, ou seja, vestígios de seres vivos (vegetal ou animal)
antigos.
Importância das Rochas Sedimentares
As
rochas sedimentares representam elementos importantes para pesquisas. São
relevantes para os estudos sobre a variação ambiental ao longo do tempo, bem
como dos aspectos geológicos que formam a estrutura terrestre.
Além
disso, as rochas sedimentares apresentam grande importância econômica, uma vez
que são utilizadas nas construções e como fontes de energia, por exemplo,
o carvão mineral.
Tipos de Rochas
Vale
lembrar que as rochas são aglomerados naturais de minérios e matéria orgânica.
Há basicamente três tipos de rochas:
·Rochas Magmáticas: são as
rochas mais antigas do planeta, formadas pela solidificação do magma terrestre.
·Rochas Sedimentares:
são as rochas derivadas de partículas de outras rochas já existentes, as quais
se solidificam com o passar do tempo.
·Rochas Metamórficas: são
as rochas mais novas, as quais são formadas pela transformação de alguns
minérios.
Tipos de Rochas Sedimentares
Segundo
a origem do processo de formação das rochas sedimentares, elas são
classificadas em:
·Rochas Sedimentares
Clásticas: oriundas do acúmulo de partículas de rochas já
existentes.
·Rochas Sedimentares
Químicas: oriundas de restos de minerais e de processos
químicos.
·Rochas Sedimentares Orgânicas:
oriundas de restos de animais.
Exemplos de Rochas Sedimentares
Muitos
tipos de rochas sedimentares são utilizados na construção civil, por exemplo:
·Areia
·Arenito
·Argila
·Sal-Gema
·Calcário
·Gesso
·Carvão Mineral
Ciclo das
Rochas
O ciclo das rochas é um
fenômeno natural cíclico, continuo e infinito, que envolve os processos de
transformação das rochas através do tempo e que ocorrem através da erosão ou do
intemperismo.
Esse ciclo, que
leva milhões de anos para acontecer, é responsável pela renovação e transformação
da litosfera terrestre (parte sólida da Terra).
Classificação
das Rochas
Para compreender
melhor como esse processo ocorre, devemos considerar os diferentes tipos de
rochas:
·Rochas Magmáticas (rochas
ígneas): obtidas pelo processo de intemperismo (condições atmosféricas) são as
primeiras rochas do planeta que se solidificaram com o resfriamento do magma
pastoso da Terra, por exemplo, o granito.
·Rochas Sedimentares (rochas
estratificadas): obtidas pelos processos de intemperismo e erosão de rochas
primitivas, que resultaram no acúmulo de diversos sedimentos (sedimentação). Um
exemplo de rocha sedimentar é a argila.
·Rochas Metamórficas:
obtidas por processos associados aos agentes do intemperismo (temperatura e
pressão), esse tipo de rocha surge da transformação de outras rochas
apresentando nova composição e características, por exemplo, o mármore. O
processo de transformação de outras rochas em metamórficas é chamado de
metamorfismo.
Resumo do Ciclo das
Rochas
Ilustração
do Ciclo das Rochas
O ciclo das rochas é dividido em diversas etapas, a
saber:
·Magma: o estágio
inicial do ciclo das rochas começa no interior da terra, quando o magma (rocha
fundida ou lava), massa pastosa mineral, é expelido através de uma atividade
vulcânica. Com altas temperaturas, no momento em que chega a superfície, o magma
sofre um resfriamento.
·Cristalização (congelamento das
rochas): com o resfriamento do magma, ocorre a cristalização dessa massa
mineral, o que dá origem as rochas chamadas de magmáticas (ou ígneas).
·Erosão: processo natural
resultante do desgaste do relevo, a erosão pode ocorrer pela força da água e do
vento.
·Sedimentação: após o processo
de erosão, diversas camadas de sedimentos são depositadas nas camadas mais
baixas (bacias sedimentares), levando ao processo de formação das rochas
sedimentares.
·Enterro Tectônico e Metamorfismo:
Com o passar do tempo, as rochas sedimentares vão sendo enterradas e sofrendo
processos químicos e físicos por meio da temperatura e pressão, o que
transforma sua composição originando as rochas metamórficas.
·Fusão: mesmo com essa
transformação, a temperatura continua agindo em sua superfície, e assim resulta
na fusão do magma, que a transforma novamente em rocha ígnea. Após milhões de
anos, o ciclo se reinicia.
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AULA DIA 16-04 – GEOGRAFIA/PROF. PAULO
PLANETA TERRA
O Planeta Terra é um dos planetas
que fazem parte do Sistema Solar e é
o terceiro planeta mais próximo do Sol. A
sua formação ocorreu há bilhões de anos, assim como a
existência de vida aqui . Algumas teorias explicam sua origem, como a teoria da
nebulosa solar.
A Terra é considerada
um planeta telúrico e possui sua estrutura interna dividida em:
crosta terrestre, manto e núcleo. Além da estrutura externa, há também a
interna que corresponde à litosfera, hidrosfera, biosfera e atmosfera, que são
o que oferece as condições favoráveis para a existência de vida aqui.
Características do Planeta Terra e sua formação
O Planeta Terra, também conhecido
como mundo, planeta azul ou planeta água, tem cerca de 70%
da sua superfície coberta por água. A existência dessa substância em seu
estado líquido, juntamente à presença do oxigênio e a capacidade de
reciclar gás carbônico fazem da Terra um planeta com características únicas.
Apesar das grandes descobertas astronômicas,
não há ainda como afirmar que exista um planeta com características tão
peculiares capaz de propiciar a existência dos seres vivos. E a Terra não
é “viva” apenas sob a ótica biológica, mas também sob a ótica atmosférica,
geológica e física, uma vez que tudo isso está
em constante transformação.
Quanto à sua formação, estima-se ocorreu há
aproximadamente 4,56 bilhões de anos. A teoria mais aceita atualmente sobre a
origem do Sistema Solar, e consequentemente do nosso planeta, é a teoria
da nebulosa solar, proposta em 1644
por René Descartes, reformulada em 1775
por Immanuel Kant e, posteriormente, em 1796
por Pierre-Simon de Laplace.
Essa teoria acredita que os planetas do
Sistema Solar, entre eles o nosso, formaram-se a partir do colapso de uma
nuvem que estava rotacionando em alta velocidade e contraiu-se.
Acredita-se que o Sol foi formado a partir da concentração central da nuvem, e
os planetas a partir das partículas remanescentes. Algumas teorias dizem que a
vida surgiu na Terra um bilhão de anos após a sua formação.
Além de apresentar condições favoráveis
à existência de vida, a Terra também possui recursos naturais (renováveis e não renováveis) que
propiciam a manutenção dessa existência. É por meio desses recursos que os
seres vivos mantêm-se, pois são retirados recursos minerais, fontes de energia,
alimento, entre outros. Em meio à história evolutiva, o homem adaptou-se às
condições apresentadas pela Terra e aprimorou suas habilidades, retirando dela
aquilo que era necessário à sua sobrevivência de forma cada vez mais precisa.
Quanto ao seu formato, corresponde a
um esferoide, tendo seus polos um tanto achatados.
Dados gerais do planeta Terra
Diâmetro; Aproximadamente 12.756,2 km
Área da superfície; Aproximadamente 510.072.000 km2
Massa ;
5,9736 x 1024 kg
Distância do Sol; Cerca de 149.600.000 km
Satélite natural; 1 (Lua)
Período de rotação; 23 horas 56 minutos e 4
segundos
Período de translação; 365 dias 5 horas e 48
minutos
Temperatura média ; 14ºC
População terrestre Aproximadamente; 7.722.522.000 habitantes
Como o planeta Terra é dividido?
O planeta Terra é um dos quatro planetas do
Sistema Solar de composição rochosa, conhecidos também
como telúricos ou terrestres.
Esses planetas rochosos possuem uma estrutura interna semelhante dividida em:
Camadas internas da Terra
A Terra divide-se em crosta terrestre, manto e núcleo.
Crosta terrestre
A crosta é também conhecida como litosfera e
corresponde à camada mais externa da Terra, formada por rochas e
minerais, como silício, magnésio, ferro e alumínio. Possui em média 10
quilômetros sob os oceanos e entre 25 e 100 quilômetros sob os continentes.
Nela, são encontrados os continentes, as
ilhas e o fundo oceânico. Além disso, observa-se que ela não é uma camada
inteiriça, pois há divisões que
formam grandes blocos rochosos conhecidos como placas tectônicas, que se
movimentam e podem provocar tremores na superfície
terrestre.
Manto
O manto localiza-se
entre a crosta terrestre e o núcleo. É conhecido como camada
intermediária, que se divide em manto superior e manto inferior. Ele pode
apresentar profundidade de cerca de 30 a 2900 km abaixo da crosta e, ao
contrário dela, o manto não é sólido.
Com temperatura média de até 2.000°C, essa
camada é composta por material magmático (em estado pastoso) composto
principalmente por ferro, magnésio e silício. A movimentação do magma,
conhecida como correntes de convecção, provoca a movimentação dos blocos rochosos que
compõem a crosta terrestre.
Núcleo
O núcleo é a camada mais interna da
Terra e divide-se em núcleo externo e núcleo interno. É também a camada
que apresenta a maior temperatura, que, segundo cientistas, pode
alcançar 6.000°C.
Ele é formado por ferro, silício, níquel e,
apesar das altas temperaturas que deveriam manter esses compostos no estado
líquido, o núcleo apresenta elevada pressão, que acaba por
agrupar essas substâncias, mantendo-as sólidas.
O que diz respeito à parte externa do planeta
Terra, há também uma classificação de sua estrutura.
As camadas externas da Terra são: biosfera, atmosfera, litosfera e hidrosfera.
Atmosfera
Corresponde a
uma camada gasosa que envolve todo o Planeta Terra. Ela é
formada por gases mantidos pela gravidade, cuja principal função
é proteger o planeta da radiação solar emitida, filtrando-a,
além manter a temperatura média da Terra, fazendo com que não haja
uma grande amplitude térmica.
A atmosfera também
impede que a Terra seja atingida por fragmentos rochosos. Essa camada possui a
divisão das subcamadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera,
exosfera.
Corresponde à camada que compreende
os corpos hídricos do Planeta Terra. Abrange não só os oceanos,
mas também os mares, os rios, os lagos e as águas subterrâneas.
Corresponde ao conjunto de
ecossistemas que compreendem a Terra. Basicamente, diz respeito aos grupos
de seres vivos que a habitam. Esses ecossistemas encontram-se desde os pontos
mais elevados do planeta até as partes do fundo oceânico.
Planeta
Terra no Universo
A Terra possui o maior satélite natural do Sistema Solar, a Lua.
A Terra é um dos oito planetas que compõem o
Sistema Solar, localizado na Via Láctea. É considerado o maior em diâmetro
e densidade dentre os planetas rochosos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte).
Esse planeta não é estático,
portanto, realiza diversos movimentos, sendo os
principais: o movimento de rotação, que
consiste no movimento ao redor do seu próprio eixo, originando o dia e a noite,
e o movimento de translação,
realizado ao redor do Sol, dando origem ao ano civil e às estações do ano.
A Terra tem um único eu maior satélite
natural do Sistema Solar, a Lua, que influencia fortemente nas marés,
em virtude da força gravitacional que existe entre esses astros. Por conta do
posicionamento desse satélite em relação ao nosso planeta e ao Sol, é possível
observar as quatro fases lunares (nova, cheia, minguante e crescente).
Curiosidades sobre o Planeta Terra
Você sabia que a Terra não é plana? Os
cientistas utilizaram várias técnicas para chegarem a essa conclusão.
Atualmente, a geodésia é a ciência que faz estudos a respeito das dimensões,
forma e gravidade do planeta e nos permite afirmar que a Terra tem o formato
arredondado.
A rotação da Terra diminui gradualmente, contudo,
de maneira praticamente imperceptível aos seres humanos. Essa diminuição é de
aproximadamente 17 milissegundos a cada 100 anos e provoca o aumento da duração
do dia.
A Terra não foi nomeada segundo o método
romano de designação, ao contrário dos outros sete planetas do Sistema Solar.
O Planeta Terra é conhecido como Planeta
Azul, por ter 70% da sua superfície coberta de água.
Placastectônicas
Placas tectônicas são grandes blocos
rochosos semirrígidos que compõem a crosta terrestre. A Terra divide-se em
quatorze principais placas tectônicas, as quais se movimentam sobre o manto de
forma lenta e contínua, podendo aproximar-se ou se afastar umas das outras.
O conceito de Deriva Continental existe
desde o final do século XVI e século XVII, quando cientistas europeus notaram o
perfeito encaixe entre as linhas costeiras em ambos os lados do Atlântico, como
se as Américas, Europa e África tivessem estado juntas em determinado momento, e
depois, se afastaram por deriva. Mas foi somente no século XX, que o cientista Alfred Wegener escreveu sobre a
fragmentação e deriva dos continentes, apresentando
dados sobre as similaridades marcantes entre as rochas, as estruturas
geológicas e os fósseis dos lados opostos do Atlântico, e postulou sobre um
megacontinente, o qual o denominou de Pangeia (do grego “todas as terras”).
A evolução da Pangeia
até a formação dos continentes que conhecemos hoje.
Porém, suas hipóteses sobre a rapidez do
movimento dos continentes e quais forças os moviam mostrou-se errônea, o que
reduziu sua credibilidade no meio científico. Pesquisas defendendo a teoria da
deriva continental continuaram, mostrando que não havia somente similaridades geográficas,
mas similaridades geológicas das idades das rochas e das orientações das
estruturas geológicas nos lados opostos do Atlântico. Outras evidências da
deriva, como fósseis e dados climatológicos, também foram apresentados como
dados válidos, e suportam a teoria até os dias de hoje. Fósseis idênticos do
réptil Mesossaurus, de ±300 milhões de anos, foram encontrados apenas na
África e na América do Sul, sugerindo
que estes continentes estavam unidos naquele período. O mesmo ocorre para com
os fósseis da flora de Glossopteris, de ±300 milhões de anos. Os animais e as plantas fósseis dos diferentes continentes
mostraram similaridades na evolução até o período da fragmentação dos
continentes. Também, depósitos associados com geleiras que existiram há ±300 milhões de
anos foram encontrados na América do Sul, na África, na Índia e na Austrália.
Teoria das Placas Tectônicas.
Apesar de todas as evidências, ainda faltava
a explicação para a força motora que movimentava os continentes para convencer
a comunidade científica. Essa explicação somente aconteceu quando os cientistas
deram-se conta de que a convecção do manto da
Terra poderia empurrar e puxar os continentes à parte, formando uma nova crosta
oceânica, por meio do processo de expansão do assoalho oceânico. As evidências
convincentes começaram a emergir como um resultado da intensa exploração do
fundo oceânico ocorrida após a Segunda Guerra Mundial, com
o mapeamento da Dorsal Mesoatlântica submarina e a descoberta do vale profundo
na forma de fenda, ou rifte, tectonicamente ativo, estendendo-se ao longo do
centro do Oceano Atlântico.
A hipótese da expansão do assoalho oceânico
foi apresentada na década de 1960, pelos cientistas Hess e Dietz, onde
propuseram que a crosta separa-se ao longo de riftes nas dorsais mesoceânicas e
que o novo fundo oceânico forma-se pela ascensão de uma nova crosta quente
nessas fraturas. O novo assoalho oceânico, que seria o topo da nova litosfera criada, expande-se lateralmente
a partir do rifte e é substituído por uma crosta ainda mais nova, num processo
de contínuo de formação de placa.
Na sequência, a tectônica em torno do globo
sob a forma de “placas” rígidas movendo-se sobre a superfície da Terra foi descrita, propondo a teoria da
Tectônica de Placas, que acabou por subsidiar as questões que faltavam para
confirmar as evidências utilizadas para a teoria da Deriva Continental.
A Teoria das Placas tectônicas parte do
pressuposto de que a crosta terrestre está dividida em grandes blocos
semirrígidos, ou seja, em placas que abrangem os continentes e o fundo
oceânico. Essas placas movimentam-se sobre o magma, impulsionadas por forças
vindas do no interior da Terra. Portanto, a superfície terrestre não é uma
placa imóvel, como era falado no passado.
Principais placas tectônicas
O planeta Terra está dividido em 52 placas
tectônicas, sendo 14 principais e 38 menores. Como exemplos de placas
principais, podemos citar a Placa Sul-Americana, a Placa do Pacífico e a Placa
Australiana. As menores podem ser exemplificadas pela Placa do Ande do Norte,
Placa da Carolina e Placa das Marianas.
Veja a seguir as características de algumas
das principais placas tectônicas que formam nosso planeta:
Tipos de placas
Oceânicas: encontram-se no assolho
oceânico.
Continentais: situam-se sob os
continentes.
Oceânicas e continentais: situam-se sob
o continente e no assoalho oceânico.
Placastectônicas
Placa
Sul-Americana; Abrange a América do Sul e estende-se até a
Dorsal Mesoatlântica. Sua fronteira leste faz limite divergente com a Placa
Africana; ao sul, faz limite com a Placa Antártica e com a Placa Scotia; a oeste,
faz limite convergente com a Placa de Nazca; e ao norte, limita-se com a Placa
Caribenha.
Placa de
Nazca; Localiza-se à esquerda da Placa
Sul-Americana. O choque entre essas duas placas formou a Cordilheira dos Andes.
Placa do
Pacífico; Abrange
boa parte do Oceano Pacífico. Limita-se ao norte com a Placa do Explorador, com
a Placa Juan de Fuca e com a Placa de Gorda. Seu limite com a Placa
Norte-Americana resultou na falha de San Andres.
Placa
Euro-Asiática; Abrange parte da Eurásia e limita-se com a
Placa Africana e a Placa da Índia.
Separa-se da Placa Norte-Americana pela
Dorsal Mesoatlântica.
Mapa Mental: Placas Tectônicas
Por que as placas tectônicas movimentam-se?
Os movimentos realizados pelas placas
tectônicas ocorrem em virtude das altas temperaturas existentes no interior da
Terra.
A crosta terrestre encontra-se sobre o manto, camada da Terra
composta por magma. O intenso calor provoca a movimentação circular do manto
em correntes de convecção.
Esse movimento convectivo transfere calor do núcleo (camada mais interna da
Terra) para as camadas mais externas, provocando a movimentação das placas,
levando à junção ou à separação dos continentes.
Movimentos das placas tectônicas
A movimentação das placas é lenta, contínua e
ocorre no limite entre elas. Esse deslocamento leva bastante tempo e é
responsável por diversas transformações e fenômenos que ocorrem na crosta
terrestre, como a formação de montanhas e vulcões, terremotos e
aglutinação ou separação dos continentes.
Os movimentos das placas tectônicas podem ser
laterais, de afastamento e de colisão.
Limites das placas tectônicas
Limites das placas tectônicas correspondem às
zonas de encontro entre as placas, ou seja, são as fronteiras ou margens das
placas, nas quais ocorre intensa movimentação, como atividades sísmicas e
vulcanismo.
Limite divergente
No
movimento divergente, as placas afastam-se umas das
outras, formando fendas e rachaduras na crosta terrestre. Assim, quando
ocorre o movimento das correntes convectivas ascendentes, o magma do interior
da Terra atravessa as fendas, sendo levado para a superfície. O magma, então,
resfria-se e é acrescentado às bordas das placas, que aumentam de tamanho.
A separação das placas oceânicas dá origem
a dorsais mesoceânicas (cadeias montanhosas submersas no oceano), que
provocam expansão do fundo oceânico, originando terremotos e vulcões. Já a
separação das placas continentais pode originar terremotos e formar vulcões e
vales em rifte (regiões em que a crosta terrestre sofre uma fratura, provocando
afastamento das porções vizinhas da superfície terrestre), como aqueles
encontrados no Golfo da Califórnia.
No movimento divergente, as placas tectônicas afastam-se umas das outras.
Limite convergente
No
movimento convergente, as placas aproximam-se e chocam-se umas
contra as outras. Quando o movimento convergente ocorre entre uma placa
oceânica e uma placa continental, a primeira retorna ao manto, enquanto a
segunda enruga-se, formando dobras. Isso ocorre porque as rochas das placas
oceânicas são mais densas que as rochas das placas continentais.
Quando ocorre um choque entre duas placas
oceânicas, apenas uma das placas afundará, no caso, a mais densa entre as duas.
Quando o choque ocorre entre duas placas
continentais, não há afundamento das placas, visto que a densidade das duas é a
mesma, logo, ambas sofrem dobramento. Um exemplo desse tipo de choque foi o que
ocorreu entre as placas Sul-Americana e a Placa de Nazca, que deu origem à
Cordilheira dos Andes.
No movimento convergente, as placas tectônicas aproximam-se e chocam-se umas
com as outras.
Limite transformante
No
movimento transformante, as placas deslizam umas em relação as
outras, provocando rachaduras na região de contato entre as placas. Nesse
movimento, não há destruição nem criação de placas, podendo, em alguns casos,
originar falhas.
Um grande exemplo de movimento transformante
ocorreu entre a Placa do Pacífico e a Placa Norte-América, resultando na falha
de San Andres, no estado da Califórnia, nos Estados Unidos.
No movimento transformante, as placas tectônicas deslizam umas em relação as
outras.
Brasil
O Brasil situa-se no centro
da Placa Sul-Americana, que possui uma área de 43,6 milhões de
quilômetros quadrados e, aproximadamente, 200 quilômetros de espessura. Essa
placa move-se para o oeste, afastando-se da Dorsal Mesoatlântica e
aproximando-se das Placas de Nazca e do Pacífico.
Por estar localizado exatamente no centro da
Placa Sul-Americana, o Brasil quase não sofre grandes abalos. Há no país
ocorrências de sismos de pequena magnitude, decorrentes do desgaste da placa.
____________________________________ AULA DIA 01-04 –
GEOGRAFIA/PROF. PAULO
FUSOS HORÁRIOS
Os fusos horários formam uma divisão em que o globo
terrestre é “fatiado” em vinte e quatro pedaços, com cada um medindo 15º de
longitude. Assim, cada fuso equivale à uma hora e, à medida que nos deslocamos
entre cada uma dessas faixas, o horário se altera. Os fusos são medidos
em GMT, sigla para "Greenwich Mean Time".
Sendo a Terra uma esfera (ainda que não uma esfera perfeita, devido ao seu
formato geoide “mas não e plana”), ela é dividida em 360º, ficando 180º para o
hemisfério oeste e 180º para o hemisfério leste. O marco zero, ou seja, o ponto
que separa um hemisfério do outro é o Meridiano de Greenwich.
Dessa forma, à medida que nos
deslocamos para o oeste do planeta, temos que diminuir as horas e, à medida que
nos deslocamos para o leste, aumentamos o valor da medida dos horários.
A finalidade dessa divisão é de padronizar o
cálculo de tempo em todo o planeta Terra.
Devido a questões geopolíticas, cada nação pode
adotar um determinado horário como referência, o que pode levar a distorções.
Antes dessa metodologia, os relógios eram acertados
em cada cidade pela qual se passava ou, como na Idade Média, pelo horário solar
aparente ao meio dia.
Os fusos horários corrigiram isso ao instituir um
tempo solar médio. Entretanto, esse processo de padronização teve início
somente a partir de 1878, quando Sanford Fleming, a partir de seus estudos de
astronomia, propõe a divisão mundo em 24 faixas verticais.
Posteriormente, em 1884, na "Conferência
Internacional do Primeiro Meridiano", realizada por representantes de 25
países em Washington, a padronização planetária da hora é adotada e
convencionada.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS PARA ENTENDER OS
FUSOS HORÁRIOS
Meridianos
Os meridianos são as semicircunferências que ligam
os polos e dividem o globo terrestre em dois hemisférios: o ocidental (a Oeste
do GMT) e o oriental (a Leste do GMT). Eles determinam os múltiplos de 15° que
constituem o total de 360° da circunferência terrestre.
Na intersecção entre estas linhas, que é mais larga
na medida em que se aproxima da Linha do Equador, nos teremos um mesmo horário
vigorando de Norte a Sul.
Meridiano
de Greenwich
O Meridiano de Greenwich é o marco longitudinal
para determinar o “Greenwich Mean Time” (GMT). Portanto, A longitude 0°
passaria sobre Greenwich, nas proximidades de Londres. A Leste desse marco,
conta-se até 180° positivos e, para Oeste dele, até 180° negativos.
FUSO HORÁRIO NO MUNDO
Dentre os fusos horários mundiais, destacam-se:
·Fuso
Horário Europeu (GMT +
1), que cobre a maior parcela da Europa e oeste africano;
·Fuso
Horário EUA (GMT – 5)
o qual abarca os Estados Unidos e o noroeste da América do Sul;
·Fuso
Horário Russo (GMT +
3), que compreende a Rússia Europeia, Península Arábica e leste da África.
ALGUMAS CURIOSIDADES SOBRE OS FUSOS
HORÁRIOS
·A China
possui quatro fusos horários, mas adota apenas o horário de Pequim para toda
nação
·A
diferença entre o horário de São Paulo e do Japão é de 12 fusos, ou seja, 12
horas. Assim, quando é 9h da manhã em São Paulo, já é 9h da noite no Japão.
·O fuso
horário oficial da Antártica é GMT 0.00.
·A mudança
rápida de fusos horários pode causar um tipo de stress chamado jetlag,
caracterizado por irritabilidade e alteração dos padrões de sono e apetite.
·A Rússia,
devido sua grande extensão, possui 11 fusos horários em seu território.
FUSOS HORÁRIOS NO
BRASIL
O Brasil tem quatro Fusos Horários, mas pouca gente sabe disso.
Geralmente as pessoas prestam atenção no Fuso Horário apenas quando precisam
cumprir alguma agenda oficial “no horário de Brasília.
Frequentemente,
ao acompanhar algum programa de TV, fala-se que “agora, 20:22, horário de
Brasília”. Para quem não sabe, essa informação é sim necessária, pois o Brasil
possui diferentes fusos horários em seu território. Precisamente, desde
2015, temos 4 fusos horários.
A razão para isso é que o território
brasileiro é “muito largo”, considerando a extensão desde o litoral da Paraíba,
na Ponta do Seixas, até o final na Região da Amazônia, onde nasce o Rio do Moa,
no Acre. São 4.319 quilômetros de distância em linha reta sobre o mapa.
E, no Oceano Atlântico, ainda
temos o Arquipélago de Fernando de Noronha, que é, de fato, a partir de onde se
conta o Fuso Horário.
Localizado
no hemisfério ocidental, o Brasil possui 4 fusos horários e,
em relação ao Meridiano de Greenwich (GMT), possui o seu horário atrasado
variando de duas a cinco horas a menos:
Fuso
1 (-2GMT):
possui duas horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich.
Fuso
2 (-3GMT):
possui tem três horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich, corresponde
ao fuso da hora oficial do Brasil (horário de Brasília-DF).
Fuso
3 (-4GMT):
possui quatro horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich.
Fuso
4 (-5GMT):
possui cinco horas a menos em relação ao Meridiano de Greenwich.
Os Meridianos sobre o Brasil
Sobre o
território brasileiro passam dois Meridianos inteiros e uma parte de um
terceiro, considerando o sentido Leste-Oeste. Volte ao Mapa para observar e
compreender certinho.
Mas, o
território nacional tem também o Arquipélago de Fernando de Noronha, que está
no Oceano Atlântico ainda mais ao Leste do que o litoral do Estado da Paraíba
(veja no Mapa novamente).
Desta
forma, contando a partir de Fernando de Noronha, temos Quatro Fusos Horários no
Brasil.
Os Fusos Horários começam em
Fernando de Noronha
O Brasil
tem uma extensa costa banhada pelo Oceano Atlântico. Os países que fazem limite
com mares e oceanos possuem o que se chama de mar territorial que
pode incluir ilhas localizadas nessa faixa territorial. É o caso brasileiro, com
o arquipélago de Fernando de Noronha.
Isso você
já sabe. Confira: O
fato é que Fernando de Noronha já se encontra numa faixa
longitudinal que insere aquela ilha no fuso horário GMT -2,
portanto, uma hora adiantado em relação a Brasília.
Em suma,
o Brasil tem 4 fusos horários, todos a Oeste do meridiano de Greenwich e, por
esse motivo, têm os fusos precedidos do símbolo negativo (-). O
oficial, de Brasília está no fuso -3 e abrange a maioria dos estados (RS, SC,
PR, SP, MG, RJ, ES, BA, SE, AL, PE, PB, RN, CE, PI, MA, PA, AP, GO e DF).
Os demais
estados das regiões Centro-Oeste e Norte estão distribuídos no fuso GMT
-4 ( RR, RO, MT, MS e a maior parte do Amazonas) e no fuso GMT -5 (AC
e sudoeste do AM).
COMO CALCULAR OS FUSOS HORÁRIOS?
Esta metodologia leva em consideração o movimento de
rotação da Terra, em sentido anti-horário para o Leste. Assim,
adiantamos as horas dos fusos a Leste, e atrasamos as horas à Oeste do GMT (Greenwich
Mean Time, em português Tempo Médio de Greenwich).
Assim, para determinar os fusos horários de uma
localidade, temos de conhecer suas coordenadas geográficas.
Para completar a rotação, o planeta Terra leva
aproximadamente 23 horas, 56 minutos e 4 segundos. A proporção é de 1h para
cada 15° de rotação, ou seja, 1° a cada 4 minutos.
De tal modo, em 24h, a Terra terá completado o giro
360°.
Em cada 15º de longitude temos um fuso que equivale
à uma hora, sendo o Meridiano de Greenwich o marco zero longitudinal da Terra.
Por isso, a partir dele podemos contar as linhas verticais imaginárias (de uma
hora cada), que aumenta, se localizada a leste do globo, ou diminui se
localizada a oeste.
As linhas paralelas (latitudes), por sua vez,
determinam a largura média dos fusos. Por esse motivo, na linha do Equador o
fuso terá 1667 km, enquanto nos trópicos de Câncer e Capricórnio, a largura
será de 1529 km. Ela continua diminuindo, até chegar aos polos, onde a largura
média dos fusos será de 289,4 km.
VAMOS
CALCULAR OS FUSOS HORÁRIOS!
O Sol
nasce ao Leste, e se põe a Oeste. E as horas do dia se contam assim. O Globo
Terrestre foi dividido em 24 Meridianos imaginários, cada um correspondendo a
uma hora de diferença.
Então,
raciocine agora: Se em Fernando de Noronha forem sete da manhã, que horas
seriam em Brasília?
….
Pensou?
Então, em
Brasília seriam seis da manhã. Entendeu?
Vamos lá, se na cidade de Nova
York – localizada no fuso -5GMT – são 8h, na cidade de Brasília – que está
localizada no fuso -3GMT, são 10h, pois a capital brasileira encontra-se dois
fusos a leste da cidade estadunidense. Observe:
Nesse exemplo, é simples
visualizar a diferença de horários, pois nos deslocamos dois fusos em direção a
leste, então é só aumentar duas horas. Mas e quando a diferença envolve fusos
localizados em uma distância maior ou em hemisférios diferentes? Existe uma
maneira ou uma fórmula mais simples de se calcular isso?
Para cálculos mais complexos,
recomendamos a realização de três diferentes passos. O primeiro seria
identificar os fusos de origem e de destino; o segundo seria calcular a
diferença entre eles, já o terceiro seria verificar se os horários deverão ser
adiantados ou adiados. Vamos considerar o Exemplo 01 para explicar mais
detalhadamente cada um deles.
Lembre-se de que a Terra foi dividida em 24 fusos horários, de forma que a cada 15º de longitude, temos um fuso que equivale à
uma hora. O Meridiano de Greenwich é o marco inicial
(fuso horário 0 GMT), assim todos os fusos que se encontram a oeste são negativos e todos os que se encontram a leste são positivos. Se possível, faça o esquema abaixo no
quadro:
uma pessoa encontra-se na cidade
de São Paulo, localizada no fuso horário -3GMT, e resolve fazer uma ligação, às
9h da manhã, para um amigo que se encontra em Tóquio, no fuso 9GMT. A que horas
o amigo atenderá a ligação?
1º passo: Identificar os fusos. Nesse caso, eles foram
fornecidos no enunciado da questão, mas nem sempre isso acontece, como veremos
no próximo exemplo. Assim,
Fuso de origem: –3GMT
Fuso de destino: +9GMT
2º passo: calcular a diferença entre os fusos. Basta subtrair o fuso da cidade de destino
pelo da cidade de origem. Caso eles se encontrem em hemisférios diferentes,
terão sinais diferentes e, inevitavelmente, serão somados.
9GMT – (-3GMT) = 12GMT
Portanto, a diferença entre São Paulo e o Japão é de 12 fusos, ou seja, 12
horas.
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3º passo: verificar se os fusos serão somados ou subtraídos
ao horário de origem. Sabemos
que a ligação foi realizada às 9h da manhã e que a diferença das localidades é
de 12 horas. Mas devemos somar ou subtrair esse horário em relação ao original?
Para responder a essa pergunta e finalizar o exercício, basta observar em que
direção a ligação está sendo direcionada.
Em direção a leste, soma. Em direção a
oeste, diminui.
Assim, como o Japão fica a leste
de Greenwich e São Paulo fica a oeste, então somamos:
9h + 12h = 21h – a pessoa atendeu a ligação em Tóquio às 21 horas.
Vamos resolver, agora, o exemplo
02. Nele, não serão fornecidos os fusos, mas as longitudes. Além disso, faremos
um deslocamento, cuja duração deverá ser levada em conta.
EXEMPLO
02:
José Carlos atualmente mora e
trabalha na cidade de Roma, localizada a 15º a leste do Meridiano de Greenwich.
Certo dia, ele resolveu ir para o Brasil, na cidade de Brasília, visitar a sua
família, a 45º de longitude a oeste de Greenwich. Saindo da Itália às 15h e com
um tempo de viagem de 11h, ele chegou ao seu destino em que horário?
1º passo: identificar os fusos. Aqui, os fusos não estão
expressos no enunciado, então teremos que calculá-los. Como afirmamos no início
do texto, cada fuso possui 15º de longitude. Dessa forma, para transformar as
longitudes em fusos, basta dividi-las por 15.
Cidade de origem: 15º ÷ 15 = 1GMT
Cidade de destino: -45º ÷ 15 =
-3GMT
2º passo: calcular a diferença entre os
fusos. Agora
basta repetir o mesmo procedimento do exemplo 01, diminuindo o fuso de destino
pelo fuso de origem.
-3GMT - 1GMT: -4GMT
Portanto, a diferença entre o
local de origem e o local de destino é de 4 horas.
3º passo: verificar se somamos ou
diminuímos os fusos. Como
José Carlos está se deslocando do leste em direção ao oeste, então devemos
diminuir os fusos em relação ao horário de origem. No entanto, não podemos nos esquecer de somar o tempo de viagem,
que é de 11 horas. Assim,
15h (hora local de partida) – 4h
(diferença entre os fusos) + 11h (tempo de viagem) = 22h
Portanto, José Carlos chegou a Brasília às 22h.
Nos exemplos citados, não levamos
em consideração a hora legal das regiões (que nem sempre coincide com a hora
real) e também não consideramos o horário de verão que existe em diversas
localidades do mundo. Portanto, o estudante deve ficar sempre atento a esses
detalhes, principalmente no vestibular.
Uma
pessoa se encontra no ponto A, localizado no fuso -4GMT, e realiza uma ligação
às 10h da manhã para outra pessoa localizada em um ponto B, no fuso 3GMT. A que
horas a pessoa localizada no ponto B atendeu a ligação?
Lembre-os de que a
Terra foi dividida em 24 fusos horários, de forma que a cada 15º de longitude,
temos um fuso que equivale à uma hora. Revise também que o Meridiano de
Greenwich é o marco inicial (fuso horário 0GMT), assim todos os fusos que se
encontram a oeste são negativos e todos os que se encontram a leste são
positivos. Se possível, faça o esquema abaixo no quadro:
Cidade de origem da
ligação: -4GMT (quarto fuso horário a oeste de Greenwich)
Cidade de destino da
ligação: 3GMT (terceiro fuso horário a leste de Greenwich)
2º
passo: calcular a diferença entre os fusos
Este passo é
importante quando os alunos não possuem um mapa à disposição, como é o caso
deste exercício. Dessa forma, utilize a seguinte regra:
Fusos
com sinais diferentes (hemisférios distintos): apaga os sinais e soma
Fusos
com sinais iguais (mesmo hemisfério): apaga os sinais e subtrai
No caso desse
exercício, os fusos são de sinais diferentes, então deve ocorrer uma soma:
4 + 3 = 7 (a
diferença entre o ponto A e o ponto B é de 7 fusos).
3º
passo: Descobrir se soma ou subtrai o horário inicial
Sabemos que a
diferença entre os dois pontos é de 7 horas, mas são 7 horas a mais ou sete
horas a menos que o horário de origem? Para descobrir, basta fazer o esquema
abaixo:
Oeste (-) -4 -3
-2 -1 0 1 2 3 Leste
(+)
Não
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Se o deslocamento for
em direção a leste, somam-se os horários.
Se o deslocamento for
em direção a oeste, diminuem-se os horários.
No caso desse
exercício, o descolamento é para o leste, então os fusos se somam.
4º
passo: Calcular os horários
10h (hora inicial) +
7h = 17h.
A pessoa localizada
no ponto B atendeu a ligação às 17h.
Existem outros
exercícios que mostram as coordenadas em longitude (graus) e não em fusos, como
no exercício acima. Além disso, algumas questões podem tratar de deslocamento
em viagens. Vamos resolver mais um exemplo.
Uma
pessoa, localizada em Brasília, a 45º de longitude oeste, fez uma viagem de
avião com 15h de duração para Dubai, a 60º de longitude leste. Considerando que
o avião partiu às 6h da manhã, qual foi o horário da chegada?
Para resolver esse
exercício, durante o 1º passo, é preciso converter as longitudes em fusos. Para
isso, basta dividir por 15.
1º
Passo: localizar a posição dos fusos
Cidade de Origem
(Brasília): -45º ÷ 15 = -3GMT (lembre-se de que Brasília está a Oeste, então o
fuso é negativo!).
Cidade de Destino
(Dubai): 60º ÷ 15 = 4GMT
2º
Passo: calcular a diferença entre os fusos
Fusos
com sinais diferentes: apaga os sinais e soma
3 + 4 = 7GMT (de
Brasília a Dubai são 7 fusos de diferença)
3º
passo: descobrir se soma ou subtrai o horário inicial
Dubai está a leste de
Brasília, ou seja, soma-se a hora inicial com a diferença entre os
fusos. Caso haja dúvida, repita o esquema da questão anterior.
4º
passo: calcular os horários
6h (horário do
embarque) + 7h = 13h
Mas, espere! Essa
ainda não é a resposta. Aqui, descobrimos apenas que, quando o avião saiu de
Brasília, eram 13h em Dubai. É preciso somar também o tempo da viagem:
13h + 15h = 28h
Como o dia só possui
vinte e quatro horas diminua por 24:
28h – 24h = 4h
Resultado:
o avião chegou a Dubai às 4h da manhã do dia seguinte.
VÍDEO AULA
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AULA DIA 25-03 –
GEOGRAFIA/PROF. PAULO
Coordenadas Geográficas
As coordenadas geográficas servem
para descrevermos a localização de qualquer ponto da superfície terrestre.
As Coordenadas Geográficas formam um sistema de
localização que se estrutura através de linhas imaginárias, traçadas
paralelamente entre si nos sentidos norte-sul e leste-oeste, medidas em graus.
Com a combinação dessas linhas, criam-se “endereços” específicos para cada
ponto do mundo, permitindo a sua identificação precisa.
Essas linhas imaginárias são chamadas de paralelos e meridianos,
e suas medidas em graus são, respectivamente, as latitudes e
as longitudes. Os paralelos cortam a Terra horizontalmente, no
sentido leste-oeste, enquanto os meridianos cortam a Terra verticalmente. A
junção dessas linhas é o fator responsável pela existência das coordenadas
geográficas.
O principal paralelo é a Linha do Equador, pois representa a
faixa da Terra que se encontra a uma igual distância dos polos norte e sul. Já
o principal meridiano é o de Greenwich e foi escolhido a
partir de uma convenção, realizada na cidade de Washington D.C., nos Estados
Unidos, no ano de 1884. Essas duas linhas representam o marco inicial da
contagem das latitudes e das longitudes.
Por esse motivo, tudo o que se encontra exatamente sobre a Linha do
Equador possui uma latitude 0º, aumentando à medida que se desloca para o norte
e diminuindo à medida que se desloca para o sul. Assim, as latitudes
são a distância em graus de qualquer ponto da Terra em relação à Linha do
Equador. Suas medidas vão de -90º até 90º.
Da mesma forma acontece com o Meridiano de Greenwich em relação às
longitudes. Tudo que estiver sobre essa linha possui 0º de longitude,
aumentando à medida que nos deslocamos para leste e diminuindo à medida que nos
deslocamos para oeste. Por isso, as longitudes são a distância em graus
de qualquer ponto da Terra em relação ao Meridiano de Greenwich. Suas
medidas vão de -180º até 180º.
É através da interseção de um meridiano
com um paralelo que podemos localizar cada ponto da superfície da Terra.
Suas coordenadas são a latitude e
a longitude e o princípio utilizado é a graduação (graus,
minutos e segundos).
Os paralelos e os meridianos são
indicados por graus de circunferências. Um grau (1°) equivale a uma das 360
partes iguais em que a circunferência pode ser dividida. Um grau, por sua vez,
divide-se em 60 minutos (60') e cada minuto pode ser divido em 60 segundos
(60"). Assim, um grau é igual a 59 minutos e 60 segundos.
Os paralelos são
linhas paralelas ao Equador, sendo que a própria linha imaginária do Equador é
um paralelo. O 0º corresponde ao equador, o 90º ao polo norte e o -90º ao polo
sul.
Os meridianos sãolinhas
perpendiculares ao Equador que vão do Polo Norte ao Polo Sul e cruzam com os
paralelos. Todos os meridianos possuem o mesmo tamanho e o ponto de partida
para numeração é o meridiano que passa pelo observatório de Greenwich, na
Inglaterra. Logo, o meridiano de Greenwich é o meridiano principal (0°). A
leste de Greenwich, os meridianos são medidos por valores crescentes até 180º
e, a oeste, suas medidas são decrescentes até o limite de -180º.
A partir dos meridianos e paralelos,
foram estabelecidas as coordenadas geográficas que são medidas em graus e, a
partir das coordenadas geográficas, é possível localizar qualquer ponto da
superfície da Terra.
Observação: É a partir das longitudes que são traçados os fusos
horários.
Diante desse conceito, podemos concluir que as latitudes negativas estão
sempre se referindo a lugares localizados no Hemisfério Sul, também chamado de
Austral ou Meridional. As latitudes positivas, obviamente, referem-se a lugares
posicionados no Hemisfério Norte, também chamado de Boreal ou Setentrional.
Já as longitudes negativas fazem referência a pontos posicionados no
Hemisfério Oeste ou Ocidental, enquanto as longitudes positivas são relativas a
pontos localizados no Hemisfério Leste ou Oriental.
O mapa a seguir fornece as coordenadas geográficas globais estabelecidas
a partir da combinação das latitudes e das longitudes.
As coordenadas geográficas permitem a localização dos diferentes pontos no mapa
Acima, temos a representação de cinco pontos diferentes. Observando as
suas latitudes e longitudes, podemos, então, descrever as coordenadas
geográficas de cada um deles, indicando os seus hemisférios (Norte: N. Sul: S.
Leste: E. Oeste: W).
Ponto A:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: -60º ou 60ºW
Ponto B:
Latitude: -40º ou 40ºS
Longitude: 0º
Ponto C:
Latitude: -20º ou 20ºS
Longitude: 90º ou 90ºE
Ponto D:
Latitude: 0º
Longitude: 0º
Ponto E:
Latitude: 40º ou 40ºN
Longitude: 120º ou 120ºE
Observe que todos os pontos da superfície localizam-se em pelo menos
dois hemisférios. O território brasileiro, nesse caso, encontra-se em três
hemisférios: uma pequena parte no norte, uma grande parte no sul e todo ele no
oeste.
As coordenadas geográficas são importantes elementos de localização